Como despoluir os rios brasileiros?
por Redação do EcoD
O modelo brasileiro mais conhecido é o Rio Tietê, mas outros tantos cursos de água sofrem de maus tratos em outras regiões do país. O Rio Iguaçu, no Paraná, o Rio Ipojuca, em Pernambuco, e o Rio dos Sinos, no Rio Grande do Sul, são alguns dos leitos mais poluídos do Brasil e recebem, todos os dias, grandes cargas de dejetos e químicos industriais.
Mas ainda há esperança de despoluição. Um exemplo disso é o Rio Cheonggyecheon que, desde 2007, respira novos ares, abriga peixes, vegetação e serve de espaço de lazer para os sul-coreanos de Seul. O processo de limpeza começou em 2002, quando o governo local decidiu dar prioridade ao uso de ônibus e metrô.
Entre as mudanças que ocorreram na margem do Rio, a mais simbólica foi a implosão de um viaduto, que ficava bem em cima do leito do Cheonggyecheon. No lugar da obra, construída em 1960, foi colocado um parque linear para recreação e atrações culturais. As melhorias locais não foram apenas visíveis, mas também atingiram o âmbito atmosférico. A temperatura de Seul diminuiu 3,6ºC, caindo de 36,3ºC para 32,7ºC.
Outro caso de sucesso foi realizado no Rio Tâmisa, em Londres. Considerado o mais sujo da Europa, já no Século 19, exalava mau cheiro e chegou a provocar surtos de cólera na região. As mudanças começaram a ser desenvolvidas na década de 1960, quando um sistema de tratamento de esgoto removeu quase 100% da poluição lançada no rio. Atualmente, o curso abriga diversas espécies e é muito usado como meio de transporte, inclusive turístico.
Apesar da já manifestada vontade da população parisiense, o Rio Sena ainda não está em processo de tratamento, mas algumas iniciativas já foram implantadas na tentativa de amenizar a situação. Uma das experiências é a estação de tratamento de Nanterre, que utiliza jardins fertilizantes para limpar a água e estocá-la.
Paris já teve alguns momentos de aflição, em que fortes chuvas faziam a poluição do rio aumentar, a ponto de matar milhares de peixes asfixiados por falta de oxigênio. Por isso, as águas limpas estocadas em Nanterre poderão servir de oxigênio, caso o Rio Sena sofra mais uma vez de intoxicação.
* Publicado originalmente no site EcoD.
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