Inflação preocupa 88% dos brasileiros
por Redação da Carta Capital
Pesquisa feita em parceria entre o instituto Vox Populi e a revista CartaCapital mostra que 88% dos brasileiros estão preocupados ou muito preocupados com a inflação. Apenas 9% dos entrevistados disseram não se importar com o aumento dos preços.
Enquanto 60% da população do País considera que nos últimos meses os preços dos produtos “aumentaram muito”, 32% consideram o aumento “relativo”. Outros 6% veem os preços como “estáveis” e apenas 1% acredita que eles diminuíram.
Em relação aos preços dos alimentos, 62% acreditam que os itens sofreram um “aumento alto”, 31% veem “um pouco” de aumento, 6% consideram os preços dos alimentos “estáveis” e 1% acha que houve queda.
No início do mês, o preço de alguns itens alimentícios teve alta de 0,36% para 0,65%, reflexo do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), que encerrou a primeira semana de junho com alta de 0,48%, ante 0,32% do período anterior.
No Sudeste, 94% dos entrevistados acreditam que os alimentos “aumentaram muito” ou “um pouco”, enquanto 5% veem estabilidade nos preços. No Nordeste, 91% acreditam ter houvido “aumento” ou “muito aumento”, enquanto no Sul esse índice é de 90% e, no Centro-Oeste/Norte, de 94%.
A percepção de alta da inflação é um dos principais motivos apontados por analistas para a queda na popularidade da presidenta Dilma Rousseff. Segundo a pesquisa Vox Populi / CartaCapital , a aprovação ao governo Dilma hoje é de 52% (entre março e junho, a queda chegou a 8% de acordo com pesquisas de opinião realizados por outros institutos).
A primeira rodada da pesquisa Vox Populi / CartaCapital foi feita entre os dias 7 e 11 de junho, antes dos protestos que tomaram diferentes cidades do País contra a tarifa de transporte público.
Para o levantamento foram entrevistados 2.200 eleitores maiores de 16 anos em áreas urbanas e rurais de 207 municípios, em todos os estados brasileiros (exceto Roraima) e no Distrito Federal. A margem de erro é de 2,1 pontos para mais ou para menos.
A consulta feita em parceria será realizada, em média, de dois em dois meses, o que permitirá análises comparativas com base em uma mesma pesquisa.
* Publicado originalmente no site Carta Capital.
(Carta Capital)
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