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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Tragédia anunciada

A ciência anuncia o que meteorologistas, climatologistas e outros cientistas alertam sobre convergências de tragédias naturais que irão vir, mais e mais, fortes e devastadoras.

No Brasil, o que todos nós sabemos já há algum tempo: a falta de agenda de política pública de defesa civil, apoiada por sólidos mecanismos de prevenção, estruturas legais, políticas, econômicas e sociais de defesa civil; uso intensivo de tecnologias (radares, laboratórios, redes de transmissão de alerta preventivo; treinamento e capacitação de profissionais e especialistas) para atuar na prevenção e, se o desastre natural ocorrer, estar ali no local mais bem preparado para mitigar grandes perdas de vidas. São medidas básicas.

A profusão do "rio de vapor" abateu-se, por uma combinação climática volátil, sob o signo de revolta de La Niña sobre a encantadora Região Serrana: Friburgo, Teresópolis e Petrópolis. Em dois outros países onde ocorreram tragédias naturais, Austrália e Portugal, o índice pluviométrico foi mais alto do que aqui na Região Serrana e, lá, o número de vítimas e mortes foi bem, bem menor. Aí está a responsabilidade do poder público!

Desde os anos 70 (do Brasil Grande) há projetos contra enchentes. No Rio, desde Negrão de Lima até o atual prefeito Eduardo Paes, que pretende pôr em prática, em caráter de emergência, um plano para a captação das águas dos rios cariocas e levá-las por túnel extravasor até o Costão do Vidigal. Também o Centro de Prevenção a Enchentes da prefeitura do Rio já é uma primeira medida preventiva de alento. Assim como o Sistema de Alerta e Prevenção de Enchentes e Deslizamento de encostas a ser criado no Ministério de Ciência e Tecnologia.

A atuação é multidimensional, através de mutirão do governo, dentro de uma das quatro áreas da administração da presidente Dilma, com o entrosamento entre a área do Desenvolvimento Social e Erradicação da Miséria e a área de Gestão, Infraestrutura e PAC. Há muita cooperação internacional à disposição. E na linha de frente desse trabalho é necessária a presença permanente de mais engenheiros e gestores.

Falta-nos regularização de posse urbana, necessária à proibição absoluta de construção em áreas já definidas como de risco e ameaça à segurança ambiental e social da população. É política pública crítica, associada ao setor de saneamento que está agora na Secretaria de Assuntos Estratégicos. Como tal, deve ser tratado com um "Diagnóstico Nacional das Áreas de Risco". Nesses quatro anos do governo Dilma, pode-se construir uma política gestora da Defesa Civil.
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FONTE : Clóvis Brigadão (Envolverde/ANEFAC)

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