Powered By Blogger

sábado, 31 de outubro de 2015

Adensamentos populacionais têm influenciado na formação de tempestades pontuais

cidadesPor Júlio Ottoboni*
A concentração da população brasileira na faixa litorânea, entre a área de praia até 500 quilômetros dentro da plataforma continental tem causado os grandes e gravíssimos problemas para a manutenção da qualidade das águas de superfície, como rios, lagoas, lagos de represas, como para a má distribuição das chuvas.
A conclusão é do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em seus estudos sobre aquecimento global e modificação do clima pelo homem. Neste levantamento notou-se cerca de 70% da população do País se concentra apenas nesta faixa e o adensamento das cidades, diversas delas com áreas de encostas, tem sido o principal problema relacionado aos desastres naturais relacionados à água, como deslizamentos e enchentes.
O pesquisador licenciado do Inpe e atualmente assessor do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Carlos Nobre, alerta que essa interferência nos microclimas gerados por esses adensamentos populacionais tem influenciado na formação de tempestades pontuais e na própria distribuição de chuvas em diversas regiões.
“Temos fenômenos como a formação de ilhas de calor, a maior concentração de poluentes na baixa atmosfera, nos processos de evaporação e de absorção da água pelo solo e também na velocidade que as chuvas chegam nas calhas do rios, pois temos construções onde estavam antigos leitos de rios sazonais e o concreto e o asfalto aumentam a velocidade dessas águas. Essa somatória de circunstâncias tem alterado o panorama do regime natural das águas em muitos locais”, explicou o cientista.
Luzes do eixo Rio-São Paulo
Luzes do eixo Rio-São Paulo
Fenômeno mundial
A tendência é que o aquecimento global tenha uma influência decisiva neste cenário, alterando o regime de chuvas. O fenômeno de escala mundial atingirá a região sudeste do Brasil, particularmente a faixa mais adensada pela população, que se situação entre São Paulo e o Rio de Janeiro, parte do sul e leste de Minas Gerais, Espírito Santo até o norte do Paraná.
Os períodos de chuvas serão marcados pelo mesmo índice pluviométrico, ou seja, choverá a mesma quantidade. Porém essas águas serão marcadas com tempestades intensas em períodos intercalados por extensas estiagens com forte calor. Esses efeitos já estão sendo sentidos, principalmente em grandes centros como São Paulo, Campinas, Sorocaba, Vale do Paraíba, regiões serranas entrando por Minas Gerais, interior do Rio de Janeiro e de Estados próximos.
As consequências desta distribuição irregular das chuvas serão mais sentidas no interior, quanto maior a distância do mar mais esse comportamento climático estará presente. Isto trará uma descompensação nas reservas de água, no volume de rios que abastecem as cidades, na agricultura e principalmente nos hábitos ligados ao consumo de água. As malhas hidrográficas tendem também a sofrer profundas alterações, como o desaparecimento de pequenos rios tributários de grandes corpos de água.
Edmundo
Edmundo de Carvalho, do Inpe.
“A situação do uso consciente da água doce e potável é o principal problema do mundo deste meados do século passado. Todo ano vemos um agravamento dessa situação, particularmente nos centros urbanos que não param de crescer de maneira desordenada. As cidades crescem sem planejamento algum, não há estudo de impacto sobre a bacia hidrográfica, a quantidade de lixo que será gerado, como o esgoto, nossos tratamentos de efluentes ainda é muito deficitário e isto surgirá como um grande desastre programado para médio e longo prazos”, alertou o pesquisador do Inpe e mestre em planejamento e gerenciamento de cidades, Edmundo de Carvalho.
Para o pesquisador as cidades são amontoados de pessoas que geram demandas que o poder público tenta atender, mas sem levar em consideração os recursos naturais para manter essa população com condições de ter uma vida equilibrada com o meio ambiente. As pessoas se aglomeram em determinados lugares e não buscam repensar seus comportamentos, continuam a gastar água sem a menor preocupação com o futuro próximo. E mesmo na geração de lixo, que cresce exponencialmente.
“Tudo tem o limite de saturação, isto é lei da física, não dá para contornar. Se o lugar onde a cidade está situada tem um manancial hídrico que comporta uma população de 15 mil pessoas não se pode fazê-la crescer  para 150 mil habitantes sem um impacto gigantesco em todo o entorno. Um dos problemas é que todos querem viver nas áreas mais beneficiadas, então começa uma corrida imobiliária insana com a construção de enormes espigões, avenidas pavimentadas, aumento no número de veículos e por aí vai, até exaurir por completo as condições de se ter uma vida equilibrada com o meio ambiente”, alertou Carvalho.
Júlio Ottoboni é jornalista diplomado, pós graduado em jornalismo científico. Tem 30 anos de profissão, atuou na AE, Estadão, GZM, JB entre outros veículos. Tem diversos cursos na área de meio ambiente, tema ao qual se dedica atualmente. 

Dá Pé – Vamos Reflorestar o Brasil

A meta inicial da campanha é plantar 20 mil mudas de árvores nativas
Movidos pelo desejo de reflorestar o Brasil, o programa “Um Pé de Quê?, escrito e produzido pela Pindorama Filmes, exibido no Canal Futura, lançou em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, o crowdfunding “Dá Pé”, para captação de recursos para plantio de, inicialmente, 20 mil mudas de árvores nativas da Mata Atlântica, recuperando 1,33 Km de matas ciliares do Rio Una, na bacia do Rio Paraíba do Sul, que abastece os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
A campanha ficará disponível por 60 dias no site www.kickante.com.br/umpedeque, onde a cada contribuição voluntária no valor de R$ 20 o internauta adotará uma árvore. As mudas serão plantadas e cuidadas pelos próximos cinco anos pela Fundação SOS Mata Atlântica, até quando elas já estiverem fortes para seguir sozinhas.
Estevão Ciavatta, roteirista e diretor da Pindorama Filmes, destaca a importância do envolvimento da população para solucionar o problema do desmatamento a tempo de ver resultados de suas ações: “a Mata Atlântica tem um tempo médio de 10 anos para sua recuperação. É muito rápido. Essa geração pode mudar o mundo!”.
Com o valor arrecadado, quem adotar uma ou mais árvores também vai ajudar a disponibilizar, na íntegra, o conteúdo do programa “Um Pé de Quê?”, no sitewww.umpedeque.com.br. O programa, apresentado por Regina Casé há 15 anos no Canal Futura, possui um dos maiores acervos audiovisuais sobre árvores do mundo. São 156 programas com 138 espécies retratadas, cada árvore é a estrela de um episódio de 20 minutos. Será um material de livre acesso, no regime Creative Commons, para que o maior número de pessoas tenha acesso e faça uso deste conhecimento.
O programa “Um Pé de Quê?” tem uma parceria de mais de 10 anos com o Jardim Botânico de Rio de Janeiro, com a Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Plantarum. O Um Pé de Quê? está na TV, na web e nos livros, cujo volume Pau Brasil foi adotado pelo Plano Nacional do Livro Didático.
Para Marcia Hirota, diretora executiva da Fundação SOS Mata Atlântica, a parceria com o programa é muito importante para ajudar na conscientização das pessoas sobre o bioma. “Na semana em que comemoramos o Dia da Árvore, 21 de setembro, nossa principal meta é estimular e engajar a sociedade com ações de sustentabilidade em prol da Mata Atlântica, que hoje conta apenas com 8,5% de mata original no Brasil. Esta iniciativa vai ajudar também a mostrar o quanto a floresta é importante para garantir a geração de água em quantidade e qualidade para o nosso consumo”.
Sobre “Um Pé de Quê?
No ar desde 2001, o programa “Um Pé de Quê?” já rodou o Brasil e o mundo identificando e contando a história de mais de 130 espécies de árvores. Do Japão ao Moçambique, de Paris ao Cariri, Regina Casé aproxima o espectador às árvores através da música, da culinária, da história, da tecnologia e da antropologia. Em 2007 o “Um Pé de Quê?” se tornou o primeiro programa de TV a neutralizar todas as emissões de gases do efeito estufa de sua produção, realizando um programa inteiramente voltado ao tema do aquecimento global.
Sobre a SOS Mata Atlântica
A Fundação SOS Mata Atlântica é uma ONG brasileira que atua há 28 anos na proteção dessa que é a floresta mais ameaçada do país. A ONG realiza diversos projetos nas áreas de monitoramento e restauração da Mata Atlântica, proteção do mar e da costa, políticas públicas e melhorias das leis ambientais, educação ambiental, campanhas sobre o meio ambiente, apoio a reservas e unidades de conservação, dentre outros. Todas essas ações contribuem para a qualidade de vida, já que vivem na Mata Atlântica mais de 72% da população brasileira. Os projetos e campanhas da ONG dependem da ajuda de pessoas e empresas para continuar a existir. Saiba como você pode ajudar em www.sosma.org.br.

CULTURA : Ácida e bem-humorada, tirinha “Vegana insolente” se torna livro na França

31 de outubro de 2015 

Arte de Rosa B
Arte de Rosa B
A cartunista vegana francesa Rosa B. Tornou-se famosa com seu blog Insolente Veggie, a qual apresenta uma série de tirinhas sobre uma personagem vegana bastante ácida e mal-humorada, que tira de letra onívoros mimados ou velhos mitos de alfaces em hospitais.
Depois de tanto sucesso, as tirinhas foram agrupadas em livro, publicado pela editora La Plage, contendo também, jogos infantis, que vão alegrar a criançada.
Veja abaixo algumas das tirinhas traduzidas sobre a vegana insolente que nunca deixa uma discussão para trás, mesmo que ela tenha que repetir mil vezes a mesma resposta sobre o mito dos homens das cavernas.
Arte de Rosa B
Arte de Rosa B
Fonte: Cultura Veg

MILAGRE : Cachorro volta para casa após 60 dias perdido em floresta

31 de outubro de 2015 

(Foto: Reprodução vídeo)
(Foto: Reprodução vídeo)
Após uma viagem feita pelo casal Travis e Tiffany Whitsitt, acidentalmente seu cachorro, Hank, fugiu da casa de campo onde estavam hospedados e se perdeu em uma floresta nos Estados Unidos. “Infelizmente, quando nós estávamos do lado de fora praticando tiro ao alvo, alguém deixou a porta dos fundos aberta e Hank fugiu com medo dos sons dos tiros,” disse Travis.
O casal procurou o cãozinho por horas, mas não conseguiram o encontrar. No dia seguinte, eles espalharam cartazes de cão perdido, procuraram por acampamentos vizinhos e perguntaram para todos no caminho se eles o viram. “Nós tentamos continuar esperançosos, mas tem muitos coiotes, leões da montanha e até ursos na floresta,” contou Tiffany.
Após se passarem 60 dias, Travis recebeu uma ligação da “Home Again Pet Services”, falando que eles haviam encontrado o Hank, graças a um microchip que havia sido implantado no cãozinho. Mesmo tendo perdido aproximadamente nove quilos, Hank está muito bem. Todavia, como ele sobreviveu todo esse tempo, vai continuar sendo um mistério.

358 PONTOS DE FOGO : Incêndio na Indonésia coloca 20 000 orangotangos em perigo

31 de outubro de 2015 

(da Redação da ANDA)
Incêndio forte prejudica floresta preciosa da Indonésia (Crédito: Getty-NC)
Incêndio forte prejudica floresta preciosa da Indonésia (Crédito: Getty-NC)
A catástrofe ambiental que está acontecendo no Borneo Indonesiano ameaça a destruição de santuários preciosos onde um terço da população de grandes macacos vive.
De acordo com o Express.co.uk, há dois meses, fogos incontroláveis têm atingido a área, criando uma nuvem de fumaça densa que tem causado infecções respiratórias em 500 000 pessoas.
Além disso, o custo financeiro para a Indonésia tem sido grande, chegando a um prejuízo de 30 bilhões de libras. Conservacionistas alertam que os impactos dos incêndios tiveram uma reviravolta tenebrosa ao queimar faixas de florestas de brejo turfoso que têm uma fauna e floras preciosas. Os leopardos e orangotangos que vivem no local estão a um passo de ser extintos.
Sobre o o aumento dos incêndios, o Oranguntan Tropical Peatland Project (OuTrop) alertou: “A situação é terrível e está se deteriorando a cada dia,”. O projeto relata que os fogos estão destruindo as fortalezas dos orangotangos do Parque Nacional de Tanjung Puting, da Floresta Katingan e da Reserva Mawas que são, respectivamente, o lar de 6000 orangotangos, 3000 orangotangos e 3500 macacos selvagens.
Porém, diz OuTrop, é a Floresta Sabangau, que abriga a maior população, 7000 orangotangos selvagens, que está sofrendo a maior ameaça.
O fundador e diretor de conservação do projeto, Simon Husson, fez o seguinte apelo: “As pessoas estão engasgando com a fumaça, e uma das últimas, grandes florestas tropicais está se incendiando. O único jeito de evitar isso é colocando mão-de-obra no local, bombardeando água constantemente.”
“Para mobilizar esses recursos é necessário que haja uma conscientização internacional. Eventualmente a chuva vai chegar e saberemos qual é o tamanho do dano. Mas esperar pela chuva não é uma solução. Precisamos do olho do mundo na Indonésia, precisamos de mais suporte e precisamos dele agora,” ele acrescentou.
Olhando do espaço, os satélites da NASA detectaram 358 pontos de fogo incendiando as florestas, queimando acima e debaixo da terra, queimando arvores gigantes enquanto suas raízes são incineradas. A extinção das florestas, a drenagem dos pântanos e a seca estão fazendo com que os as chamas tenham uma intensidade maior e se espalhando de fazendas e plantações à floresta preciosa.
O diretor executivo do Outrop, Dr. Mark Harrison, disse: “Em seu estado natural, as florestas de brejo turfoso são resistentes ao fogo. Mas, décadas de descuido, incluindo desmatamento e a destruição de canais, têm causado danos á turfa, dando um risco alto de fogo na região quando chega o período de seca.
“Fazemos parte de um imenso esforço conjunto que acontece desde 1990, trabalhando com centenas de pessoas que fazem parte de organizações locais e internacionais para conversar essa floresta maravilhosa e parar o desmatamento, evitar a criação de óleo de palma e protegê-la para gerações futuras,” acrescenta.
“Ver todo esse trabalho ser destruído em um período tão curto é uma tragédia, para as comunidades com as quais trabalhamos e para a biodiversidade incrível que a floresta tem. Não quero nem pensar no efeito que terá nos orangotangos de Sabangau.”, ele explica.
Essas últimas décadas já foram difíceis para os orangotangos, que tiverem seus reinos corroídos pela exploração madeireira ilegal e pelo desmatamento para plantações de óleo de palma. A catástrofe que vem acontecendo tem implicações globais no meio ambiente por causa da polução da atmosfera.
“Essa floresta tem o equivalente de emissões de gás carbônico acumuladas em um período de cinco anos. As emissões dos incêndios desse ano são maiores que as emissões anuais de alguns países como a Alemanha e Inglaterra” disse o Dr. Harrison.
“Bilhões de dólares são gastos anualmente para tentar reduzir as emissões, por incrível que pareça, o incêndio da floresta de Borneo continua emitindo uma quantidade enorme e os bombeiros locais não têm os recursos para impedir isso,” acrescentou.
O desastre é grande. A ANDA noticiou recentemente que os bebês orangotangos da floresta estão com problemas respiratórios sérios por causa da fumaça.

Peixes ornamentais enviados por Sedex são resgatados em Londrina (PR)

31 de outubro de 2015 

Divulgação/PM Ambiental
Divulgação/PM Ambiental
Funcionários do Centro de Distribuição dos Correios de Londrina encontraram cinco peixes ornamentais em uma correspondência do Sedex no final da tarde de quarta-feira (28). Segundo a Polícia Militar Ambiental (PMA), os animais foram enviados por um remetente de Ribeirão Preto (SP), na última terça (27), e iriam ser entregues em uma residência da avenida São João, na zona leste de Londrina.
Os peixes foram encontrados, dentro de sacos plásticos com água, no interior de um compartimento de isopor. Os funcionários descobriram os animais, todos vivos, após passarem a caixa por uma máquina de raio-X.
O caso foi encaminhado para a Polícia Militar Ambiental de Ribeirão Preto. Remetente e destinatário dos peixes podem responder por maus-tratos contra os animais.
Divulgação/PM Ambiental
Divulgação/PM Ambiental
Fonte: Bonde

RARIDADE : Cientistas avistam baleia de até 12 metros viva pela primeira vez

31 de outubro de 2015 

Foto: Eco Desenvolvimento
Foto: Eco Desenvolvimento
Uma espécie de baleia que até então nunca havia sido vista viva (apenas seus fósseis eram conhecidos por pesquisadores) foi finalmente observada na costa do Madagascar. O primeiro vislumbre da baleia de Omura foi feito enquanto cientistas analisavam uma população de golfinhos na região, informou O Globo .
Catalogada em 2003 com base em animais mortos, a baleia que pode chegar até 12 metros de comprimento inicialmente foi confundida com uma Baleia-de-Bryde, mas os cientistas observaram que havia algumas diferenças entre o animal avistado e essa espécie do mamífero.
O estudo publicado na revista da Royal Society Open Science relata que esses primeiros indivíduos vivos da baleia de Omura foram identificados em 2011, durante uma pesquisa sobre golfinhos na região de Madagascar, quando os biólogos avistaram duas baleias adultas e um filhote, que pensaram ser Baleias-de-Bryde. No ano seguinte, voltaram a ver mais quatro baleias e perceberam que elas possuíam características um pouco diferentes.
Primeira população
Foi em 2013 que resolveram explorar áreas mais afastadas da costa e viram membros da espécie cerca de 13 vezes. Em 2014, o número de avistamentos chegou a 44 e então os cientistas constataram por meio de testes de DNA que haviam encontrado a primeira população viva da baleia de Omura.
“Alguns colegas pensaram que se tratava de uma espécie nova e começaram a pensar em nomes. São animais espetaculares, com corpos longos e estreitos”, afirmou o biólogo Salvatore Cerchio, que coordenou o estudo.
O avistamento da população de baleias de Omura nas águas do Madagascar revelou que a espécie circula em uma área maior que a esperada, extrapolando a parte oriental do Oceano Índico e chegando à sua parte ocidental.
Fonte: Terra

INSPIRAÇÃO : Gatos de cemitérios castrados e monitorados


31 de outubro de 2015 

Por Fátima ChuEcco (da Redação da ANDA)
Cats of Necropolis
Irmãos resgatados pelo Projeto Cats of Necropolis ainda aguardam adoção. Foto: Divulgação
Eles fazem das tumbas frias e corredores sombrios sua morada, mas estão muito vivos e cheios de energia para impedir proliferação de ratos e baratas. E sequer sujam as alamedas ou túmulos, pois, diferente dos cães, gatos buscam locais onde possam enterrar suas fezes. Mas, infelizmente, nem todo mundo entende as vantagens de se controlar a população felina ao invés de exterminá-la. É por isso que os gatos de cemitérios são bastante amados por alguns protetores, mas perseguidos e até mortos por envenenamento ou pauladas por aqueles que os odeiam.
Existe um método de controle populacional conhecido como CED – Captura, Esterilização e Devolução que já é empregado com sucesso em cemitérios do Brasil e Exterior. Deslocar ou matar uma colônia de gatos resulta apenas na formação de uma nova colônia no prazo de poucos meses. No entanto, com o método de CED a população felina fica saudável, castrada e controlada. De quebra, vira até atração turística como ocorre em cemitérios da França e Buenos Aires. A parte difícil é convencer o poder público a apoiar grupos de protetores capacitados para esse método de controle.
Na matéria anterior sobre gatos de cemitério, escrita há duas semanas com exclusividade para a ANDA, foi citado um inspirador exemplo em Piracicaba, Interior de São Paulo, onde parceria entre ONG e prefeitura resultou numa diminuição drástica, porém ética, de gatos no cemitério da cidade. Até câmeras foram instaladas para desmotivar novos abandonos de ninhadas e também para impedir que mais matanças ocorressem – no ano passado 38 gatos foram mortos com requintes de crueldade. Veja amatéria na íntegra.
Gatinha Lunna nasceu no cemitério da Vila Alpina e foi adotada. Foto: Divulgação
Gatinha Lunna nasceu no cemitério da Vila Alpina e foi adotada. Foto: Divulgação
Questionada sobre a implantação de CED, a Diretoria de Cemitérios Municipais de SP, por meio de sua assessoria de imprensa, informou à ANDA que: “Tendo em vista o grande número de gatos e cães abandonados pelos munícipes nas necrópoles paulistanas, esclarecemos que este Serviço Funerário vem tomando as providências cabíveis enquanto gestor dos espaços cemiteriais da cidade, visando preservar a segurança dos visitantes. O fato é que nesta questão de saúde pública, a Diretoria de Cemitérios vem entrando frequentemente em contato com a Zoonoses, órgão ligado à Secretaria de Saúde, que, após o chamado, é responsável por recolher o animal, a fim de castrar, vermifugar e dar banho, devolvendo-o em seguida ao mesmo espaço, pois as organizações sociais de proteção aos animais estão com suas unidades superlotadas, sem condições para abrigar em seus espaços novos animais, que poderiam ser oferecidos para adoção”.
E continua: “Esclarecemos, ainda, que muitos munícipes, à revelia dos administradores dos cemitérios, acabam alimentando esses animais, o que favorece a permanência de cães e gatos, além de pombos, em algumas necrópoles”. Tradução: a Diretoria dos Cemitérios se mostra favorável ao controle por método de CED desde que executado pelo CCZ, porém, o que se vê na grande parte dos cemitérios de SP é um ardiloso e praticamente heroico trabalho isolado de protetores procurando castrar, tratar e doar gatos de cemitério usando para isso recursos próprios.
O projeto Cats of Necropolis é um exemplo disso embora atue em um cemitério da Baixada Santista (SP) e não na capital do Estado: “Ajudo os gatos do cemitério desde 2008. Não identifico o cemitério, nem mesmo a cidade, porque isso aumentaria o número de abandonos no local. Durante vários anos intermediei e custeei castrações dos gatos de lá, com a ajuda de simpatizantes através de doações e campanhas. Também resgatei alguns gatos que foram disponibilizados para adoção”, diz a protetora Patrícia Oliveira.
Ela conta que até hoje foram atendidos 228 gatos sendo que 137 foram adotados e quatro aguardam adoção. Um belo trabalho, mas que não pôde continuar por falta de recursos: “Devido à imensa dificuldade para custear os tratamentos e, principalmente, doar os gatinhos resgatados, tive que diminuir muito a minha atuação. O último resgate foi em novembro de 2014 e, dessa ninhada, dois gatinhos até hoje não foram adotados”, lamenta a protetora que poderia estar executando um trabalho fantástico de controle populacional se tivesse apoio de órgãos públicos, como acontece em Piracicaba.
hope
Hope era morador de cemitério de Santos e hoje tem um lar. Foto: Divulgação
Segundo ela, hoje são mais de 150 gatos sobrevivendo com dificuldades. “Toda a ração doada para o Cats of Necropolis através do Projeto Max em Ação é levada para o cemitério. Infelizmente, a quantidade é insuficiente para todos os gatos. Além disso, é preciso continuar com as castrações, mas não tenho recursos financeiros para isso”. Marta Regina Pozza adotou um gato resgatado por Patrícia: “Eu fiquei encantada com ele e não me importei de ter vindo de um cemitério. A Patrícia ainda entregou castrado e vacinado. Hope é hoje meu amado gato”.
Anna Christina Russo, de Guarulhos (SP), adotou três gatinhas do cemitério da Vila Alpina: Lunna, Helena e Clara: “Uma delas recebeu o nome de Helena em homenagem à protetora da ONG Gatinhos da Vila Prudente que gasta o que tem e o que não tem para ajudar os gatinhos do cemitério e da região. Eu ia ficar com apenas um filhote, mas depois peguei mais dois e não me arrependo”.
No Cemitério da 4ª Parada, zona leste de SP, protetoras se dedicam aos felinos há mais de 30 anos. Muitos deles foram castrados graças a um trabalho de CED realizado por meio da ONG Bicho Brother que também atua no controle populacional de felinos em grandes condomínios de Alphaville. Tem gata castrada com 17 anos de idade vivendo no 4ª Parada, uma “respeitável senhora” que merece proteção. Eduardo Pedroso, do Bicho Brother ressalta: “O CED é sucesso em diversos países do primeiro mundo e pode ser empregado com ótimos resultados no Brasil”.

DIREITOS ANIMAIS : Brigitte Bardot quer veto a importação de troféus de caça

31 de outubro de 2015 

© Christophe Morin / IP3. ARCHIVES Paris, le 11 mai 2005. Brigitte Bardot a sa sortie d'un entretient au ministere de l'agriculture 2010/05/11. Brigitte Bardot is a French animal rights activist and a former actress, fashion model, and singer. (Newscom TagID: maxphotos280906)     [Photo via Newscom]
[Photo via Newscom]
A atriz francesa Brigitte Bardot, ativa militante a favor dos direitos animais, solicitou nesta quinta-feira ao governo de seu país que proíba a importação dos troféus de caça e dê exemplo com essa medida ao resto de Estados da União Europeia (UE).
“Esses troféus participam do desaparecimento de nosso patrimônio mais nobre, o dos animais selvagens”, indicou em carta dirigida à ministra francesa de Ecologia, Ségolène Royal.
Na opinião da atriz, esses troféus não são mais do que “massacres programados, muito organizados e que se beneficiam do apoio do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), chefes de Estado africanos, responsáveis do Convenção sobre o Comércio Internacional de Flora e Fauna (CITES), diretores de parques privados, agências de viagens e seu Ministério”.
A intérprete lamentou que o Executivo francês não tenha reagido perante “o escândalo que suscita cada vez mais o assassinato de animais em vias de desaparecimento”, como o ocorrido em julho pela caça ilegal do leão Cecil, o mais popular do Zimbábue, e exigiu um posicionamento urgente por parte da França.
Fonte: Terra

DIA DAS BRUXAS : Por que gatos e morcegos são ícones do Halloween?

31 de outubro de 2015

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Por Fátima ChuEcco (Da Redação da ANDA)
O Halloween ou Dia das Bruxas é comemorado em 31 de outubro e tem como principais ícones gatos pretos e morcegos. O Halloween tem origem em celebrações dos antigos povos celtas e é um evento ainda bastante forte e, inclusive, muito popular nos EUA, Irlanda, Reino Unido e Canadá. Embora hoje se “comemore” a data com festa, todos sabem que bruxas (ou mulheres assim consideradas) já sofreram perseguições implacáveis, especialmente na Europa em meados da Idade Média. Mas por que gatos e morcegos passaram a ser associados as bruxas?
Para contar como o gato, especialmente o de cor negra, acabou sendo tratado como animal maldito é preciso lembrar que ele começou a ser brutalmente assassinado muito antes do período conhecido como “Caça as Bruxas”, quando muitas mulheres foram queimadas vivas diante de uma plateia insana que vibrava com cada execução em praça pública. Os gatos foram decretados inimigos da humanidade pela Igreja Católica e não se sabe bem o motivo uma vez que na Bíblia não há nenhuma menção favorável ou negativa referente aos gatos. Eles simplesmente não são citados em nenhuma passagem bíblica.
O Papa Gregório IX, em 1232, fundou a Santa Inquisição que durante seis séculos perseguiria mulheres, homossexuais, judeus, ateus, gatos e seus admiradores. Ele afirmava que “o diabólico gato preto, cor do mal e da vergonha, havia caído das nuvens para a infelicidade dos homens”. A estratégia da Igreja Católica da época para atacar os celtas foi pregar que eles eram bruxos. Como os celtas costumavam viver isolados e rodeados de gatos, os animais foram associados as trevas, especialmente por terem hábitos noturnos. Para se ter uma ideia da barbárie cometida contra os gatos basta citar que foram emparedadaos vivos para garantir a solidez de casas, igrejas e castelos. Foram lançados do alto de muralhas e, como todos sabem, queimados vivos junto com as bruxas.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Heróis sem recompensa
Mas o extermínio dos gatos teve graves consequências. Entre 1347 e 1350 a Europa sofreu com a Peste Negra ou Bubônica. A bactéria Yersinia pestis residia na pulga do rato preto indiano que chegou à Europa por meio de embarcações. Como última alternativa de controle da doença os gatos foram readmitidos nas cidades e somente assim a epidemia teve fim. Uma missão tão fundamental poderia ter absolvido os felinos de novas perseguições, porém, mais uma vez a Igreja culpou os gatos pela peste e deu continuidade a uma dura perseguição.
Exatamente um século depois, em 1450, o assassinato, principalmente de mulheres, se intensificou a ponto de sinais como verrugas e sardas serem, para os católicos, indício de que as pessoas tinham pacto com o demônio. Mas não era só isso. Muitas dessas mulheres foram ganhando inimigos porque eram curandeiras. Elas conheciam muito bem ervas, atuavam como enfermeiras e parteiras. Obviamente, a classe médica que era majoritariamente masculina, não gostou da atuação delas. A partir disso criou-se uma histeria na comunidade e as bruxas passaram a ser odiadas por todos e, de quebra, também os gatos que, normalmente, conviviam com elas e já traziam um longo histórico de perseguição por parte da Igreja Católica.
Em 1484, outro Papa, Inocêncio VIII, novamente declarou ódio aos gatos e milhares de pessoas foram torturadas para confessar que atuavam junto a Satanás. Quando não confessavam eram queimadas vivas e se confessassem tinham a “misericórdia” de serem estranguladas antes de serem jogadas na fogueira. Para ser considerado um feiticeiro bastava ter um gato. O Dia de Todos os Santos passou a ser comemorado com o arremesso de sacos cheios de gatos vivos para dentro de fogueiras. Rituais com tortura de gatos foram também acrescentados as comemorações de São Vito e Páscoa. A Caça as Bruxas só teve fim por volta de 1750, ou seja, 300 anos depois.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Finalmente a Igreja liberta o gato
No século XVIII a Igreja Católica aboliu leis contra a feitiçaria e não mais pregou contra os gatos. O cardeal Richelieu, inclusive, teve muitos gatos, mas um deles, preto, era chamado de Lúcifer. E um dado interessante: Isaac Newton, que na época já gozava de prestígio, motivou a simpatia pelos felinos criando a portinhola, muito comum na na Europa para que os gatos pudessem entrar e sair das casas.
No século XIX são aprovadas na Inglaterra as primeiras leis para combater crueldade contra animais e criadas organizações em defesa dos bichos. De lá para cá admiradores dos felinos, muitos bem famosos, foram surgindo. Lord Byron escreveu “O gato possui a beleza sem a vaidade, a força sem a insolência, a coragem sem a ferocidade, todas as virtudes do homem sem os vícios”. Victor Hugo, Charles Baudelaire, Mark Twain, Pablo Neruda, Chopin, Liszt, Monet, Renoir, entre outros também se declararam amantes dos gatos. Leia mais.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Morcegos – mascotes das bruxas
Outro ícone do Halloween é o morcego negro. Assim como o gato, ele normalmente aparece em desenhos, histórias infantis, filmes e festas como mascote das bruxas. Fala-se ainda que nas porções mágicas das bruxas sempre havia “asa de morcego”. Mas é folclore. Quando as bruxas ganharam dimensão internacional, debruçadas sobre seus caldeirões para criarem poções com múltiplos poderes, adicionou-se a figura delas o transporte via vassoura, sapos, gatos pretos e morcegos ou corvos.
A razão do morcego ser inserido nesse universo de feitiçaria foi porque trata-se de um mamífero de hábitos noturnos, que vive em grutas e cavernas, locais associados, na Idade Média, a passagens para o inferno. Esses locais serviam também de refúgio para leprosos e doentes de pele que eram expulsos das cidades europeias. Acreditava-se que os morcegos eram demônios alados com dentes afiados. Assim eles foram aos poucos também sendo associados as bruxas.

    sexta-feira, 30 de outubro de 2015

    Entidades médicas alertam para sintomas do Acidente Vascular Cerebral (AVC)


    saúde

    Entidades médicas estão aproveitando o Dia Mundial de Combate ao AVC, lembrado ontem (29), para alertar a população sobre os sintomas que podem ser sinais de um acidente vascular cerebral, popularmente conhecido como derrame. Quanto antes o problema for percebido, maiores as chances de recuperação sem sequelas.
    Os principais sintomas de um AVC são a paralisia súbita de um lado do corpo, perda de sensibilidade, tontura e dificuldade de visão, fala e compreensão. Se acometido por um ou vários desses sintomas, o paciente deve ser submetido a um teste.
    “De uma forma mais simplista, mundialmente a gente tem alertado que se a pessoa sorri e o sorriso não está normal, se levanta os braços e um braço tem fraqueza em relação ao outro e se você tenta repetir uma determinada frase e tem dificuldades, isso tudo pode ser sinal de um AVC”, disse Hideraldo Cabeça, neurologista membro do Conselho Federal de Medicina (CFM).
    Além de perceber as três características, o especialista ressalta que é muito importante saber a que horas os sintomas começaram, para a administração do medicamento adequado. O atendimento médico prestado até quatro horas depois dos primeiros sintomas pode ser mais eficiente e o paciente pode ter menos sequelas. As vítimas de AVC podem ficar com sequelas como paralisia facial e de membros, dificuldades de falar, de andar, de segurar objetos, de compreensão, entre outras.
    Segundo estudo da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, 3 em cada 10 pessoas não sabem identificar qualquer sintoma ou sinal relacionados ao AVC. “Quanto mais pessoas souberem que é possível prevenir o AVC e que, na fase aguda, o serviço médico deve ser acionado imediatamente, menor o número de pessoas sequeladas”, ressaltou Hideraldo.
    O Conselho Federal de Medicina e a Academia Brasileira de Neurologia começam hoje campanha informativa pelas das redes sociais para difundir estas informações à população.
    Apesar da gravidade, Hideraldo Cabeça ressalta que o AVC é um transtorno que em muitos casos pode ser evitado com hábitos de vida saudáveis. “É preciso alertar que a maioria dos AVCs ocorre por fatores modificáveis. Uma alimentação inadequada, com muito sal e açúcar, aliada ao sedentarismo e à obesidade, são hábitos que propiciam o surgimento do AVC”.
    Segundo o especialista, os hábitos de vida e alimentação têm levado pessoas cada vez mais jovens a sofrerem AVC. Considerada uma doença de idosos, o AVC tem atingido cada vez mais pessoas entre 35 e 45 anos. Dados do Ministério da Saúde mostram que em 2012, 4 mil pessoas entre 15 e 34 anos foram internadas no país por causa do problema.
    O principal fator de risco para a ocorrência do AVC é a hipertensão arterial. Em seguida, vem arritmia cardíaca, diabetes, tabagismo, colesterol alto e obesidade. Além disso, segundo Hideraldo Cabeça, existem fatores genéticos que aumentam as chances de um AVC. Pessoas negras e asiáticas com mais de 55 anos de idade têm mais chances de passar por um derrame.
    O AVC atinge 16 milhões de pessoas no mundo, todos os anos, causando 6 milhões de óbitos. No Brasil, são cerca de 190 mil casos por ano, com 68 mil mortes.
    Existem duas causas para o AVC. O tipo mais comum, que responde por 85% dos casos, é o AVC isquêmico, acontece quando há entupimento da artéria por um coágulo. O outro é o hemorrágico, que ocorre com a ruptura de um vaso sanguíneo. Em ambos, a parte do cérebro afetada não recebe o oxigênio necessário e o paciente começa a comprometer neurônios.
    Por Aline Leal, da Agência Brasil, in EcoDebate, 30/10/2015

    O lodo de esgoto pode ser um fertilizante natural


    entrevista

    Pesquisadora da Unesp realizou estudo em ecotoxicologia e foi premiada na Alemanha
    Pesquisas relativas ao meio ambiente são cada vez mais realizadas, dentro e fora do Brasil. Além disso, diversas pesquisas ambientais brasileiras têm tido um reconhecimento internacional. É o caso do estudo sobre o lodo sustentável desenvolvido pela então doutoranda da Unesp em Rio Claro, Dânia Mazzeo.
    A pesquisadora foi premiada como Green Talents na Alemanha devido ao seu trabalho com a descontaminação do lodo de esgoto a fim de utilizá-lo como fertilizante natural. A ideia é pegar o lodo gerado pelo tratamento de esgoto – que iria para um aterro sanitário – e transformá-lo em fertilizante natural para que os agricultores possam utilizá-lo – ao invés do fertilizante sintético.
    Dânia é a entrevistada do programa “Diálogos” e diz que a pesquisa consistiu em descontaminar o lodo e testar sua toxicidade. Foi aplicada uma metodologia simples, de baixo custo e eficiente. “A gente propõe uma solução ambiental muito significativa”, reflete.
    No quadro “Ponto de Contato”, a professora da Unesp e orientadora da pesquisa, Marin Morales, destaca a importância de se pensar na segurança ambiental como tema de pesquisas.
    Você confere a entrevista na íntegra no seguinte link: http://www.tv.unesp.br/4430
    Informações da Unesp, in EcoDebate, 30/10/2015

    Aquecimento solar, biodigestores e energia gerada nos telhados são iniciativas já testadas no Minha Casa Minha Vida

    Venda de energia solar gerada nos telhados, aquecimento solar de água do chuveiro e biodigestores são iniciativas testadas pelo programa
    O programa Minha Casa Minha Vida, além de melhorar a qualidade de vida de mais de 9,6 milhões de famílias com renda salarial de até um salário mínimo, também ajuda na preservação do meio ambiente com as ações sustentáveis adotadas em suas construções.
    Replicadas em empreendimentos País afora, essas soluções são muitas vezes simples, mas têm forte impacto positivo na qualidade dos condomínios e no bolso dos moradores.
    Confira algumas das ações implementadas:
    Aquecimento solar de água
    Mais de 224 mil famílias beneficiadas em todo o País contam com um sistema de aquecimento solar de água do chuveiro. Segundo a Associação Brasileira de Ar Condicionado, Refrigeração, Ventilação e Aquecimento (Abrava), além de não poluir, a utilização desse sistema pode reduzir a conta de luz em até 30%.
    Microusina de energia solar
    Os 9.144 painéis fotovoltaicos instalados nos telhados transformaram os condomínios Praia do Rodeadouro e Morada do Salitre, em Juazeiro, no sertão baiano, em uma microusina de energia solar com potencial para produzir 2,1 Mega Watts (MW), o suficiente para abastecer 3,6 mil domicílios em um ano.
    O projeto-piloto fez das mil famílias sócias do empreendimento. A energia vendida à distribuidora local rendeu R$ 1,89 milhão líquido entre fevereiro de 2014 e junho deste ano. O valor economizado é dividido. Parcela de 60% vai para o bolso das famílias, outros 30% abastecem um fundo de investimentos para o condomínio e a associação de moradores e os 10% restantes pagam as despesas de manutenção dos residenciais.
    Em números, cada condomínio arrecada cerca de R$ 60 mil mensais, o que permitiu financiar centro comunitário, sala de informática, parada de ônibus, sinalização de trânsito e atendimentos médicos semanais. Cada família recebeu R$ 1.133 até junho, o que dá uma média de R$ 70 mensais, valor capaz de cobrir as prestações mensais do Minha Casa Minha Vida, que variam de R$ 25 a R$ 80.
    Biodigestores

    O Minha Casa Minha Vida Rural começou a incluir biodigestores nas residências entregues pelo País em 2014. Atualmente, 335 famílias de agricultores fazem uso desta tecnologia em Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás.
    Os biogestores são equipamentos que processam matéria orgânica, como dejetos animais e restos de alimentos, transformando-os em biogás e biofertilizantes. Com eles, os agricultores podem produzir energia elétrica, gás de cozinha, adubo orgânico para capim e plantações, incluindo pomares, sem alterar o sabor dos alimentos. Pelas contas de José Jackson, pequeno agricultor de Itaberaí (GO), a 100 km de Goiânia, a economia com biodigestor deve chegar a R$ 1,5 mil por ano.
    Desenvolvimento Sustentável 
    A estratégia de Desenvolvimento Integrado e Sustentável de Territórios (DIST) nasceu da necessidade de criar projetos nas áreas de saúde, ambiente, cultura, comunicação, esporte, lazer e formação técnica profissional para famílias de baixa renda que vivem em empreendimentos do Minha Casa Minha Vida.
    Um dos projetos bem-sucedidos do DIST é o “Guerreiros sem Armas”, implantado pelo Instituto Elos na Baixada Santista. Ele funciona em um galpão que recebe crianças diariamente para atividades culturais como oficinas de fanzine, cinema de rua e festas culturais.
    Casas de madeira (Wood Frame)
    Nem todos os imóveis entregues pelo Minha Casa Minha Vida são de alvenaria. Uma tecnologia sustentável a seco homologada por Caixa e Ministério das Cidades possibilita a construção de casas de madeira.
    O método alemão conhecido como wood frame (quadro de madeira) reduz em 75% a demanda por mão de obra e ainda minimiza o impacto ambiental da construção, uma vez que a opção por matérias-primas renováveis gera apenas 25% dos resíduos de um canteiro comum.
    Selo Casa Azul
    Criado pela Caixa Econômica Federal em 2010, o Selo Casa Azul é uma classificação socioambiental de projetos habitacionais financiados pelo banco para reconhecer empreendimentos que adotem soluções eficientes na construção. O selo possui 53 critérios de avalição e seis categorias: qualidade urbana, projeto e conforto, eficiência energética, conservação de recursos materiais, gestão da água, e práticas sociais.
    Fonte: Caixa

    in EcoDebate, 30/10/2015