Você sabe o que acontece depois que aperta a descarga? Sabe apontar de que lado o sol nasce? Sabe explicar um pé de abacaxi? Para quem está habituado à vida nas cidades, estas perguntas podem ser difíceis de responder. Para diminuir essa lacuna foi criado o centro educacional IslandWood, nos Estados Unidos. Como norte das atividades, a ideia de que o conhecimento está em todos os lugares e de que o mundo é uma sala de aula.
A iniciativa surgiu da ideia de oferecer um centro de aprendizagem ambiental para crianças sem acesso a programas educativos ao ar livre. Segundo a idealizadora do projeto, Debbi Brainerd, para as crianças se tornarem emocionalmente conectadas ao seu mundo e cuidarem dele, é necessário que elas possam acessá-lo e entendê-lo. “Era preciso um espaço para que os jovens pudessem experimentar os prazeres do aprendizado ao ar livre e explorar a natureza. A partir destas experiências seria possível desenvolver sua própria capacidade de mudar o mundo”, afirma.
O local encontrado por Debbi e seu marido Paul para abrigar esta ideia estava na própria cidade em que moravam, Bainbridge Island, no estado americano de Washington. Após alguns anos de planejamento, o local recebeu algumas estruturas que são o sonho de muitas crianças, como casa na árvore, sala de aula flutuante, ponte pênsil e uma torre de observação no meio da floresta. E não é à toa que essas construções lembram os sonhos de infância: para erguer IslandWood, estudantes de arquitetura da Universidade de Washington conversaram com cerca de 250 crianças para descobrir o que tinham em mente. Foi a partir desses diálogos que o projeto arquitetônico do centro educacional foi criado.
Aprender em diálogo
A aprendizagem em IslandWood passa por diferentes áreas do conhecimento, sempre partindo da premissa de que as pessoas aprendem melhor a partir de experiências combinadas com a reflexão. As atividades abrangem ecologia, música, cultura, culinária, agricultura, artes e história, entre outras áreas, sempre por meio de vivências práticas.
As crianças cuidam da horta, aprendem a plantar, colher e cozinhar; é possível ir ao rio ou à mata colher elementos que serão analisados no laboratório. A imersão no mundo natural tem como objetivo dar significado real ao saber acadêmico, amplificando-o e garantindo que os estudantes façam correlações entre os diferentes temas do conhecimento.
A proposta pedagógica em IslandWood busca reforçar a importância e os benefícios do trabalho colaborativo, além de mostrar como cada pessoa pode contribuir com a sua comunidade e meio ambiente.
Aprender com (e na) natureza
Ao longo de sua primeira década (2002-2012), IslandWood recebeu 12 mil estudantes de 160 escolas. E, para além da atuação direta com crianças, adolescentes e jovens, o projeto atua com professores que, ao acompanharem seus alunos, são convidados a experimentar e perceber novas formas de ensinar.
Para os diretores envolvidos com a proposta e para a Universidade de Washington, a prática de aprender com e na natureza consegue impactar as escolas em ambientes urbanos: após a experiência vivida em IslandWood, os educadores conseguem dar continuidade aos estudos da imersão em suas próprias comunidades, convidando os estudantes a perceber e ressignificar o meio em que vivem.
* Publicado originalmente pelo Centro de Referências em Educação Integral e retirado do site Portal Aprendiz.
(Portal Aprendiz)
A iniciativa surgiu da ideia de oferecer um centro de aprendizagem ambiental para crianças sem acesso a programas educativos ao ar livre. Segundo a idealizadora do projeto, Debbi Brainerd, para as crianças se tornarem emocionalmente conectadas ao seu mundo e cuidarem dele, é necessário que elas possam acessá-lo e entendê-lo. “Era preciso um espaço para que os jovens pudessem experimentar os prazeres do aprendizado ao ar livre e explorar a natureza. A partir destas experiências seria possível desenvolver sua própria capacidade de mudar o mundo”, afirma.
O local encontrado por Debbi e seu marido Paul para abrigar esta ideia estava na própria cidade em que moravam, Bainbridge Island, no estado americano de Washington. Após alguns anos de planejamento, o local recebeu algumas estruturas que são o sonho de muitas crianças, como casa na árvore, sala de aula flutuante, ponte pênsil e uma torre de observação no meio da floresta. E não é à toa que essas construções lembram os sonhos de infância: para erguer IslandWood, estudantes de arquitetura da Universidade de Washington conversaram com cerca de 250 crianças para descobrir o que tinham em mente. Foi a partir desses diálogos que o projeto arquitetônico do centro educacional foi criado.
Aprender em diálogo
A aprendizagem em IslandWood passa por diferentes áreas do conhecimento, sempre partindo da premissa de que as pessoas aprendem melhor a partir de experiências combinadas com a reflexão. As atividades abrangem ecologia, música, cultura, culinária, agricultura, artes e história, entre outras áreas, sempre por meio de vivências práticas.
As crianças cuidam da horta, aprendem a plantar, colher e cozinhar; é possível ir ao rio ou à mata colher elementos que serão analisados no laboratório. A imersão no mundo natural tem como objetivo dar significado real ao saber acadêmico, amplificando-o e garantindo que os estudantes façam correlações entre os diferentes temas do conhecimento.
A proposta pedagógica em IslandWood busca reforçar a importância e os benefícios do trabalho colaborativo, além de mostrar como cada pessoa pode contribuir com a sua comunidade e meio ambiente.
Aprender com (e na) natureza
Ao longo de sua primeira década (2002-2012), IslandWood recebeu 12 mil estudantes de 160 escolas. E, para além da atuação direta com crianças, adolescentes e jovens, o projeto atua com professores que, ao acompanharem seus alunos, são convidados a experimentar e perceber novas formas de ensinar.
Para os diretores envolvidos com a proposta e para a Universidade de Washington, a prática de aprender com e na natureza consegue impactar as escolas em ambientes urbanos: após a experiência vivida em IslandWood, os educadores conseguem dar continuidade aos estudos da imersão em suas próprias comunidades, convidando os estudantes a perceber e ressignificar o meio em que vivem.
* Publicado originalmente pelo Centro de Referências em Educação Integral e retirado do site Portal Aprendiz.
(Portal Aprendiz)
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