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domingo, 19 de março de 2023

Guardiãs da Amazônia: conheça a história de mulheres que lutaram pela Amazônia e pelos povos originários

O Brasil carrega o peso de ser o país onde mais defensores e defensoras de direitos humanos são assassinados. O maior índice atinge ativistas que atuam na luta pelo direito à terra, à moradia e ao meio ambiente, sobretudo na Amazônia. Dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT) apontam que, no primeiro semestre de 2022, foram registradas 759 ocorrências no país, mais da metade dos casos registrados ocorreram na Amazônia Legal. Do total, 601 casos foram por conflitos por terra, 105 por conflitos pela água, 42 por conflitos trabalhistas, 10 envolveram conflitos em tempos de seca e 1 em área de garimpo. No mesmo período, 74 mulheres foram vítimas de violências em conflitos no campo, segundo a CPT. Os principais tipos de violência contra as mulheres foram a ameaça de morte, com 21,62% do total, seguida de intimidação, com 18,92%, e tentativa de assassinato com 10,81%. Berço de conflitos violentos, a Amazônia volta e meia é palco de assassinatos e ameaças a defensores e defensoras de direitos humanos. Hoje, 8 de março, data em que celebramos o Dia Internacional das Mulheres, a Rede Eclesial Pan-Amazônia (REPAM-Brasil) destaca a trajetória de sete mulheres que doaram a vida pela defesa do meio ambiente, da preservação das florestas e dos povos originários. “Vidas pela vida, Vidas pelo Reino, Vidas pela Amazônia” Celebrado no dia 8 de março desde 1909, o Dia Internacional da Mulher celebra as conquistas das mulheres e relembra a luta pela igualdade de gênero e o empoderamento feminino. Excluídas de muitos relatos históricos, as mulheres deram importantes contribuições na defesa e na preservação da Amazônia. Conheça a história de sete mulheres que fizeram a diferença em seus territórios: Irmã Dorothy Stang, irmã dos povos da floresta O testemunho de Irmã Dorothy Stang, missionária da Comissão Pastoral da Terra (CPT), é marcado por uma intensa luta pelo direito à terra dos numerosos camponeses que migraram para o norte do Brasil em busca de sustento. Ir. Dorothy dedicou sua vida ao combate da exploração dos pobres da região rural, em especial daqueles que viviam na Amazônia. Em fevereiro de 2005, Ir. Dorothy foi assassinada, numa emboscada, em uma estrada rural do município de Anapu, no Pará. Irmã Cleusa Rody Coelho, mártir da causa indígena Com uma vida dedicada à cauda indígena, aos mais pobres e aos excluídos, Irmã Cleusa Rody Coelho, 52 anos, protagonizou uma trajetória marcada pelo compromisso na defesa da terra indígena e dos direitos dos mais pobres. Radical na opção pelos pobres e na defesa dos direitos indígenas, Ir. Cleusa morreu defendendo as terras indígenas e buscando a paz na conturbada região da Prelazia de Lábrea, no Amazonas. Ir. Cleusa foi assassinada em abril de 1985 às margens do Rio Paciá, onde trabalhava com os Povos indígenas Apurinã Maria do Espírito Santo Silva, defensora da floresta e da justiça Maria do Espírito Santo Silva era de São João do Araguaia, nascida às margens do Rio Araguaia, filha de agricultores. Atuava na defesa da floresta como forma de subsistência e na criação de uma reserva extrativista no Assentamento Agroextrativista Praia Alta-Piranheira, onde vivia, no município de Nova Ipixuna, no Pará. Defensora da floresta, dos direitos de seus povos e da justiça, Maria do Espírito Santo e seu companheiro José Cláudio Ribeiro foram executados, numa emboscada, na manhã de 24 de maio de 2011, na cidade de Nova Ipixuna, no sudoeste do Pará, cidade a 390 quilômetros de Belém. Irmã Adelaide Molinari, uma trajetória marcada pela defesa dos mais pobres Mulher de fé, corajosa e dedicada à defesa dos mais pobres, Irmã Adelaide fazia parte da Congregação Filhas do Amor Divino, sendo uma das primeiras irmãs da sua congregação a trabalhar nas missões no Pará. Em 1985, foi assassinada a tiros na Rodoviária de Eldorado por sua luta pela terra em Eldorado dos Carajás. Dilma Ferreira da Silva, defensora da Terra, moradia e meio ambiente Lutadora incansável e destemida, Dilma Ferreira da Silva nunca baixou a cabeça perante as injustiças. Militante do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB) no Pará, Dilma denunciava as violações dos direitos e doou seu tempo e trabalho para construir a organização coletiva das famílias atingidas e a resistir aos problemas que por décadas perduraram na região após a construção de Tucuruí. Em março de 2019, foi brutalmente torturada e assassinada, junto a seu companheiro, Claudionor Costa da Silva, e um amigo do casal, Hilton Lopes, em sua própria casa na zona rural do município de Baião (PA). “As marias somos nós! Nós somos as verdadeiras marias, guerreiras, lutadoras que estão aí no desafio da luta do dia a dia.” (Dilma Ferreira Silva, Encontro Nacional das Mulheres Atingidas por Barragens, Brasília, abril de 2011) Nilce de Souza Magalhães, defensora de Direitos Humanos Pescadora e líder do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) em Porto Velho, Rondônia, Nilce “Nicinha” de Souza Magalhães denunciava as violações de direitos humanos perpetradas pelo consórcio Energia Sustentável do Brasil (ESBR) na construção da Usina Hidrelétrica de Jirau e os impactos do projeto hidrelétrico na vida de pescadores e pescadoras no Rio Madeira. Foi brutalmente assassinada em 2016. Seu corpo foi encontrado na barragem da Usina Hidrelétrica (UHE) em Jirau. Jane Júlia de Oliveira, uma trajetória marcada pela defesa dos sem-terra Trabalhadora rural sem-terra, Jane Júlia lutava pelo direito à terra e moradia digna. Em 2017, dez trabalhadores rurais sem-terra foram mortos durante operação das polícias militar e civil na Fazenda Santa Lúcia, no município Pau D’Arco, no sudeste do Pará. Entre os mortos estava Jane Júlia de Oliveira, liderança do acampamento e presidenta da Associação dos Trabalhadores Rurais Nova Vitória, a única mulher assassinada naquele dia. Comunicação – Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil) #Envolverde

Conheça 8 mitos sobre a reciclagem de vidro

Massfix, empresa líder em reciclagem de cacos de vidros, ajuda a desmentir alguns desses boatos. O vidro é um material composto por areia, barrilha, óxido de minerais e calcário, e está presente na vida das pessoas mais do que se pode imaginar. Garrafas, aparelhos domésticos, frascos de remédios, copos, perfumes, entre outros. Por ser considerado um material de grande importância mundial e os benefícios do seu reaproveitamento, a Organização das Nações Unidas (ONU), declarou que 2022 é o Ano internacional do vidro, com o objetivo de introduzir cada vez mais a pauta de reciclagem desse material na sociedade. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, reciclagem é um conjunto de técnicas de reaproveitamento de materiais descartados, reintroduzindo-os no ciclo produtivo. O uso do vidro reciclado traz grandes benefícios ambientais “Para cada 1kg de vidro reaproveitado se produz 1kg de vidro novo. E a cada 10% de caco utilizado na produção, pode-se reduzir 5% de CO2 e 2,5% a menos de consumo de energia no processo de fabricação” comenta Juliana Schunck, CEO da Massfix Com a chegada do fim ano e o aumento do consumo dos vidros no dia a dia, a Massfix aproveita para esclarecer os mitos sobre a reciclagem de vidro para ajudar os consumidores a colaborar com o meio ambiente. 1.O vidro pode ser reciclado apenas uma vez Mito: O vidro é um material 100% reciclável e não há perda dele durante o processo, e pode ser reciclado infinitas vezes sem perder sua qualidade. Um material de vidro reciclado possui as mesmas qualidades que um fabricado com matérias-primas virgens. 2. É preciso lavar o vidro antes de destinar para a reciclagem Mito: Lavar o material antes do descarte não traz benefícios no processo de reciclagem, gera mais esgoto e aumenta o consumo de água 3.O vidro é biodegradável e não polui o meio ambiente Mito: Os vidros não são biodegradáveis e permanecem na natureza por cerca de dez mil anos. Pela característica inerte do vidro, ele não libera resíduos contaminantes no solo ou nos lençóis freáticos, pois não reage com os componentes presentes, porém, o descarte desses materiais em locais inapropriados pode ser muito prejudicial ao meio ambiente por aumentar o volume de resíduos nos aterros sanitários. Dessa maneira, a reciclagem é o melhor a se fazer com esse material. 4. Porcelana e cerâmica podem ser descartados juntamente com o vidro Mito: Porcelanas, louças, cerâmicas e similares não podem ser descartados com o vidro, já que esses materiais contaminam o vidro, pois não derretem, geram perdas de cacos e prejudicam a reciclagem. Estes tipos de materiais não devem ser incluídos nos recicláveis comuns. 5. É necessário tirar os rótulos dos vidros antes de destinar para a reciclagem Mito: Não é necessário tirar os rótulos dos vidros em casa, o rótulo é um material orgânico que pode ser absorvido no processo de fabricação de um novo vidro em quantidades controladas. A separação de tampas da embalagem, como metal e plástico, também pode se dar em um centro de reciclagem de forma mecanizada. 6. É necessário separar o vidro por cor na hora de reciclar Mito: Não é necessário separar os vidros por cor, centros de reciclagem de vidros podem fazer isso de forma automática, através de separadores óticos. 7. É possível juntar vidro e plástico na hora de reciclar Mito: O recomendado é colocar todos os vidros em um único saco, separado dos demais materiais recicláveis. No caso de vidros quebrados, devemos embrulhá-los em uma caixa de papelão ou em um papel mais grosso para diminuir o risco de ferir os catadores da coleta seletiva e a perda de cacos de vidro para reciclagem ou levar em um PEV (ponto de entrega voluntário) específico para vidros. 8. Todo tipo de vidro é reciclável Mito: Vidros planos, seja temperado, laminado ou espelho são 100 % recicláveis, assim como vidros de embalagens. Outros tipos de vidros dependem de processos e destinações finais especiais. Vidros específicos, como vidros resistentes a calor, vidros refratários ou vidros com chumbo não podem retornar a fabricação de um novo vidro e devem ser coletados separadamente para uma destinação final específica. Vidros de medicamentos devem ser destinados a logística reversa de medicamentos, já que apesar de recicláveis, possuem resíduos químicos. Sobre a Massfix Desde 1991 a Massfix atua na reciclagem de cacos de vidros planos, vidros laminados e vidros de embalagens, sendo hoje a única empresa no mercado que recicla todo o tipo de vidro. No início de nossa história atuamos apenas na coleta de cacos em uma pequena região de São Paulo. Com seriedade e profissionalismo a Massfix expandiu sua atuação, sempre se especializando e inovando no processo de beneficiamento e transportes destes resíduos, e hoje está em grande parte da região sudeste, com equipamentos roll on / roll off que proporcionam maior eficiência no atendimento. Atualmente atendemos mais de 1000 fornecedores entre pequenos e grandes geradores de diferentes segmentos, coletando todos os tipos de vidros: planos, temperados, laminados, vidros de embalagens e outros especiais. As preocupações com o meio ambiente são a base das atividades da Massfix, e nos orgulhamos em contribuir com um ramo de atividade nobre que visa preservar a natureza, impedindo o descarte indevido de resíduos em aterros sanitários e lixões, reinserindo matérias-primas na cadeia produtiva. A Massfix trabalha com reciclagem de resíduos de vidros de forma a serem reutilizados como matéria-prima secundária em diferentes segmentos como: indústrias de vidro, indústria cerâmica, coloríficos, jateamento, micro esferas, tintas, e muitas outras. #Envolverde

ONU consegue acordo para proteção da biodiversidade marinha em águas internacionais

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, saudou os países-membros por terminarem o texto do Tratado do Alto Mar para proteger 30% dos oceanos do mundo e garantir a conservação e o uso sustentável da diversidade biológica marinha de áreas fora da jurisdição nacional. A adoção do documento foi confirmada no último sábado (4) pela presidente da Conferência Intergovernamental da ONU sobre Diversidade Biológica Marinha de Áreas Além da Jurisdição Nacional, Rena Lee. O tratado prevê mobilização de recursos para proteção dos oceanos e garante acesso e uso de recursos genéticos marinhos. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, saudou os países-membros por terminarem o texto do Tratado do Alto Mar para proteger 30% dos oceanos do mundo e garantir a conservação e o uso sustentável da diversidade biológica marinha de áreas fora da jurisdição nacional. A adoção do documento foi confirmada no último sábado (4) pela presidente da Conferência Intergovernamental da ONU sobre Diversidade Biológica Marinha de Áreas Além da Jurisdição Nacional, Rena Lee. “Senhoras e senhores, o navio chegou à costa”, declarou Rena Lee. Guterres elogiou a atuação de Lee no processo, que teve o apoio de organizações não-governamentais, sociedade civil, instituições acadêmicas e da comunidade científica desde 2004. A expectativa de Guterres é continuar trabalhando com todas as partes para garantir um oceano mais saudável, resiliente e produtivo, beneficiando as gerações atuais e futuras. Ele disse que a medida representa um avanço, depois de quase duas décadas de negociações. Para ele, é uma vitória para o multilateralismo e para os esforços globais para combater as tendências destrutivas que afetam a saúde dos oceanos, no presente e nas próximas gerações. O tratado prevê mobilização de recursos para proteger 30% dos oceanos do mundo e garante acesso e uso de recursos genéticos marinhos. Para o secretário-geral, o conjunto de diretrizes é um meio essencial para atingir os objetivos e metas relacionadas ao oceano da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e do Quadro de Biodiversidade Global de Kunming-Montreal. O chamado compromisso “30×30” visa proteger um terço da biodiversidade do mundo, na terra e no mar, até 2030. O entendimento foi alcançado na Conferência da ONU em Montreal em dezembro passado. O líder da Casa deliberativa diz trata-se de um exemplo da transformação que o mundo precisa e as pessoas exigem. *Crédito da imagem destacada: Legenda: Compromisso visa proteger um terço da biodiversidade do mundo até 2030 Foto: © Alec Douglas/Unsplash #Envolverde

Esta semana teve o 12 de março, Dia do Bibliotecário

por Samyra Crespo – O mais famoso deles, o poeta e escritor argentino Jorge Luís Borges, dizia que a imagem mais perfeita do paraíso para ele era uma biblioteca. Tendo a concordar. Ali onde o conhecimento, a diversão e a imaginação dos humanos se acham armazenadas, catalogadas, classificadas, à espera de leitores. Tive notícias – este ano- que mais de 6.000 bibliotecas municipais foram fechadas. Falta de recursos para mantê-las, falta de mão de obra especializada, pouca frequência de leitores… a existência de bibliotecas on-line, fatores vários. Também se toma conhecimento por pesquisas do IBGE e pelo Instituto Nacional do Livro (INL) que pouco mais de 10% dos municípios brasileiros (hoje em torno de 5.500) possuem livrarias. Quando existem, são livraria espíritas/evangélicas/religiosas. Pouco sabemos sobre as medições e resultados das políticas públicas de incentivo à leitura. Estamos num momento entre atos. De um lado defendemos estoicamente a necessidade de letramento e vemos milhares de Clubes de Leitura serem instituídos no país, a maior parte de iniciativa privada. De outro, vemos uma espécie de rendição à cultura internética, como se fosse excludente ler livros físicos e frequentar as mídias sociais, ou ainda o streaming (que cada vez mais exibe séries e filmes baseados em.literatuea consagrada). O fato é que sem bibliotecas ou livrarias, quem vai cursar biblioteconomia e aspirar a se tornar um bibliotecário? Quem quer ter uma profissão que o levará ao desemprego ou à baixa remuneração? Eu frequentei muita biblioteca pública. Além de não ter dinheiro para comprar todos os livros de que necessitava no ensino médio e superior – muitos deles em língua estrangeira, gostava do ambiente disciplinado e silencioso dos salões de leitura: favorecem a concentração. Muitos finais de semana, durante a minha graduação em História na USP, frequentei a Biblioteca Mário de Andrade. Era com alegria que pedia para ‘baixar’ das estantes os livros, sempre uma pilha maior do que conseguia ler ou consultar. Gostava das lombada dos livros encadernados, da linha d’agua dos papéis nobres e até daquele cheiro da celulose envelhecida. Sou uma bibliotecária enrustida. Trabalhei durante dois anos na biblioteca da minha escola. Comecei como voluntária e acabei remunerada. Quando estudava na USP, no curso noturno, pois trabalhava durante o dia num prestigiado jornal de São Paulo, tive uma amiga bibliotecária – Hermínia era seu nome. Grande, meio ruiva, ágil embora pesada, era uma espécie de mentora e sempre nos indicava tesouros: uma tradução rara, um livro já esgotado, uma edição primorosa. Também era muito seletiva. ‘Escolhia’ os alunos que considerava mais promissores e dava a eles um tratamento especial. Não lembro seu sobrenome para homenageá-la devidamente, mas estava lá na Biblioteca do prédio da História durante os 9 anos que estudei na USP, desde 1973. Talvez alguém que me lê aqui possa completar o nome dela. Conheci muitos bibliotecários diligentes, dedicados, amáveis. Fui mesmo ‘rata’ de boas bibliotecas, como a do antigo Colégio São Luís (na Paulista) e a do Centro João XXIII no Rio, especializadas em História da Religião. A belíssima Biblioteca Nacional – dela me recordo ainda do calor (nos anos 80′ ainda não era refrigerada). Neste dia consagrado aos bibliotecários, 12 de março, olho meio desalentada para a biblioteca que mantenho em casa. É pequena e bagunçada. Sempre penso em algum bibliotecário aposentado, um estagiário que pudesse me dar uma mãozinha… Samyra Crespo é cientista social, ambientalista e pesquisadora sênior do Museu de Astronomia e Ciências Afins e coordenou durante 20 anos o estudo “O que os Brasileiros pensam do Meio Ambiente”. Foi vice-presidente do Conselho do Greenpeace de 2006-2008.

Lista: Conheça 5 ONGs que atuam na área da educação

Por Laura Patta, para o Observatório do 3º Setor – Conheça um pouco do trabalho de 5 ONGs de diferentes partes do Brasil que promovem a educação a partir de diversas metodologias A educação é um direito básico garantido pela Constituição brasileira. O acesso à boa educação pode alavancar o desenvolvimento de um país e resolver questões sociais como a pobreza e a violência. Apesar disso, o Brasil não tem bons índices de educação. Em 2018, o Brasil ficou em 57º lugar no PISA. Para agravar a situação, o país ficou entre aqueles que mais fecharam escolas durante a pandemia. Diante dessa realidade, a mobilização da sociedade civil é crucial. Existem diversas ONGs na área da educação espalhadas pelo país que prestam um serviço fundamental. Para divulgar o trabalho dessas entidades, criamos uma lista com organizações sem fins lucrativos que atuam no Brasil e que se dedicam à educação. 1. Cidadão Pró-mundo Atuação Nacional Site: Cidadão Pró-mundo O que faz: Oferece ensino de inglês para comunidades carentes do Brasil. O objetivo é democratizar o ensino da língua estrangeira e, desse modo, criar oportunidades de inserção e integração social no Brasil. 2. Cipó Atuação: Salvador, Bahia Site: Cipó O que faz: Transformar a vida de crianças carentes por meio de uma educação baseada na comunicação. Aplica uma metodologia que envolve os sentidos, como a visão, audição e a fala. 3. Instituto 5 Elementos Atuação Nacional Site: 5 Elementos O que faz: Oferece cursos e oficinas na área de Educação para a Sustentabilidade para professores, lideranças comunitárias, funcionários de empresas e interessados em geral, visando sensibilizá-los à causa. Também desenvolve ações para promover educação sobre a sustentabilidade por meio de brincadeiras, vivências, exibição de materiais audiovisuais, entre outras técnicas. 4. Projeto Uerê Atuação: Rio de Janeiro Site: Projeto Uerê O que faz: Oferece educação e instrução para jovens em situação de risco social. A iniciativa desenvolveu uma metodologia para educar crianças traumatizadas pela violência. 5. Vagalume Atuação: Amazônia Site: Vagalume O que faz: Promove o empoderamento das crianças de comunidades rurais da Amazônia por meio da leitura e da gestão de bibliotecas comunitárias como espaço para compartilhar saberes. Participa da criação de gestões comunitárias e incentiva a produção de livros artesanais, para fortalecer a cultura da comunidade. Organiza intercâmbios culturais, gerando diálogos entre jovens das comunidades da Amazônia e escolas e organizações sociais do Sudeste brasileiro para uma troca de experiências. (Envolverde/Observ

Amazônia concentra 90% da área queimada no Brasil no primeiro bimestre de 2023

Por Ipam – Foram 487 mil hectares queimados no bioma; confira os dados do Monitor do Fogo divulgados nesta segunda-feira (13) A Amazônia foi o bioma mais queimado no Brasil nos dois primeiros meses do ano, com 487 mil hectares atingidos pelo fogo. A área equivale a quatro vezes a capital paraense Belém e representa 90% de tudo o que queimou no país no período. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (13) pelo Monitor do Fogo, iniciativa do MapBiomas em parceria com o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia). “O principal fator para o fogo na Amazônia nesse período é a ocorrência do fogo em formações campestres, principalmente ao norte do Bioma. Ainda que seja um número alto para a época de chuvas, é 25% menor que os 654 mil hectares que pegaram fogo no bioma em janeiro e fevereiro do ano passado”, comenta Vera Laisa Arruda, pesquisadora no IPAM responsável pelo Monitor do Fogo. Entre os estados em todos os biomas, Roraima foi o que mais queimou nos meses de janeiro e fevereiro. Foram 259 mil hectares, ou 48% de toda a área queimada no Brasil. Roraima, Mato Grosso e Pará, os últimos com 90 mil e 70 mil hectares queimados, concentram 79% do fogo ocorrido no Brasil no período. “O padrão de área queimada em Roraima pode estar relacionado a características climáticas e ambientais únicas do estado. Roraima está localizado no hemisfério norte, enquanto a maior parte dos demais estados se localiza no hemisfério sul. Dessa forma, enquanto o período de seca em boa parte do país ocorre entre os meses de maio a setembro, em Roraima os meses de seca ocorrem entre dezembro e abril”, explica Felipe Martenexen, pesquisador no IPAM e responsável pelo mapeamento da Amazônia no Monitor do Fogo. Campos, como os lavrados roraimenses, foram o tipo de vegetação mais afetado: na Amazônia, os 266 mil hectares que pegaram fogo entre janeiro e fevereiro de 2023 eram de formações campestres, ou 55% da área queimada no bioma; no Brasil, a proporção chega a 84% . “As vegetações campestres têm um papel fundamental na manutenção dos ciclos naturais essenciais para a vida, como o do carbono e do nitrogênio, além de contribuírem para a absorção e distribuição de água pelo solo. Por essa relação interdependente e complementar, medidas de proteção da biodiversidade devem considerar ecossistemas como um todo para serem efetivas”, acrescenta Vera Arruda. O Cerrado foi o segundo mais queimado em janeiro e fevereiro, com 24 mil hectares atingidos pelo fogo. A época de chuva em regiões do bioma dificulta o alastramento dos incêndios. No total, o Brasil teve 536 mil hectares queimados nos dois meses, uma área 28% do que a registrada no mesmo período em 2022. #Envolverde

Pesquisadores estudam plantas medicinais usadas por Guarani e Kaiowá

Por Agência Brasil- Projeto deve resultar em um acervo de pesquisa na língua Guarani Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) vão desenvolver um trabalho para analisar plantas medicinais e tratamentos fitoterápicos contra a tuberculose usados pelo povo indígena Guarani e Kaiowá, em Mato Grosso do Sul. O projeto deve resultar em um grande acervo de pesquisa na língua Guarani e na instalação de um jardim terapêutico na Aldeia Amambai, com coordenação do Grupo de Jovens Indígenas Guarani e Kaiowá (Jiga). O estudo tem como ideia central o conceito de intermedicalidade, em que intervenções em saúde consideram também as crenças culturais e práticas terapêuticas dos povos originários. A proposta é obter, com a troca de saberes, um uso seguro desses fitoterápicos em associação com os medicamentos alopáticos indicados para a tuberculose. O trabalho é coordenado pelos pesquisadores Islândia Carvalho, da Fiocruz Pernambuco, e Paulo Basta, da Escola de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz). Os extratos utilizados em terapias auxiliares ou no tratamento da tuberculose pulmonar terão o potencial farmacológico testado no Departamento de Imunologia da Fiocruz Pernambuco. Um estudo anterior, conduzido pelos pesquisadores da UFPE Rene Duarte e Rafael Ximenes, já havia resultado no Acervo Pohã Ñana, que apresenta o conhecimento sobre práticas tradicionais de cura e um catálogo com 82 plantas medicinais utilizadas pelo povo Guarani e Kaiowá de forma sistematizada e em conteúdo bilíngue. Com a pesquisa atual, esse acervo deve ser ampliado. *Crédito da imagem destacada: A proposta é obter, com a troca de saberes, um uso seguro desses fitoterápicos em associação com os medicamentos alopáticos indicados para a tuberculose – Camila Souza/GOVBA – Fotos Publicas #Envolverde