Posted: 12 Feb 2014 03:17 AM PST
Os países nórdicos, que muitos enchem a boca para falar o quão civilizados são, em se tratando de defesa dos animais estão aquém de muitos países. Até quando o antropocentrismo vai imperar?
Paralelamente à centenária cerimônia que tinge de vermelho o mar das Ilhas Faroe, zoo de Copenhagen ignora apelo público e abate Marius
Enquanto ambientalistas lutam todos os anos para impedir a tradicional matança de baleias e golfinhos no litoral dinamarquense, o zoológico de Copenhagen, capital do país, ignorou os pedidos de clemência e levou adiante a execução da girafa Marius neste final de semana.
Agência Efe
A girafa Marius tinha apenas dois anos de vida e foi executada por razões genéticas
A girafa Marius tinha apenas dois anos de vida e foi executada por razões genéticas
Após ser morta pelos funcionários do zoológico, a girafa foi dissecada na frente de uma multidão de crianças e depois utilizada como alimento para os leões do estabelecimento. O Zoológico de Copenhagen não deu ouvidos à pressão da opinião pública, que pedia para que o animal não fosse executado. Pelo menos dois parques safáris haviam se oferecido para dar abrigo a Marius; um rico ativista também disse que pagaria R$ 1,6 milhões para que o zoológico desistisse da ideia.
Agência Efe
Após ser abatida, a girafa foi dissecada em público; sua carne serviu de alimento para os leões do zoológico
Após ser abatida, a girafa foi dissecada em público; sua carne serviu de alimento para os leões do zoológico
A razão para o abate foi genética. Os genes de Marius eram muito parecidos aos de outros animais no progama de criação de girafas desenvolvido pelo zoológico. “Para evitar a endogamia, apenas girafas que não tenham parentesco podem participar do programa”, assinalou Bengt Holst, diretor científico do estabelecimento.
Reprodução/Cubadebate.cu/Youtube
Ilhas Faroe
Paralelamente ao abate da girafa Marius, o mar das Ilhas Faroe foi mais uma vez tingido de vermelho, no tradicional ritual de massacre de baleias e golfinhos na costa dinamarquesa a cada fim de janeiro.
Reprodução/Cubadebate.cu/Youtube
A cerimônia começa em alto mar, onde os participantes caçam baleias e golfinhos para conduzi-los à costa puxados por barcos. Com um gancho, agarram os animais pelo orifício nasal, segurando-os para cortar as cabeças. Assim, os bichos sangram até a morte, inundando de vermelho intenso a costa da ilha.
A caça a baleias nas Ilhas Faroe, situadas entre o mar da Noruega e o Atlântico Norte, é uma tradição centenária. No início, a carne e a gordura do animal eram importantes na dieta dos moradores e na economia local. O azeite de baleia era um produto de exportação e a banha era usada na cozinha e na iluminação pública. Há algum tempo, autoridades sanitárias dinamarquesas vêm advertindo a população da ilha para que não se alimentem dos derivados de baleia: é alto o risco de que os mamíferos marinhos estejam contaminados com produtos tóxicos despejados no mar.
Reprodução/Cubadebate.cu/Youtube
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