Antílopes são mortos para a produção de xales na Caxemira
17 de fevereiro de 2014
(Da Redação da ANDA)
O shahtoosh (também escrito shahtush, uma palavra persa que significa “rei das lãs finas”) é o nome dado a um tipo específico de xale, produzido com os pelos do antílope tibetano Chiru pelos tecelões da Caxemira.
Originalmente, estes xales eram raros e sua confecção requeria o trabalho de artesãos muito habilidosos para tecer a delicada lã que mede entre 9 e 11 micrômetros, que equivalem a frações de milímetros. Estes fatores fizeram com que os xales shahtoosh se tornassem muito preciosos. Eles são tão finos que um xale de tamanho médio pode ser passado através de um anel, levando-os a serem conhecidos como “xales de anel”. As informações são da Occupy for Animals.
O antílope Chiru vive em um dos ambientes mais inóspitos da Terra, a uma altitude de mais de 5 mil metros. O seu tipo especial de pelo, que é ao mesmo tempo muito leve e quente, permite a sobrevivência em condições de congelamento do planalto onde eles se reúnem em determinada época do ano. Eles são animais migratórios – se movendo da Mongólia ao Tibete – e, tradicionalmente, seguidos de perto pelos nômades, que também fazem essa viagem todos os anos. Os nômades caçam os antílopes para explorá-los para diversos itens: carne, ossos, chifres e peles.
Os nômades não conseguiram fazer uso de parte da pele dos animais – sua finura incrível a tornava praticamente impossível de lidar – e foi aí que os tecelões da Caxemira desempenharam o seu papel. Com a sua experiência em lidar com a lã mais fina “pashmina” penteada à mão, eles poderiam tecer xales de qualidade mais requintada e, assim, nasceu o xale shahtoosh.
Quando os britânicos da Índia viajaram à Caxemira no verão, eles perceberam o valor dos xales de pashmina e shahtoosh, e apresentaram-lhes ao mundo, o que levou a uma maior demanda por esses produtos. Posteriormente, o antílope passou a ser caçado especificamente pela sua pele e isso o levou a ser agora listado como uma espécie em extinção e a receber o maior nível possível de proteção legal, segundo a qual não é mais permitido nenhum comércio de shahtoosh.
A venda ou propriedade de shahtoosh tornou-se ilegal em todos os países signatários da Convenção do Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES). Muitos países, incluindo os EUA, a China e a Índia condenam os envolvidos no comércio de shahtoosh. Embora o ele seja proibido segundo o acordo, a caça dos antílopes e a venda de suas peles e do xale ainda são um problema grave no Tibete.
Devido ao fato dos antílopes tibetanos não serem animais domesticáveis e os pelos desses animais precisarem ser arrancados individualmente a partir da pele, eles devem ser mortos para a obtenção da sua lã.
A venda ou o porte de shahtoosh são considerados ilegais desde 1975, mas a comercialização do produto tornou-se preciosa no mercado negro durante os anos 90, quando era vendido por até US$ 15 mil cada um, o que fez com que a população de antílopes tibetanos declinasse para menos de 75 mil animais. Apesar da proibição na Índia, um próspero mercado negro ainda atende a clientes em Londres, Nova York e Los Angeles, onde se paga até US$17 mil pelo xale.
Os efeitos da compra de um xale shahtoosh são devastadores nos rebanhos de antílopes. O verdadeiro custo destes xales é a vida dos animais; a derrocada de uma espécie vulnerável para atender a vaidade humana. Cerca de 20 mil desses seres são mortos a cada ano por sua lã, uma taxa que irá exterminar a espécie em pouco tempo, se isso continuar acontecendo.
Esses xales são tão incrivelmente leves, porque cada pelo do antílope tibetano é cerca de 6 vezes mais fino que o cabelo humano médio. Cada xale shahtoosh requer cerca de 350 gramas de lã. Sendo que cada antílope tibetano produz não mais que 125 a 150 gramas, 3 animais são mortos para se produzir apenas um xale.
O shahtoosh (também escrito shahtush, uma palavra persa que significa “rei das lãs finas”) é o nome dado a um tipo específico de xale, produzido com os pelos do antílope tibetano Chiru pelos tecelões da Caxemira.
Originalmente, estes xales eram raros e sua confecção requeria o trabalho de artesãos muito habilidosos para tecer a delicada lã que mede entre 9 e 11 micrômetros, que equivalem a frações de milímetros. Estes fatores fizeram com que os xales shahtoosh se tornassem muito preciosos. Eles são tão finos que um xale de tamanho médio pode ser passado através de um anel, levando-os a serem conhecidos como “xales de anel”. As informações são da Occupy for Animals.
O antílope Chiru vive em um dos ambientes mais inóspitos da Terra, a uma altitude de mais de 5 mil metros. O seu tipo especial de pelo, que é ao mesmo tempo muito leve e quente, permite a sobrevivência em condições de congelamento do planalto onde eles se reúnem em determinada época do ano. Eles são animais migratórios – se movendo da Mongólia ao Tibete – e, tradicionalmente, seguidos de perto pelos nômades, que também fazem essa viagem todos os anos. Os nômades caçam os antílopes para explorá-los para diversos itens: carne, ossos, chifres e peles.
Os nômades não conseguiram fazer uso de parte da pele dos animais – sua finura incrível a tornava praticamente impossível de lidar – e foi aí que os tecelões da Caxemira desempenharam o seu papel. Com a sua experiência em lidar com a lã mais fina “pashmina” penteada à mão, eles poderiam tecer xales de qualidade mais requintada e, assim, nasceu o xale shahtoosh.
Quando os britânicos da Índia viajaram à Caxemira no verão, eles perceberam o valor dos xales de pashmina e shahtoosh, e apresentaram-lhes ao mundo, o que levou a uma maior demanda por esses produtos. Posteriormente, o antílope passou a ser caçado especificamente pela sua pele e isso o levou a ser agora listado como uma espécie em extinção e a receber o maior nível possível de proteção legal, segundo a qual não é mais permitido nenhum comércio de shahtoosh.
A venda ou propriedade de shahtoosh tornou-se ilegal em todos os países signatários da Convenção do Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES). Muitos países, incluindo os EUA, a China e a Índia condenam os envolvidos no comércio de shahtoosh. Embora o ele seja proibido segundo o acordo, a caça dos antílopes e a venda de suas peles e do xale ainda são um problema grave no Tibete.
Devido ao fato dos antílopes tibetanos não serem animais domesticáveis e os pelos desses animais precisarem ser arrancados individualmente a partir da pele, eles devem ser mortos para a obtenção da sua lã.
A venda ou o porte de shahtoosh são considerados ilegais desde 1975, mas a comercialização do produto tornou-se preciosa no mercado negro durante os anos 90, quando era vendido por até US$ 15 mil cada um, o que fez com que a população de antílopes tibetanos declinasse para menos de 75 mil animais. Apesar da proibição na Índia, um próspero mercado negro ainda atende a clientes em Londres, Nova York e Los Angeles, onde se paga até US$17 mil pelo xale.
Os efeitos da compra de um xale shahtoosh são devastadores nos rebanhos de antílopes. O verdadeiro custo destes xales é a vida dos animais; a derrocada de uma espécie vulnerável para atender a vaidade humana. Cerca de 20 mil desses seres são mortos a cada ano por sua lã, uma taxa que irá exterminar a espécie em pouco tempo, se isso continuar acontecendo.
Esses xales são tão incrivelmente leves, porque cada pelo do antílope tibetano é cerca de 6 vezes mais fino que o cabelo humano médio. Cada xale shahtoosh requer cerca de 350 gramas de lã. Sendo que cada antílope tibetano produz não mais que 125 a 150 gramas, 3 animais são mortos para se produzir apenas um xale.
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