uma pesquisa que revela que controlar as emissões de fuligem, metano e outros poluentes climáticos de curta duração pode não ter um efeito tão benéfico para o clima quanto o previsto anteriormente.
Segundo a análise, diminuir a emissão desses componentes resultaria numa redução de temperatura de em média 0,16ºC até 2050, muito menos do que os 0,5ºC estimados em estudos anteriores.
Para chegar a esse resultado, os cientistas, liderados por Steve Smith, pesquisador climático do PNNL, usaram um modelo de computador para avaliar o impacto da redução da fuligem e das emissões de metano no clima da Terra.
A análise levou em consideração futuras mudanças na tecnologia, sociedade e economia, como a energia e o uso da terra, incorporando também os gases do efeito estufa e poluentes que resultam dessas atividades.
A pesquisa sugere, por exemplo, que os países em desenvolvimento devem abandonar naturalmente tecnologias altamente poluentes, tais como fornos a lenha, à medida que suas economias se desenvolvem.
Levando em conta essas informações, os estudiosos criaram uma série de 1400 panoramas com diferentes reduções dos aerossóis, e a diminuição das temperaturas nesses cenários variou entre 0,04ºC a 0,35ºC até 2050.
A partir daí, o estudo comparou esses resultados das diferentes reduções nos aerossóis com o que aconteceria se uma política climática abrangente fosse implementada. Tal panorama inclui a diminuição drástica de todas as emissões de gases do efeito estufa, e não apenas a limitação do dióxido de carbono. O resultado indica que, com essa política climática, a redução nas temperaturas seria em média de 0,27ºC até 2050, e a diminuição seria ainda maior até 2100.
“Cortar apenas as emissões de fuligem e metano ajudará o clima, mas não tanto quanto se pensava anteriormente. Se queremos estabilizar o sistema climático, precisamos nos focar em gases do efeito estufa tais como o dióxido de carbono, o óxido nitroso e o metano. Concentrar-se só na fuligem e no metano não deve oferecer um grande atalho”, colocou Smith.
Ainda assim, os cientistas ressaltam que é extremamente importante reduzir as emissões desses aerossóis também por outros motivos, como a saúde, já que esses compostos são responsáveis pela morte prematura de dois milhões de pessoas por ano e pela perda de 300 milhões de toneladas de colheitas.
“Focar na fuligem e no metano pode valer a pena por razões de saúde, já que estudos anteriores identificaram benefícios de saúde substanciais a partir da redução dessas emissões. Nossos resultados não mudam essas descobertas anteriores de que a redução nas emissões de fuligem e metano teria efeitos benéficos para a saúde e a agricultura. Para estabilizar o clima global, entretanto, o foco precisa ser no dióxido de carbono e outros gases do efeito estufa”, observou Smith.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
(CarbonoBrasil)
O Laboratório Nacional do Noroeste do Pacífico (PNNL) do Departamento de Energia dos Estados Unidos apresentou no último mês Segundo a análise, diminuir a emissão desses componentes resultaria numa redução de temperatura de em média 0,16ºC até 2050, muito menos do que os 0,5ºC estimados em estudos anteriores.
Para chegar a esse resultado, os cientistas, liderados por Steve Smith, pesquisador climático do PNNL, usaram um modelo de computador para avaliar o impacto da redução da fuligem e das emissões de metano no clima da Terra.
A análise levou em consideração futuras mudanças na tecnologia, sociedade e economia, como a energia e o uso da terra, incorporando também os gases do efeito estufa e poluentes que resultam dessas atividades.
A pesquisa sugere, por exemplo, que os países em desenvolvimento devem abandonar naturalmente tecnologias altamente poluentes, tais como fornos a lenha, à medida que suas economias se desenvolvem.
Levando em conta essas informações, os estudiosos criaram uma série de 1400 panoramas com diferentes reduções dos aerossóis, e a diminuição das temperaturas nesses cenários variou entre 0,04ºC a 0,35ºC até 2050.
A partir daí, o estudo comparou esses resultados das diferentes reduções nos aerossóis com o que aconteceria se uma política climática abrangente fosse implementada. Tal panorama inclui a diminuição drástica de todas as emissões de gases do efeito estufa, e não apenas a limitação do dióxido de carbono. O resultado indica que, com essa política climática, a redução nas temperaturas seria em média de 0,27ºC até 2050, e a diminuição seria ainda maior até 2100.
“Cortar apenas as emissões de fuligem e metano ajudará o clima, mas não tanto quanto se pensava anteriormente. Se queremos estabilizar o sistema climático, precisamos nos focar em gases do efeito estufa tais como o dióxido de carbono, o óxido nitroso e o metano. Concentrar-se só na fuligem e no metano não deve oferecer um grande atalho”, colocou Smith.
Ainda assim, os cientistas ressaltam que é extremamente importante reduzir as emissões desses aerossóis também por outros motivos, como a saúde, já que esses compostos são responsáveis pela morte prematura de dois milhões de pessoas por ano e pela perda de 300 milhões de toneladas de colheitas.
“Focar na fuligem e no metano pode valer a pena por razões de saúde, já que estudos anteriores identificaram benefícios de saúde substanciais a partir da redução dessas emissões. Nossos resultados não mudam essas descobertas anteriores de que a redução nas emissões de fuligem e metano teria efeitos benéficos para a saúde e a agricultura. Para estabilizar o clima global, entretanto, o foco precisa ser no dióxido de carbono e outros gases do efeito estufa”, observou Smith.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
(CarbonoBrasil)
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