n413 Cerca de 13 milhões de hectares de florestas são destruídos por ano
Investir na gestão florestal e nas atividades de reflorestamento poderia contribuir significativamente na transição para uma economia verde. Foto: Dirlei Dionísio

Mais de um bilhão de pessoas no mundo dependem de florestas para abrigo, trabalho, alimentos, água, medicina e segurança. As florestas também absorvem o carbono, estabilizam o clima, regulam os ciclos de água e fornecem habitats para a biodiversidade.
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), investir em uma floresta saudável não é só vital para o bem-estar humano e ambiental, mas também crucial na transição para uma economia verde. O alerta foi feito devido a um dado alarmante: a mata está sendo destruída em um ritmo acelerado – são cerca de 13 milhões de hectares por ano. Para a organização, investir na gestão florestal e nas atividades de reflorestamento poderia contribuir significativamente na transição para uma economia verde – de baixa produção de carbono, com eficiência de recursos e socialmente inclusiva.
“Uma economia verde é aquela no qual o aumento da renda e de empregos é impulsionado por investimentos públicos e privados que reduzem as emissões de carbono e da poluição, aumentam a eficiência energética e dos recursos e impedem a perda da biodiversidade e dos ecossistemas”, conceitua o Pnuma.
Valor
O programa colaborativo das Nações Unidas sobre Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (em inglês, Redd+) busca criar um valor financeiro para o carbono armazenado nas florestas, oferecendo incentivos para os países em desenvolvimento para reduzir as emissões e investir em tecnologias de baixa emissão de carbono para o desenvolvimento sustentável.
“O objetivo é incentivar os países em desenvolvimento a reduzir o desmatamento de modo que as florestas possam capturar mais carbono, suavizando as mudanças climáticas, para ajudar na adaptação desses países às mudanças climáticas e fazer uma contribuição para as suas economias nacionais”, afirmou o chefe do escritório do Pnuma que lida com as florestas e as mudanças climáticas, Tim Christophersen, durante o Fórum das Nações Unidas sobre Florestas (UNFF10), em Istambul, Turquia, finalizado o dia 19 de abril.
* Publicado originalmente no site EcoD.