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Água
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Com os dois principais mananciais em crise aguda de estiagem, a Grande São Paulo inicia o mês mais seco do ano com menos de um quarto da capacidade total de água disponível para abastecer cerca de 20 milhões de pessoas. Dos 1,99 trilhão de litros que podem ser armazenados nos seis sistemas que alimentam a Região Metropolitana, restam hoje nas represas 484,8 bilhões, incluindo a primeira cota do volume morto do Cantareira. É o nível mais baixo desde a conclusão do maior manancial paulista, no início da década de 1980 - OESP, 1/8, Metrópole, p.A18. |
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A queda na produção de água do sistema Cantareira é equivalente a uma situação de racionamento, com um rodízio de 3 dias sem água para cada 1,5 com, apontam dados da Sabesp. A redução é consequência de medidas adotadas para aliviar o sistema. A Sabesp interpreta o dado de maneira positiva, por considerar que conseguiu alcançar uma economia expressiva sem adotar o racionamento convencional, em que consumidores ficam longos períodos sem receber água. Porém, as medidas vieram acompanhadas de uma onda de reclamações de falta de água, que leva parte dos especialistas a considerar que a região metropolitana de São Paulo passa por um racionamento não declarado -o governo nega - FSP, 1/8, Cotidiano, p.C1 e C3. |
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O vapor Benjamim Guimarães, que navega pelas águas do Rio São Francisco desde a década de 1920, ficará temporariamente parado devido à seca que afeta a cabeceira do rio, em Minas Gerais. O nível da represa Três Marias baixou a 9,53% de sua capacidade, segundo o Operador Nacional do Sistema, e a vazão do rio foi reduzida pela segunda vez este ano, inviabilizando o passeio turístico feito pela embarcação. Segundo Anselmo Luiz Rocha de Matos, presidente da Empresa Municipal de Turismo de Pirapora, no norte de Minas, a vazão normal da represa é de 650 m3/s; terça-feira, estava em 190 m3/s. A embarcação voltará a navegar apenas quando o volume de água subir - O Globo, 1/8, País, p.9. |
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"Um terço dos domicílios brasileiros relata ter sofrido interrupção no fornecimento de água nos últimos 30 dias. O Atlas do Abastecimento Urbano de Água de 2011 informa que 55% dos nossos municípios estão sujeitos à falta de água na próxima década. A crise no abastecimento é a face mais visível da inépcia na gestão dos nossos recursos hídricos. A raiz do problema é o descompasso entre o aumento do nosso consumo per capita de água, hoje um dos maiores do mundo, e o absoluto descaso no tratamento adequado e uso eficiente do líquido utilizado. Chegamos ao século 21 com nada menos que 85% de todo esgoto residencial urbano despejado diariamente 'in natura' em nossos rios, córregos e lagos", artigo de Eduardo Giannetti - FSP, 1/8, Opinião, p.A2. |
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Resíduos Sólidos
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A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou ontem que o governo não estenderá o prazo de quatro anos dado às prefeituras para que extingam os lixões. A partir deste domingo, os gestores que não cumpriram a meta determinada em 2010 pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) ficam sujeitos a multas que atingem R$ 50 milhões e até a penas de um a quatro anos de prisão. Como só 2.202 entre os mais de 5.500 municípios brasileiros criaram aterros adequados para o descarte do lixo, o governo já admite "flexibilizar" as punições e pediu ao Ministério Público Federal que proponha termos de ajuste de conduta com cidades em atraso - O Globo, 1/8, Sociedade, p.31; OESP, 1/8, Metrópole, p.A18. |
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"Os administradores das cidades que não mantiverem o espaço urbano livre dos resíduos depositado nas lixeiras certamente serão punidos com a desaprovação popular e a perda de votos nas eleições seguintes. Isso, no entanto, não significa que serão beneficiados com mais votos se tiverem uma coleta e destinação adequadas - o cidadão acredita que isso é uma obrigação que já lhe custa caro no IPTU e em outros tributos, o que não é bem o caso. Os lugares da Europa onde políticas de resíduos funcionam cobram de cada casa uma taxa proporcional ao volume de lixo gerado. Mas São Paulo já revogou esse caminho... E agora, com mais prazo para os municípios ou com dois terços deles não cumprindo a PNRS, como será?", artigo de Washington Novaes - OESP, 1/8, Espaço Aberto, p.A2. |
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Geral
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Morreu ontem, aos 90 anos, o almirante Ibsen de Gusmão Câmara, um dos pioneiros do movimento ambientalista brasileiro. Ibsen presidiu a FBCN (Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza) e teve participação fundamental na criação de diversas unidades de conservação, entre elas a Reserva Biológica do Atol das Rocas (1979), que foi a primeira do Brasil em ambiente marinho e os parques nacionais de Abrolhos (1983) e Fernando de Noronha (1987). Ele também teve esteve presente na elaboração de muitas leis, como a do gerenciamento costeiro, a de proibição à caça de baleias, a de proteção da mata atlântica e a do sistema nacional de unidades de conservação - FSP, 1/8, Ciência, p.C9; OESP, 1/8, Metrópoe, p.A18; O Globo, 1/8, Rio, p.18. |
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O ex-ministro da Agricultura e chefe do Centro de Agronegócio da Fundação Getulio Vargas, Roberto Rodrigues, concluiu estudo com propostas do setor agropecuário aos candidatos a presidente da República. O documento, já entregue aos presidenciáveis, foi aprovado por 23 entidades da área e contém metas e prioridades a serem tomadas pelo próximo presidente. O documento propõe, entre outros pontos, que a escolha de ministros da Agricultura se dê após consulta e aprovação por entidades do setor. O estudo defende a aprovação da polêmica proposta de emenda constitucional (PEC) 215, que transfere para o Congresso Nacional a responsabilidade pela demarcação de terras indígenas, que hoje é do Ministério da Justiça - Valor Econômico, 1/8, Política, p.A6. |
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A Energias do Brasil (EdB), subsidiária brasileira do grupo português EDP, não pretende assumir novos projetos de geração por enquanto no país. A companhia responde pela construção três hidrelétricas na região Norte, nas quais é sócia do grupo chinês China Three Gorges (CTG). Santo Antônio do Jari, no Amapá, de 373 MW, deve custar R$ 1,3 bilhão e entra em operação em janeiro de 2015. A usina de Cachoeira Caldeirão, também no Amapá, de 219 MW, está orçada em R$ 1,1 bilhão e precisa ficar pronta em 2017. Mas a maior delas é a hidrelétrica de São Manoel, no Pará, de 700 MW, que deve estar concluída em 2018. O empreendimento, no qual a EdB é sócia da CTG e de Furnas, deve custar R$ 2,7 bilhões - Valor Econômico, 1/8, Empresas, p.B2. |
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