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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Vegetação do Taim deve se recuperar em um ano, estima chefe da estação


Sobrevoo preliminar indica que área atingida é similar à de 2008, quando 5 mil hectares foram atingidos


Chefe da estação estima que vegetação do Taim deve se recupar em um ano<br /><b>Crédito: </b> Divulgação / CP
Chefe da estação estima que vegetação do Taim deve se recupar em um ano
Crédito: Divulgação / CP
 
Na vistoria na Estação Ecológica do Taim, concluída após um sobrevoo nesta quinta-feira pela área do incêndio, o chefe da estação, Henrique Ilha, estimou que a vegetação deve ser totalmente recuperada em um ano. Ele se baseou nos dados do último grande incêndio que atingiu o local, em 2008.

Conforme Ilha, foi possível perceber que em boa parte da reserva, apenas a parte aérea da vegetação foi atingida, o que irá permitir que em pouco tempo as plantas se desenvolvam novamente. “É claro que nesse primeiro momento poderá haver alguma mudança na estrutura da vegetação, em razão de um crescimento diferente, mas visualmente ela estará recuperada em um ano”, explicou. Ele lembrou que, cinco meses após o ultimo incêndio, as plantas já haviam crescido 1,5 metro.

Segundo o chefe da estação, o cálculo inicial dá conta de que foram atingidos pelo menos 5 mil hectares o que corresponde a 15% do total da área de 34 mil hectares, dano semelhante ao ocorrido em 2008. Um sobrevoo para estimar a área afetada foi realizado pela manhã, mas o cálculo exato só poderá ser revelado na próxima semana, quando a medição será feita em um helicóptero.

Sobre o impacto nos animais, ele garante que os de maior porte conseguiram sobreviver, já que muitos se protegeram do fogo ao mergulhar nas áreas do banhado. O impacto maior foi sobre répteis e anfíbios, devido à mobilidade menor. Ilha ressalta, ainda, que foram mantidas uma série de ilhas que servirão para os animais se alimentarem e como refúgio contra predadores.

O incêndio foi extinto na tarde de quarta-feira, graças à chuva forte que atingiu a região Sul do Estado. As três aeronaves usadas no combate às chamas, além do Corpo de Bombeiros, realizaram uma operação de rescaldo, mas já foram dispensadas. Apenas brigadistas da estação seguem monitorando o local para evitar qualquer incidente no intervalo de recuperação.

O primeiro foco de incêndio foi percebido por volta das 9h da terça-feira da semana passada, dia 26 de março. A hipótese mais provável é de que um raio tenha atingido o local e dado início ao fogo. A reserva do Taim ocupa parte dos municípios de Rio Grande e Santa Vitória do Palmar, em uma faixa de terra entre a Lagoa Mirim e o Oceano Atlântico, próximo ao Arroio Chuí, na fronteira com o Uruguai. Este já é o segundo caso de incêndio na estação. Em 2008, 5 mil hectares foram atingidos pelo fogo.

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