2011 foi declarado pelo ONU, como o Ano internacional das Florestas!! Será que já avisaram para alguns quantos parlamentares que mudar o código florestal, ou melhor, acabar com ele vai ficar bem “feio” para o Brasil? Será um imenso contra-senso e/ou acho que até um atentado à diplomacia do Brasil perante aos demais países, bem como a ONU caso de fato a bancada ruralista e seus apoiadores consigam aprovar aquela terrivel proposta de mudanças no código florestal. Sem dúvida que não estamos aqui defendendo a ONU e/ou de olhos fechados a falta de preocupação socioambiental que os demais países (especialmente aqueles ditos desenvolvidos) para com suas florestas. Mas de fato o tal protagonismo ambiental que o Brasil tem buscado, especialmente no caso das mudanças climáticas, parece que ficará bem maculado caso o Código Florestal Brasileiro seja alterado a “toque de caixa” como pretendia alguns congressistas ao final do ano de 2010.
Para esclarecer os não tão esclarecidos, mudanças no Código Florestal também contribuirão com os processos já vividos-percebidos-estudados referente às Mudanças Climáticas, ou será que o nosso ambiente não é interdependente?? Inclusive a falta de política pública, visando a aplicação de fato da legislação ambiental, tem resultado de “n” processos de perda da biodiversidade, os ditos “desastres ambientais” (muitas vezes sabidos que podem ocorrer, mas o poder público faz vistas grossas), degradação dos ambientes, transformação dos ambientes para única e exclusivamente monoculturas do agronegócio, etc e tal…(tudo devidamente publicizado no blog)
Selecionamos um texto minimamente interessante, mas que esquece que no Brasil não temos apenas a Floresta Amazônica. A Floresta Atlântica, ou Mata Atlântica (como é mais conhecida) está extremamente degradada e em processos de extinção e perda de biodiversidade, tão grande quanto a Amazônia. E se pensarmos em extensão, parece que a Mata Atlântica deveria ter processos de preservação e conservação mais efetivos que a própria Amazônia. Sendo assim, devemos buscar e cobrar ações efetivas para ambas florestas brasileiras (estas mais expressivas, fora aquelas que compõem os demais biomas brasileiros) seja dos governos municipais, estaduais e do governo federal. Nós do Movimento Ambientalista já estamos cobrando e você?? Sabe como estão as florestas do seu município? Ainda há florestas em sua região? Claro que monoculturas não são florestas, logo não contam, certo!?
2011 será o Ano Internacional das Florestas
Declaração da ONU tem por objetivo promover ações que incentivem a conservação e a gestão sustentável de todos os tipos de floresta do planeta, mostrando à população mundial que a exploração das matas sem um manejo sustentável pode causar uma série de prejuízos.
Ano Internacional das Florestas marca a celebração “Florestas para o Povo”.
Por Rogério Ferro, Instituto Akatu
Com o objetivo de sensibilizar a sociedade sobre a importância da preservação das florestas para uma vida sustentável no planeta, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), declarou 2011, oficialmente, o Ano Internacional das Florestas. O tema da celebração é “Florestas para o Povo”.
Segundo a entidade, a intenção é promover ações que incentivem a conservação e a gestão sustentável de todos os tipos de floresta do planeta, mostrando à população mundial que a exploração das matas sem um manejo sustentável pode causar uma série de prejuízos, como a perda da biodiversidade, o agravamento das mudanças climáticas, migrações desordenadas para áreas urbanas e o crescimento da caça e do desmatamento ilegal.
A exploração predatória e o desrespeito ao ciclo de vida natural das florestas têm como consequência a ameaça da sustentabilidade econômica, das relações sociais e da vida humana no planeta. Isso acontece porque as florestas são a fonte, entre outros, de água potável e alimentos. Por outro lado, fornecem também matérias primas para indústrias essenciais como a farmacêutica e da construção civil, além de desempenhar um papel vital na manutenção da estabilidade do clima e do meio ambiente globais.
Atualmente, segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), as florestas cobrem 31% da área terrestre total do planeta, abrigam o lar de 300 milhões de pessoas ao redor do mundo e têm responsabilidade direta na garantia da sobrevivência de 1,6 bilhão de pessoas e de 80% da biodiversidade da Terra. Só em 2004, o comércio mundial de produtos florestais movimentou US$ 327 bilhões (algo em torno de R$ 588,8 bilhões).
Para saber mais, consulte o site oficial do Ano Internacional das Florestas (sem versão em português). Lá, o consumidor (hein? estranho comentário do autor do texto-grifo nosso) é convidado a divulgar ações que pretende promover no próximo ano em defesa das florestas.
No Brasil
O Brasil abriga 60% dos aproximadamente 5,5 milhões de km² da área total da Floresta Amazônica, a maior do planeta. A mata se estende por mais oito países: Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana Francesa. A Amazônia é também a maior floresta úmida e com maior biodiversidade.
Dentro do Brasil, ela se estende por nove Estados: Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Acre, Amapá, Maranhão, Tocantins e parte do Mato Grosso, representando mais de 61 % do Território Nacional.
Esta riqueza natural, no entanto, tem sido alvo de exploração predatória e ilegal, ameaçando assim o ciclo natural da reprodução dos recursos, bem como a subsistência das comunidades indígenas que habitam a região.
O estudo Quem se beneficia com a destruição da Amazônia, realizado em 2008 por iniciativa do Fórum Amazônia Sustentável e do Movimento Nossa São Paulo, mostrou que as populações urbanas são as que mais se beneficiam dos recursos extraídos da floresta.
O levantamento cita dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que apontam o Estado de São Paulo como o principal comprador da madeira extraída legalmente da Amazônia: “os paulistas absorvem 23% (12,7 milhões de metros cúbicos de madeira) do total que se extrai na floresta. A quantidade representa mais do que a soma do volume adquirido pelos dois estados que aparecem em segundo lugar, Paraná e Minas Gerais, ambos com 11%”, diz o estudo.
No entanto, apesar dos esforços do poder público, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) estimou, em 2008, que o volume de madeira ilegal da Amazônia que abastece o mercado pode chegar a 90% do total consumido no país. A indústria da construção civil, segundo o estudo, é a que mais se beneficia dessa matéria prima.
O título de maior exportador mundial de carne do Brasil também acarreta problemas para as florestas nacionais, já que a expansão das pastagens é um dos principais motivos para a derrubada das matas nativas. De acordo com o levantamento, “entre dezembro de 2003 e o mesmo mês de 2006, apenas 4% dos 10 milhões de novos animais adicionados às fazendas do país não estavam pastando sobre terrenos que um dia já foram floresta”. Ou seja, “o crescimento da criação de bois fora da Amazônia é praticamente insignificante” conclui o levantamento.
Outra atividade listada por estar relacionadas ao desmatamento é o cultivo da soja. Na safra de grãos de 2008, a cultura de soja no país ocupou 21,3 milhões de hectares – o que corresponde a 45% de toda a lavoura brasileira de grãos – que também é formada por arroz, feijão e café, entre outros. No entanto, segundo o estudo, “5% da produção de soja brasileira era proveniente de terras localizadas no bioma amazônico”. Além disso, os prejuízos aos rios e transtornos à população indígena são outras consequências indesejáveis da ocupação sojeira na Amazônia.
A divulgação desses dados resultou na criação, em 2008, dos pactos empresariais da madeira, da carne e da soja, iniciativa desencadeada por entidades da sociedade civil organizada, visando o combate à degradação da floresta amazônica. Ao assinarem os pactos, as entidades assumem a responsabilidade de não se beneficiar nem comercializar produtos provenientes da exploração predatória da Amazônia, além de adotar ações de combate à exploração ilegal da floresta.
Para saber se determinado produto ou empresa assinou cada um dos pactos, o consumidor pode consultar a lista das empresas e entidades que assinaram os Pactos Setoriais da Madeira, da Soja e da Carne.
Outro problema relacionada à exploração da Amazônia diz respeito à utilização de mão-de-obra escrava. Para se informar se determinado produto envolve o trabalho escravo em sua cadeia produtiva, antes de comprar, o consumidor pode consultar a Lista Suja do Trabalho Escravo, do Ministério do Trabalho. A relação lista as empresas e pessoas autuadas por exploração do trabalho escravo.
O Pacto Nacional Pela Erradicação do Trabalho Escravo, formado por empresas, associações e entidades da sociedade civil, disponibiliza para consulta pública, uma lista das entidades que se comprometeram e não se beneficiar do trabalho escravo.
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FONTE : Ecoagencia
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