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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Mail revela: Exxon tinha conhecimento das mudanças climática já em 1981, mesmo assim financiou sua negação por mais de 27 anos


"Não é ciência". É o capital comprando discursos, comportamentos e conclusões, como vemos corriqueiramente em elaborações de estudos ambientais, consultorias, programas de educação ambiental e empresas de consultorias mal disfarçadas de ONGs militantes, no pampa e pelo mundo.
“Não é ciência”. É o capital comprando discursos, comportamentos e conclusões, como vemos corriqueiramente em elaborações de estudos ambientais, consultorias, programas de educação ambiental e empresas de consultorias mal disfarçadas de ONGs militantes, no pampa e pelo mundo.
Mais um escândalo ligado à indústria de combustíveis fosseis, um dos vilões do aquecimento global. Nada que o movimento ecológico não desconfiasse ou denunciasse. Ta aí o Blog do CEA para provar: http://ongcea.eco.br/?p=7381.
Depois de ser descoberto que a grande multinacional alemã, Volkswagen, fraudou dados ambientais dos veículos produzidos, mascarando emissões de gases poluentes geradores do efeito estufa, agora outra gigante do capitalismo automotivo/petroleiro, a Exxon, foi pega num mail revelador, segundo o qual, já em no inicio da década de 80, a empresa tinha conhecimento dos hoje sabidos efeitos negativos para a vida na Terra decorrentes da exploração do petróleo (só no final dessa década o aquecimento global virou um debate publico).
É o que noticia o Jornal The Guardian, segundo o qual, um dos próprios cientistas da empresa, Lenny Bernstein, mencionava a questão em 1981, num mail, recentemente vazado. Mesmo assim, numa total falta de ética pela vida humana e não humana, a empresa petroleira, a mesma do derramamento de óleo no Alaska, em 1989 ( http://ongcea.eco.br/?p=7367), financiou pesquisas e cientistas (que ciência é essa?) para negar o perigo do aquecimento global por quase 30 anos. Postura que ainda pode ser verificada, já com um certo constrangimento, em alguns estudiosos do clima, especialmente os radiofônicos e/ou televisivos.
O e-mail do especialista em clima pago pela própria Exxon, a época, fornece evidências de que a empresa estava ciente da conexão destrutivas entre os combustíveis fósseis e as alterações climáticas. Lenny Bernstein, um veterano da indústria petroleira (30 anos de atividade) e ex-especialista em clima da Exxon, engenheiro químico e um dos principais autores de dois dos relatórios científicos de do IPCC da ONU (http://ongcea.eco.br/?s=IPCC), escreveu no e-mail. “Esta é uma imensa reserva de gás natural, mas é 70% de CO2”, ou dióxido de carbono, o principal motor da mudança climática.
A mensagem eletrônica foi uma resposta a uma pergunta sobre ética nos negócios do Instituto de Administração de Ética Profissional, da Universidade de Ohio. “O que ele mostra é que a Exxon sabia que anos antes do depoimento de James Hansen ao Congresso (1988, quando deu publicidade ao aquecimento global) que a mudança climática era uma realidade”, disse o diretor do citado Instituto, Alyssa Bernstein, ao The nGuardian.
Mesmo tendo conhecimento dos efeitos danosos que a liberação de CO2 causa no clima, a Exxon publicamente não só continuou em negar os perigos da mudança climática, apesar da critica mundial e dos apelos dos Rockefellers, sua família fundadora, para uma mudança de postura, como também a Exxon despejou, de forma continua, milhões de dólares ao longo desses anos para financiar a negação do clima. Foram gastos mais de US $ 30 milhões em para que cientistas negassem o aquecimento global, segundo o Greenpeace.
A resposta de Bernstein, publicado no site do Instituto, em outubro do ano passado, foi divulgado pela União de Cientistas Preocupados, na semana passada, como parte de um relatório sobre a campanha de desinformação sobre as mudanças climáticas promovida por empresas como a ExxonMobil, BP, Shell e Peabody Energy, chamado de Climate Deception Dossiers.
A postura da indústria petroleira, como a Exxon lembra muito a conduta da indústria do tabaco, que resistiu e negou por décadas o fumo como causador de câncer.
Contudo, na semana passada, a Exxon reconheceu o risco das alterações climáticas e que não financia mais grupos para negarem a mudança climática global. Também, nem precisava mais, por que todo mundo já sabe, e muitos sofrem, seus efeitos.
Enquanto isso, em Zonas Úmidas, como a região sul do RS, o ambiente se degrada e as pessoas são obrigadas a passarem por situações de humilhação, sofrimento, perda de bens provocados por fenômenos naturais, potencializados pelas mudança climáticas, como a atual inundação vivenciada.
Fonte: CEA e http://www.theguardian.com/environment/2015/jul/08/exxon-climate-change-1981-climate-denier-funding.
Mais em: http://ongcea.eco.br/?s=Exxon

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