Imagens revelam a relação histórica entre índios e seus cães
17 de fevereiro de 2014
Por Stephanie Lourenço (da Redação da ANDA)
Os cachorros, trazidos ao Brasil pelos europeus no século XVI, foram rapidamente adotados pelos indígenas para a defesa das tribos. Em caso de aproximação de guerreiros inimigos, de dia ou de noite, eles davam sinal e até atacavam os potenciais agressores. Esses animais foram integrados nas tribos como os primeiros mamíferos domésticos. Atualmente, muitos deles são companheiros dos indígenas, relação tão íntima que ainda hoje é comum observar índias amamentarem cachorros em seus seios, segundo informações da National Geographic.
Apesar desse cenário não fazer parte da realidade em todas as tribos, o antropólogo Felipe Ferreira Vander Velden afirma que os Karitiana – povo de língua Tupi-Arikém de Rondônia - dizem que “cachorro é como filho”, destacando, assim, a relação de familiaridade que corta as fronteiras entre o humano e o não-humano. Os animais criados por eles assumem uma posição parecida com a das crianças: há um genuíno prazer na criação desses seres, no cuidado cotidiano com eles, prazer que, inclusive, porta dimensão estética, pois se diz que os animais de criação (como são chamados), como as crianças, “enfeitam a aldeia”, tornando-a agradável ao olhar de todos; há, ainda, a percepção de que esses seres cumprem um ciclo de vida tal qual o dos humanos: filhotes são mimados e protegidos, mas animais adultos devem portar-se como indivíduos autônomos e responsáveis, cuidando de suas próprias necessidades e desejos – da mesma forma que qualquer humano maduro. O cuidado com os animais é, sobretudo, de responsabilidade das mulheres.
Na Venezuela a história entre um cachorro e seu tutor no século XIX ficou conhecida na região e é compartilhada até hoje. Nevado, como era chamado o animal da raça mucuchíes, foi dado de presente a Simon Bolívar por um camponês, mas quem cuidava dele era um índio chamado Tinjacá. Nevado foi morto durante a batalha de Carabobo em 1821 e logo em seguida morreu seu tutor enquanto tentava resgatá-lo.
Nos EUA, a artista Grace Carpenter, nascida em 1865, pintou mais de 600 retratos da tribo Pomo – indígenas da região da Califórnia. As imagens mostram frequentemente a relação afetiva entre os índios e os cachorros, o que sugere a afinidade entre essas pessoas e seus animais.
Os cachorros, trazidos ao Brasil pelos europeus no século XVI, foram rapidamente adotados pelos indígenas para a defesa das tribos. Em caso de aproximação de guerreiros inimigos, de dia ou de noite, eles davam sinal e até atacavam os potenciais agressores. Esses animais foram integrados nas tribos como os primeiros mamíferos domésticos. Atualmente, muitos deles são companheiros dos indígenas, relação tão íntima que ainda hoje é comum observar índias amamentarem cachorros em seus seios, segundo informações da National Geographic.
Apesar desse cenário não fazer parte da realidade em todas as tribos, o antropólogo Felipe Ferreira Vander Velden afirma que os Karitiana – povo de língua Tupi-Arikém de Rondônia - dizem que “cachorro é como filho”, destacando, assim, a relação de familiaridade que corta as fronteiras entre o humano e o não-humano. Os animais criados por eles assumem uma posição parecida com a das crianças: há um genuíno prazer na criação desses seres, no cuidado cotidiano com eles, prazer que, inclusive, porta dimensão estética, pois se diz que os animais de criação (como são chamados), como as crianças, “enfeitam a aldeia”, tornando-a agradável ao olhar de todos; há, ainda, a percepção de que esses seres cumprem um ciclo de vida tal qual o dos humanos: filhotes são mimados e protegidos, mas animais adultos devem portar-se como indivíduos autônomos e responsáveis, cuidando de suas próprias necessidades e desejos – da mesma forma que qualquer humano maduro. O cuidado com os animais é, sobretudo, de responsabilidade das mulheres.
Na Venezuela a história entre um cachorro e seu tutor no século XIX ficou conhecida na região e é compartilhada até hoje. Nevado, como era chamado o animal da raça mucuchíes, foi dado de presente a Simon Bolívar por um camponês, mas quem cuidava dele era um índio chamado Tinjacá. Nevado foi morto durante a batalha de Carabobo em 1821 e logo em seguida morreu seu tutor enquanto tentava resgatá-lo.
Nos EUA, a artista Grace Carpenter, nascida em 1865, pintou mais de 600 retratos da tribo Pomo – indígenas da região da Califórnia. As imagens mostram frequentemente a relação afetiva entre os índios e os cachorros, o que sugere a afinidade entre essas pessoas e seus animais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário