Direto do ISA
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Organizações da sociedade civil alertam o governo de que é indispensável reconhecer os direitos constitucionais dos índios e dos quilombolas, que se encontram sob forte ataque, para poder regulamentar de forma adequada e negociada o processo de consulta que lhes é assegurado pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) antes da tomada de decisões sobre políticas e projetos que afetem seus direitos - Blog do ISA, 5/8. |
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Amazônia
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O desmatamento avança no Oeste do Pará, no eixo das obras da BR-163. Levantamento feito pelo Greenpeace, com base em dados do Inpe, indica que 29% de uma área de 317 mil hectares vizinha à Terra Indígena Baú, às margens do Rio Curuá, foram desmatados. Até 2003, essa área estava inserida nos limites da terra indígena. O sistema de monitoramento Prodes registrou 10.907 hectares de floresta derrubada até 2012. Pelo sistema, o desmatamento foi de 10.168 hectares entre agosto de 2012 e maio de 2013. Para Rômulo Batista, do Greenpeace, o desmatamento no entorno da TI Baú é um ícone do que pode ocorrer se forem alteradas as regras de demarcação e uso das terras indígenas, como querem os ruralistas - O Globo, 6/8, País, p.8. |
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Acusado no ano passado de ser responsável por 30% de todo o desmatamento da Amazônia verificado em 2010, o Incra assinará na quinta-feira, 8, um acordo com o Ministério Público Federal se comprometendo a baixar em 80%, até 2020, os índices de derrubada de florestas em assentamentos de reforma agrária. Em troca, serão extintas sete ações ajuizadas pelo MPF na Justiça pedindo a condenação do órgão por danos ambientais. O Incra terá que apresentar em 120 dias uma base de dados georreferenciada com a localização dos assentamentos na Amazônia Legal. Deve dizer quais já têm licenciamento ambiental. Terá que apresentar relatório trimestral do desmatamento nessas localidades e também providenciar assistência técnica aos assentados - FSP, 6/8, Coluna de Mônica Bergamo, p.E2. |
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Energia
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Dois anos e meio após uma quase hecatombe nuclear provocada por um terremoto seguido por violentos tsunamis, vazamentos seguidos de água altamente radioativa e a iminência de um grande transbordamento para o Oceano Pacífico colocaram em estado de emergência o complexo nuclear de Fukushima. A empresa dona do complexo atômico tem dificuldades para resolver a situação, disse ontem um funcionário da agência reguladora do setor no Japão. A água contaminada no lençol freático sob a usina está subindo para a superfície e excedendo os limites considerados seguros - O Globo, 6/8, Mundo, p.30; OESP, 6/8, Internacional, p.A11. |
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Mesmo empresas que conseguiram economizar energia acabaram emitindo mais gases do efeito estufa no ano passado em comparação com 2011. O resultado, que parece contraditório, pode ser explicado pela maior participação das fontes não renováveis de geração de eletricidade, principalmente o acionamento das termoelétricas. Relatório divulgado na segunda-feira pelo Programa Brasileiro GHG Protocol - iniciativa voluntária de publicação de inventários de gases-estufa de 106 companhias - mostra redução média de 36% do consumo elétrico, mas as emissões passaram de 3,3 milhões para 4,8 milhões de tCO2e (toneladas de carbono equivalente, a unidade para medir as emissões) - O Globo, 6/8, Ciência, p.32. |
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Geral
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Pela primeira vez, a produção de peixes e outros frutos do mar em cativeiro ultrapassou a de carne bovina. A informação consta de um estudo do Instituto Earth Policy: em 2012, foram 66,5 milhões de toneladas de frutos do mar contra 63 milhões de toneladas de carne vermelha. A Ásia, principalmente a China, responde pela maior parte da produção e do consumo de peixes. Produzidos em cativeiro, os peixes ficam mais baratos e a sobrepesca pode ser freada. Porém, a aquicultura destrói manguezais, despeja químicos no mar e espalha antibióticos que podem nos tornar mais resistentes a esses medicamentos. Entre 1980 e 2008, a FAO calcula que 3,6 milhões de hectares de manguezais, ou 20% do manancial do planeta, tenham sido destruídos. Boa parte na Ásia, mas também no Brasil - onde a carcinicultura, ou cultivo de camarões em viveiros, expande-se - O Globo, 6/8, Amanhã, p.10 a 17. |
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Um grupo de cerca de 40 índios e estudantes voltou a ocupar ontem à tarde o prédio do antigo Museu do Índio, no complexo esportivo do Maracanã, zona norte do Rio de Janeiro. Policiais militares se colocaram na entrada do imóvel para impedir que a ocupação se ampliasse. Os índios reivindicam uma reunião com a secretária de Cultura do Estado, Adriana Rattes. Na última quarta-feira, Adriana Rattes, líderes indígenas e membros da Fundação Darcy Ribeiro se encontraram para discutir a proposta de transformar o prédio num centro cultural. A proposta, entretanto, não prevê moradia para os índios, o que desagrada a alguns líderes do movimento - FSP, 6/8, Poder, p.A8; O Globo, 6/8, Rio, p.15. |
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O consumo de carne está associado à alta do desmatamento na Amazônia, usa uma enorme quantidade de água e emite gases-estufa. No entanto, tem ganhado força o movimento dos "carnívoros éticos": gente que não pensa em ser vegetariana, mas faz questão de uma postura mais sustentável e de respeito ao animal. Segundo Leonardo Leite de Barros, presidente da ABPO (Associação Brasileira da Pecuária Orgânica), a quantidade de animais criados segundo os preceitos orgânicos (sem confinamento, com uso restrito de remédios, alimentação no pasto e abate humanizado) tem crescido. "Hoje as fazendas da associação estão abatendo de 800 a mil animais por mês. Quando começamos, em 2007, eram cerca de 200", diz - FSP, 6/8, Equilíbrio, p.C10. |
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Caminhões de uma empresa contratada pela Fundação Rio-Águas, que pertence ao município do Rio de Janeiro, estão despejando sedimentos retirados durante a dragagem do Rio Piraquê sobre manguezal em Guaratiba. Na sexta-feira, o mar de lama preta já avançava sobre a planície que, segundo especialistas, trata-se de apicum, integrante do ecossistema do manguezal e fundamental para o equilíbrio da região. A Rio-Águas alega que o depósito é provisório e que todo o processo foi "devidamente licenciado pelos órgãos ambientais" - O Globo, 6/8, Rio, p.14. |
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O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) admitiu a possibilidade de a presidente Dilma Rousseff retirar a urgência na votação do novo marco legal da mineração que tramita no Congresso. Em audiência no Senado, Lobão disse que os deputados e senadores terão que se comprometer em votar a proposta de forma célere para que a urgência seja retirada. O projeto com o marco da mineração tramita do Congresso desde junho, quando Dilma o encaminhou para análise do Legislativo com pedido de urgência na votação. No novo marco, o Executivo decidiu que todas as áreas disponíveis para exploração serão oferecidas pelo governo via licitação - FSP, 6/8, Mercado, p.B4. |
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Solução sustentável para o déficit de água
"A Grande São Paulo possui menos de 10% de suas necessidades hídricas, de acordo com as recomendações da ONU. Para esse consumo, uma transposição traz da bacia hidrográfica do Rio Piracicaba, no interior do Estado, 33 mil litros de água por segundo. Uma solução prática e barata para melhorar esse cenário é a água de reuso. Por não passar por tratamento, ela pode ser utilizada para uso não potável em residências, indústrias e outros serviços de saneamento em São Paulo, no Brasil e no mundo. Aproximadamente 90% das atividades realizadas atualmente poderiam utilizar este método", artigo de Dirceu Telles - O Globo, 6/8, Amanhã, p.23. |
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