Mais uma cidade mexicana proíbe o uso de animais em circos
26 de fevereiro de 2014 às 6:00
(da Redação da ANDA)
Culiacán é o mais recente município mexicano a dizer não ao uso de animais em circos, conforme relatado pelo PETA Latino. O prefeito da cidade insiste que “os melhores circos do mundo não oferecem shows com animais”. Culiacán segue o exemplo da Cidade do México, Querétaro e Naucalpan.
A atriz Kate del Castillo, que interpretou uma rainha fictícia de Culiacán na novela La Reina Del Sur, está ajudando a promover a conscientização sobre o tema. Em uma entrevista exclusiva para PETA, del Castillo explicou que ela cresceu amando o circo, mas seu coração foi partido depois que aprendeu sobre a tortura que os “elefantes, tigres e animais incríveis” têm que sofrer para fazer os truques.
O México não é o único país disposto a tomar uma posição contra o uso de animais em circos. Conforme relatado no PETA Latino, Áustria , Bolívia, Colômbia, Grécia, Paraguai, Brasil e Peru já começaram a proibir esta prática. Enquanto isso, proibições na Inglaterra e na Índia ainda estão pendentes.
Esta atitude é um primeiro passo, mas nem sempre é tão simples. Conforme relatado no Jakarta Globe, apesar de uma proibição na Indonésia do uso de golfinhos em circos, eles “ainda são mantidos em cativeiro em circos itinerantes, onde são forçados a realizar truques e são tratados de forma desumana”. Apesar de ser uma prática ilegal, o governo não se esforça para extinguir as transações ilícitas entre os comerciantes e donos de circo.
Os golfinhos cativos são “forçados a executar na frente de multidões várias vezes por dia, fazendo manobras como pular através de anéis de fogo. Eles são muitas vezes sub-alimentados, tratados sem os cuidados necessários e mantidos em piscinas cloradas inadequadas.”
Apesar de ter proteção legal, os golfinhos em cativeiro da Indonésia estão na mesma situação que os golfinhos capturados do Taiji. O destino desses animais provavelmente será como Angel, o golfinho albino raro que foi capturado em Taiji e está preso em um tanque onde é forçado a fazer “truques circenses repetidas vezes por uma recompensa de peixes mortos”.
É interessante notar que, embora muitas partes do mundo estejam tomando uma posição contra este tipo de exploração, os Estados Unidos são relativamente ausentes na discussão global.
De acordo com o NY Daily News, o NYCLASS – um grupo de direitos animais que tem sido a força motriz por trás do término das carruagens puxadas por cavalos em Nova York – também tem como alvo circos como Ringling Bros e Barnum & Bailey. Allie Feldman, diretor-executivo da NYCLASS, explica: “Animais no circo são abusados de maneira terrível. Animais na natureza naturalmente não usam saias e se equilibram em suas patas traseiras. Para que um elefante faça isso, você tem que bater nele até que ele se torne submisso.”
Em resposta às críticas, Stephen Payne, vice-presidente de comunicações corporativas da Feld Entertainment (a empresa de Ringling Bros), respondeu que elefantes de circo definitivamente não devem ser libertados porque sem esses estabelecimentos, esforços de conservação seriam comprometidos. O que é, claro, mais uma mentira para manter esta cruel prática em nome do lucro.
Nota da Redação: No Brasil, os estados de Alagoas, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Minas Gerais têm legislação que proíbe o uso de animais em circo. O Pl 7291/06, de autoria do Senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que tem como objetivo proibir animais em circos em todo o país, se encontra pronto para pauta no plenário e consta como prioridade. Escreva para o Presidente da Câmara, o Deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e exija a aprovação do projeto com urgência:
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