“Quando penso em ameaças globais, como terrorismo, epidemias, pobreza e proliferação de armas de destruição em massa, também incluo a mudança climática nessa lista de perigos que não conhecem fronteiras”, declarou.
“A mudança climática pode ser considerada uma arma de destruição em massa, talvez até a maior de todas”, completou.
Kerry salientou que não possui dúvidas de que as atividades humanas estão alterando o clima e que não há mais tempo a perder discutindo com quem nega essa realidade.
“A ciência não deixa margem para questionamentos. Aqueles que se negam a perceber os fatos estão simplesmente enterrando suas cabeças na areia. Eu e o presidente Obama acreditamos que não podemos nos dar ao luxo de gastar o precioso tempo que temos para lidar com esse problema em discussões sem futuro com aqueles que integram a ‘Sociedade da Terra Plana’”, afirmou.
O Secretário de Estado assumiu que os EUA, como o segundo maior emissor de gases do efeito estufa (GEEs), têm um papel muito importante para frear o aquecimento global, mas que os países emergentes também devem agir.
“Não conseguiremos evitar as piores consequências das mudanças climáticas se apenas um punhado de nações adotar metas de redução de emissão e o restante seguir como se nada estivesse acontecendo. Apesar de os grandes países industrializados terem que assumir um pesado fardo, ninguém deve ficar livre de responsabilidade”, concluiu.
Na semana passada, os EUA apresentaram às Nações Unidas um documento com alguns pontos que acreditam serem necessários para a criação de um acordo climático global em 2015. Entre as recomendações, está a que sugere o fim da diferenciação entre as nações ricas e emergentes, como ocorre no Protocolo de Quioto.
Basicamente, o que os EUA querem é que países como a China, maior emissora de GEEs do planeta, a Índia, o Brasil e a África do Sul passem a ter metas obrigatórias de redução.
US$ 1 bilhão
O presidente Barack Obama acaba de oferecer US$ 100 milhões em ajuda à Califórnia, que está enfrentando a pior seca que se tem notícia. O ano passado foi classificado como o ano mais seco desde que começaram as medições, em 1849, e 2014 parece seguir essa mesma linha.
Para evitar que esse tipo de emergência enfrente burocracia para conseguir recursos, Obama deve enviar para o congresso em março a proposta de criação de um Fundo de Resiliência Climática, com US$ 1 bilhão.
O objetivo é promover ações de adaptação e mitigação, deixando cidades e estados mais protegidos, assim como agilizar a distribuição de ajuda para afetados por eventos extremos.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
(CarbonoBrasil)
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