A Secretaria de Meio Ambiente de São Leopoldo (Semamm), no
Vale dos Sinos, instaurou processo administrativo que apontará penalidades para
quem for flagrado retirando areia do Rio dos Sinos. A decisão foi adotada depois
que um relatório identificou trechos de erosões nas margens das águas.
De acordo com o titular da Pasta, Henrique Prieto, em decorrência da
extração excessiva de areia do leito, há danos à mata ciliar do manancial.
“Fizemos quatro vistorias em uma extensão de 23 quilômetros do Sinos e
constatamos a degradação da margem, a partir das erosões”, explica.
Uma
reunião com as empresas que utilizam dragas no manancial deve ocorrer ainda
nesta semana. O objetivo do encontro é delimitar como a atividade poderá ser
realizada, sem prejudicar a margem do rio.
Prieto afirma que existem
seis pontos críticos de erosão, do bairro Vicentina até a foz do rio, em Portão.
“As dragas chegam muito próximo da margem nesta extensão e isso ocasiona a
erosão”, salienta.
Atualmente, a retirada de areia é permitida em 10
quilômetros do Sinos, sendo que três quilômetros ficam na direção da cidade de
Sapucaia do Sul e os outros sete no sentido de Novo Hamburgo. Cinco dragas têm
autorização da prefeitura e da Fundação de Proteção ao Meio Ambiente (Fepam)
para realizar as operações.
No último dia 7, uma das empresas
licenciadas foi autuada, por meio de infração, porque extraía areia muito
próximo da margem do rio. A companhia ainda dispõe de prazo para se manifestar,
caso contrário, pagará multa, cujo valor pode variar de R$ 500 a R$ 2
mil.
O rio, que abrange 32 municípios, tem sido alvo de ações, como
limpeza, plantio de mudas e educação ambiental com a comunidade. Toda vegetação
ao longo dos cursos d’água, em largura mínima de 30 metros de cada lado, é
considerada de preservação permanente. A mata ciliar protege o rio do acúmulo de
resíduos, que, se não coletados, provocam seu assoreamento.
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Fonte: Stephany Sander /
Correio do Povo |
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