Leão Juba morre em santuário ecológico, após vida de maus-tratos
27 de fevereiro de 2014 às 6:00
(da Redação da ANDA)
O leão Juba, que ficou conhecido em todo país por ter sofrido maus-tratos no zoológico onde vivia em Fortaleza (CE), morreu na manhã da última terça-feira (25), na ONG Mata Ciliar, em Jundiaí. Ele estava no santuário desde junho de 2012. As informações são do G1 e Repórter Record.
O animal sofria de artrose devido à idade avançada e aos danos que sofreu durante a maior parte de sua vida. O leão estava muito magro e não conseguia se levantar. Ele tinha dificuldades para se alimentar e beber água normalmente, em consequência das dores nos ossos e articulações.
No sábado (22), Juba passou por um procedimento para aplicação de remédios que aliviariam as dores, realizado por uma equipe de 15 pessoas entre veterinários e biólogos. De acordo com os funcionários da Mata Ciliar, o animal, que tinha 20 anos, não conseguiu se recuperar e morreu. O corpo foi levado para uma universidade, em São Paulo.
Juba passou por muitas situações de maus-tratos. Quando mais jovem ele morava em um zoológico particular e de situação irregular no Rio de Janeiro, desativado pelo Ibama em 2001. Depois disso, o leão foi transferido para outro zoológico, desta vez em Fortaleza, e novamente sofreu maus-tratos até o dia em que o local foi fechado. Em 2006, Juba foi para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) do Ibama no Ceará, mas era um local provisório.
A vida de torturas do leão o deixou com uma aparência “fora dos padrões” aceitos pelos zoológicos. Ao saber de sua história, a Associação Mata Ciliar se ofereceu para cuidar do animal de maneira definitiva. Em junho de 2012, o felino foi transferido para o santuário, onde ele passou o resto de sua sofrida vida com dignidade.
Juba vivia em um recinto construído especialmente pela Mata Ciliar. O cercado custou R$ 30 mil e o valor foi obtido com campanhas de arrecadação em todo o país.
Nota da Redação: Animais são considerados objetos para zoológicos do mundo inteiro. São utilizados enquanto dão lucro e depois, descartados como lixo. Juba é só mais um caso, dentre inúmeros que acontecem neste comércio cruel que aprisiona estes seres em nome do entretenimento humano. Nesses estabelecimentos os animais são confinados, sofrem distúrbios comportamentais, muitos deles são mortos, além de terem sua liberdade negada ao serem retirados da natureza.
Um comentário:
A crueldade continua sendo cometida nos zoológicos. Animais confinados em espaços minúsculos.
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