Enchentes devem aumentar com aquecimento global, diz estudo
por Jéssica Lipinski, do CarbonoBrasil
pesquisa, publicada no periódico Nature Climate Change, que afirma que as mudanças climáticas levarão a mais enchentes até o final do século.
Para chegar a essa conclusão, a equipe de pesquisadores, liderada por Yukiko Hirabayashi, analisou 11 modelos climáticos globais e a probabilidade de enchentes em 29 bacias hidrográficas de grandes rios.
Yangtzé, Mekong, Ganges, Níger, Congo, Nilo, Reno, Amazonas e Paraná, rios que têm um papel importantíssimo, servindo de fonte de alimentos, transporte e energia para boa parte da população do planeta, passarão a ter enchentes mais frequentes.
Por outro lado, os rios de outras regiões, como a América do Norte, norte e oeste da Europa e sul da África podem passar a apresentar menos cheias em relação aos níveis atuais. Em números, isso significa que o aquecimento global levaria ao aumento na frequência de enchentes em 42% da área estudada, e à diminuição na frequência em 18% da área analisada.
Os cientistas observaram também que, até 2100, o número de pessoas afetadas pelas enchentes vai depender dos diferentes cenários de temperatura em ocorrência. Se o aquecimento se mantiver em dois graus Celsius, 27 milhões de pessoas estarão em risco de grandes inundações; nesse panorama, o mundo ainda teria uma chance contra os efeitos prejudiciais das mudanças climáticas.
Entretanto, se o nível das temperaturas aumentasse quatro graus, 64 milhões de pessoas estariam em risco de mais enchentes. E se as temperaturas aumentassem em seis graus, esse número subiria para 93 milhões. Esses valores também incluem o crescimento populacional como uma das variáveis responsável pelo aumento das pessoas em risco.
A pesquisa prevê ainda que, atualmente, eventos de enchentes em massa ocorrem uma vez a cada século, mas devem aumentar sua frequência para casa dez ou 50 anos.
E apesar das incertezas que permeiam a relação entre o aquecimento global e as enchentes, os estudiosos acreditam essas descobertas ajudarão os países que podem ser afetados a se prepararem. Hoje em dia, enchentes, como as que estão ocorrendo na Europa, são responsáveis pela morte de milhares de pessoas e causam dezenas de bilhões de dólares em prejuízos todos os anos, principalmente na última década.
Citação: Global flood risk under climate change, Nature Climate Change (2013), doi:10.1038/nclimate1911
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
Cientistas do Instituto de Engenharia da Universidade de Tóquio apresentaram nesta semana uma Para chegar a essa conclusão, a equipe de pesquisadores, liderada por Yukiko Hirabayashi, analisou 11 modelos climáticos globais e a probabilidade de enchentes em 29 bacias hidrográficas de grandes rios.
Yangtzé, Mekong, Ganges, Níger, Congo, Nilo, Reno, Amazonas e Paraná, rios que têm um papel importantíssimo, servindo de fonte de alimentos, transporte e energia para boa parte da população do planeta, passarão a ter enchentes mais frequentes.
Por outro lado, os rios de outras regiões, como a América do Norte, norte e oeste da Europa e sul da África podem passar a apresentar menos cheias em relação aos níveis atuais. Em números, isso significa que o aquecimento global levaria ao aumento na frequência de enchentes em 42% da área estudada, e à diminuição na frequência em 18% da área analisada.
Os cientistas observaram também que, até 2100, o número de pessoas afetadas pelas enchentes vai depender dos diferentes cenários de temperatura em ocorrência. Se o aquecimento se mantiver em dois graus Celsius, 27 milhões de pessoas estarão em risco de grandes inundações; nesse panorama, o mundo ainda teria uma chance contra os efeitos prejudiciais das mudanças climáticas.
Entretanto, se o nível das temperaturas aumentasse quatro graus, 64 milhões de pessoas estariam em risco de mais enchentes. E se as temperaturas aumentassem em seis graus, esse número subiria para 93 milhões. Esses valores também incluem o crescimento populacional como uma das variáveis responsável pelo aumento das pessoas em risco.
A pesquisa prevê ainda que, atualmente, eventos de enchentes em massa ocorrem uma vez a cada século, mas devem aumentar sua frequência para casa dez ou 50 anos.
E apesar das incertezas que permeiam a relação entre o aquecimento global e as enchentes, os estudiosos acreditam essas descobertas ajudarão os países que podem ser afetados a se prepararem. Hoje em dia, enchentes, como as que estão ocorrendo na Europa, são responsáveis pela morte de milhares de pessoas e causam dezenas de bilhões de dólares em prejuízos todos os anos, principalmente na última década.
Citação: Global flood risk under climate change, Nature Climate Change (2013), doi:10.1038/nclimate1911
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário