Um programa da Prefeitura de Umuarama, no Paraná, possibilita que os moradores de comunidades de baixa renda troquem materiais recicláveis por alimentos na feira, além de viabilizar o encaminhamento desses resíduos à uma cooperativa. O Lixo que Vale inclui ainda as Moedas Verdes, um dinheiro fictício que atua como mecanismo de troca.
A ideia é reduzir o desperdício e ainda ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade social. Os produtos presentes na feira, realizada quinzenalmente, são frescos e vêm de pequenos produtores da cidade. A pesagem dos produtos para reciclagem é feita todas as semanas e quem juntar um quilo de material tem direito a uma Moeda Verde.
No momento da pesagem, a pessoa recebe o vale-compra correspondente para ir à feira. “Esta é uma maneira diferente de envolver a comunidade na preservação do meio ambiente”, lembrou o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Antônio Carlos Fávaro.
Além disso, o trabalho alivia a pressão sobre o aterro sanitário municipal, que recebe 1.200 toneladas de lixo por mês. Cerca de 240 toneladas são destinadas à reciclagem, mas esse volume pode dobrar se a população se conscientizar. O objetivo é atingir 500 toneladas de recicláveis separados, a cada mês, o que também vai aumentar o número de pessoas empregadas pela cooperativa.
“É tudo coisa de primeira, fresquinha, que sai direto do pequeno produtor rural, passa pelo Banco de Alimentos e é distribuído aos moradores. Os benefícios são enormes. Uma alimentação de qualidade melhora a saúde, dá mais disposição para o trabalho e ajuda no desempenho escolar. O dinheiro que as famílias economizam com a compra desses alimentos pode bancar outras necessidades, melhorando a qualidade de vida de todos”, analisa o prefeito Moacir Silva.
* Publicado originalmente no site EcoD.
(EcoD)
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