Os inseticidas para percevejos devem ser usados com cuidado, para não causar danos ao meio ambiente. "Os produtos de baixo impacto são mais modernos, e às vezes um pouco mais caros, e isso interfere na escolha pelo agricultor", adverte o pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Giovani Theisen. Ele acrescenta que a aplicação deve ser feita com atenção redobrada quando há rios e água próximos à lavoura.
Na Metade Sul, por exemplo, parte da soja é plantada em terras baixas, perto de áreas de arroz irrigado, em locais com muitos riachos, drenos e canais de água. "Nesta região em especial, a proximidade da água deve ser levada em conta ao se escolher e utilizar os agroquímicos." Theisen orienta os produtores a não fazer a aplicação preventiva de inseticidas na soja. O motivo é que a chuva retira os produtos das folhas, reduzindo o efeito residual. Ao levar o inseticida para o solo, ainda causa perdas, impacto ambiental e custo extra. A antecipação acarreta também a eliminação de inimigos naturais da praga, como aranhas e formigas.
Segundo a pesquisadora da Embrapa Clima Temperado, Ana Paula Afonso, o uso de sal na calda de aplicação do inseticida e o uso de áreas-armadilha também são medidas de manejo deste inseto na soja. Os pesquisadores citam ainda que existem duas vespas criadas em laboratório e liberadas nas lavouras para controle biológico, mas esta tática é limitada às áreas pequenas e nem sempre está comercialmente disponível ao produtor.
**********************
FONTE : Correio do Povo, edição de 8/1/2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário