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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Manchetes Socioambientais - 22/agosto/2013

Povos Indígenas

 
  Áreas somam quase dois milhões de hectares e incluem terras em Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde a demanda pelas demarcações é urgente - Direto do ISA, 20/8.
   
 

Mineração

 
  O governo iniciou a corrida em busca dos metais conhecidos como terras-raras. Eles são ingredientes essenciais na produção de derivados da alta tecnologia, como tablets, mísseis teleguiados, carros elétricos e geradores eólicos. O ministro de Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, informou que contratou a consultoria da Fundação Certi para desenvolver estudos sobre a exploração de terras-raras no Brasil. Um pré-estudo, feito pelo ministério, servirá de base para o trabalho da Certi. Raupp afirmou que o trabalho vai traçar toda a trajetória tecnológica de exploração dessa riqueza no país, até o final da cadeia. "Mapeamos só metade do Brasil e estamos em quarto ou quinto lugar em reservas. Depois de mapear todo o território vai ser muito mais" - FSP, 22/8, Mercado 1, p.B8.
  A CPRM (Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais) também desenvolve um programa de pesquisa em terras-raras. Muitos projetos estão na Amazônia, mas existem pesquisas também em Minas e Goiás. "Nossos geólogos estão percorrendo o país buscando identificar potenciais depósitos de terras-raras", informou a companhia. Para o diretor da CPRM, Roberto Ventura, é importante não só mapear onde estão os depósitos de terras-raras mas também desenvolver tecnologia. O motivo é que alguns desses elementos químicos são radioativos, o que torna o processo tecnológico de exploração ainda mais complexo e exige armazenamento especial - FSP, 22/8, Mercado 1, p.B8.
   
 

Amazônia

 
  Pesquisadores brasileiros correm contra o tempo e a pouca atenção governamental dada à febre de Mayaro, uma doença bem parecida com a dengue e comum na Amazônia. O principal vetor da febre de Mayaro é o mesmo inseto que transmite a febre amarela silvestre, o Heamagogus. Foi provado em laboratório que o vírus consegue se adaptar ao corpo do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, que prolifera nas cidades em qualquer ambiente com água limpa empoçada. "Se o vírus se adaptar no ambiente natural à transmissão pelo Aedes aegypti, teremos chance de propagação pelo Brasil inteiro", diz Luiz Tadeu Figueiredo, do Centro de Virologia da USP em Ribeirão Preto - O Globo, 21/8, Ciência, p.34.
 
"Procurei o professor Dalton Valeriano, do INPE. Há dez anos ele não faz praticamente outra coisa que não seja analisar, através dos sistemas Deter e Prodes, os dados fornecidos por satélites sobre o desmatamento na Amazõnia. O professor disse que não queria polemizar com o Imazon, mas garantiu que os números que apareciam no seu computador não batiam com os da ONG. Segundo ele, apenas os resultados do Deter de agosto de 2012 e de maio de 2013 mostraram um crescimento maior das áreas degradadas. Nos demais, não houve alteração importante. Uma região degradada hoje pode se transformar numa área devastada amanhã. O professor lembrou que o sistema Deter é muito semelhante ao utilizado pelo Imazon, mas que não serve para medir o desmatamento. Ele funciona como um indicador de atividades fora do padrão na floresta", coluna de Agostinho Vieira - O Globo, 22/8, Economia Verde, p.28.
   
 

Geral

 
  Para suprir a demanda de água na Grande São Paulo, o governo do Estado assinou ontem contrato de Parceria Público-Privada para construir o maior sistema de abastecimento desde o Alto Tietê, entregue em 1993. O Sistema Produtor São Lourenço vai atender o oeste e o sudoeste da Grande São Paulo, atingindo cerca de 1,5 milhão de pessoas. A água terá de percorrer tubulações ao longo de 83 km, já que a captação ocorrerá na represa Cachoeira do França, em Ibiúna. Também será preciso construir um sistema de bombeamento que supere o desnível da serra de Paranapiacaba, de 300 metros - equivalente à altura da Torre Eiffel. Em alguns trechos da tubulação, que passará pela serra e por baixo da Rodovia Raposo Tavares, o diâmetro chegará a 2,1 metros, o que corresponde à metade de um túnel de metrô. A capacidade de produção de água tratada vai aumentar em 4,7 mil litros por segundo - ampliação de 7% em relação ao nível atual da Sabesp, de 73 mil - OESP, 22/8, Metrópole, p.A25.
  O projeto do aeroporto de São Roque (a 59 km de SP) recebeu ontem aval ambiental do Consema - apesar de estar embargado pela Cetesb. O aval não dá direito aos empreendedores de iniciar as obras, mas é um passo nessa direção. A JHSF vai ter que atender a exigências da Cetesb para conseguir a licença de construção. O embargo, que corre em processo paralelo, também terá que ser derrubado. A construção do aeroporto é prevista simultaneamente à de um shopping e dez torres comerciais. Em julho, a Cetesb e a polícia ambiental apontaram haver irregularidades nas obras do shopping e no terreno do futuro aeroporto. Por falta de licença, por manejo de eucalipto e corte de mata nativa, os empreendedores receberam uma multa de R$ 5 milhões e tiveram a obra interditada - FSP, 22/8, Cotidiano, p.C7.
  Autoridades do Japão qualificaram ontem como "nível 3" - "incidente grave" na escala internacional de eventos nucleares - o vazamento de 300 toneladas de água radioativa da central de Fukushima nos últimos dias. A classificação, na escala que vai de 0 a 7, corresponde ao "vazamento de grande volume de material radioativo no interior da instalação". Desde o tsunami, que afetou os sistemas de refrigeração do reator e causou colapsos, já houve quatro vazamentos de tanques. Segundo informação da operadora da usina, o vazamento recente é o pior em termos de volume - FSP, 22/8, Mundo, p.A18; O Globo, 22/8, Mundo, p.35; OESP, 22/8, Internacional, p.A16.
   
 

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