Energia
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Um grave erro de planejamento do Ministério de Minas e Energia impedirá que parte da energia produzida até o fim do ano pelas duas usinas do rio Madeira, em Rondônia, seja escoada para o restante do país. Se toda a geração de Santo Antônio e de Jirau for transmitida para o sistema interligado nacional, há risco de queima das turbinas instaladas, o que causaria prejuízos gigantescos. Juntos, os dois empreendimentos estão orçados em quase R$ 30 bilhões. A restrição só será resolvida em dezembro, com a instalação de equipamentos que estavam fora do projeto original das usinas. Enquanto isso, a alternativa é limitar o escoamento a um nível muito inferior ao previsto - Valor Econômico, 12/8, Especial, p.A12. |
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Um consórcio formado por cinco pesos-pesados da indústria devolveu ao governo, na sexta-feira, a concessão da usina hidrelétrica de Santa Isabel. Com 1.087 megawatts de capacidade, o projeto foi licitado em 2001, mas não conseguiu avançar no licenciamento. A usina de Santa Isabel, localizada no rio Araguaia, é um projeto polêmico que fica na divisa do Tocantins com o Pará. O empreendimento afeta uma terra indígena e duas comunidades quilombolas. Depois de anos tentando buscar o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, os empreendedores desistiram do projeto. O Consórcio Geração Santa Isabel é composto por: Vale (43,85%), BHP Billiton (20,60%), Alcoa (20%), Votorantim (10%) e Camargo Corrêa (5,55%) - Valor Econômico, 12/8, Especial, p.A12. |
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Os debates que se travam em torno da conveniência de se construir reservatórios de água para a produção de energia elétrica não se justificam, segundo os especialistas que participaram do painel "Hidrelétricas sem reservatórios: seremos cobrados pelas gerações futuras?", no seminário da Fiesp. Segundo José Carlos de Miranda de Farias, diretor de estudos sobre energia elétrica da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), é importante conscientizar os diversos setores da sociedade sobre a importância de se construir grandes reservatórios, uma vez que esses imensos lagos não servem apenas para acumular água - Valor Econômico, 12/8, Especial Energia, p.F2. |
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Debate sobre a viabilidade das hidrelétricas a fio d'água, que têm resultado em maior utilização das térmicas, divide indústria, governo e ambientalistas. "As hidrelétricas com reservatório já existentes têm sua importância para o país. Mas, antes de construir novas, o Brasil pode e deve investir em caminhos que gerem menos impactos socioambientais e que, ao mesmo tempo, tragam ganhos para o consumidor", aponta Ricardo Baitelo, do Greenpeace. Para o professor da UFRJ e ex-presidente da Aneel, Jerson Kelmann, a discussão tem de ser pautada por critérios técnicos. Na Amazônia, por exemplo, há uma dúvida de engenharia: existem áreas com grande vazão de água nos rios em planícies, o que tornaria difícil a construção de grandes barragens, pela necessidade de inundação de grandes áreas - Valor Econômico, 12/8, Especial Energia, p.F1. |
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O leilão para compra de energia marcado para o próximo dia 29 de agosto deixou o segmento de geração de eletricidade por bagaço de cana na expectativa pela retomada de investimentos. A disputa vai contratar energia de novas termoelétricas aptas a produzirem a partir de janeiro de 2018. Sem competitividade para a biomassa nos últimos leilões, o setor perdeu espaço para outras matrizes. Com isso, as usinas de açúcar e álcool reduziram aportes. "Os projetos [de termoelétricas movidas a bagaço] que estão saindo agora ainda são frutos de decisões tomadas até 2008", diz Zilmar José de Souza, da Unica - FSP, 12/8, Mercado Aberto, p.B2. |
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Depois de anos de desconfiança sobre a viabilidade dos carros elétricos, as montadoras da Europa começam a apostar a sério na nova tecnologia, movidas pela receptividade crescente dos clientes. Em um ano, a venda de automóveis de propulsão elétrica na França cresceu 100%. A perspectiva das montadoras é de que 2013 represente um novo patamar de comercialização para esse segmento, que deve superar a marca de 15 mil vendas na França - OESP, 12/8, Economia, p.B8. |
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Geral
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"Existem 27 povos indígenas isolados em vários pontos da Amazônia, inclusive próximos a obras como Belo Monte e usinas planejadas no rio Tapajós. Funcionários da Funai confirmaram a presença de Awá isolados na Terra Indígena (TI) Caru e outro grupo na TI Arariboia. Tudo no Maranhão. Para esse último grupo está sendo preparado um plano de contingência para a eventualidade de se forçar um contato. O risco é grande demais de deixá-los expostos a um encontro hostil com madeireiro. O plano de contingência que está sendo feito agora, para os Awá da TI Arariboia, também poderá ser usado, se as obras das hidrelétricas acabarem tornando inevitável a iniciativa da Funai de contato com índios isolados na região. O Brasil é assim: complexo, diverso, desafiador", coluna de Míriam Leitão - O Globo, 11/8, Economia, p.30. |
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A presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, enfrenta uma rebelião no Congresso Nacional liderada por deputados e senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária, a FPA, representação que faz o lobby dos ruralistas em Brasília. A queixa é quanto ao adesismo de Kátia ao governo da presidente Dilma Rousseff. O que, na visão da FPA, tem prejudicado o avanço das reivindicações do setor no Legislativo e no Executivo. As referências feitas ao governismo de Kátia são diversas. Como o fato de ela ter empregado Juliano Hoffmann, irmão da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Ele é gerente de projetos no Instituto CNA. Outro exemplo é a distribuição de calendários da CNA, pelo país, com uma foto dela ao lado de Dilma. A insatisfação maior, porém, é com a sua falta de envolvimento nos principais embates do setor no Congresso. Acusam-na de ter se afastado das discussões sobre a PEC 215, que dá ao Congresso direito de definir as terras indígenas - Valor Econômico, 12/8, Política, p.A5. |
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A Prefeitura de São Paulo vetou a construção de um aeroporto privado para a aviação executiva em Parelheiros, Zona Sul de São Paulo. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano indeferiu o pedido de emissão de certidão de uso e ocupação do solo em decisão publicada no dia 31 de julho no "Diário Oficial" do município. O terreno escolhido para o empreendimento fica em uma área de proteção aos mananciais, às margens do trecho sul do Rodoanel, entre São Paulo e Embu-Guaçu - FSP, 10/8, Mercado, p.B7; OESP, 10/8, Economia, p.B4. |
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"As manifestações que eclodiram no Brasil nos últimos meses trazem possibilidades e desafios para o país. O que mais se destaca, além da tão comentada 'crise de representação' das instituições -especialmente estatais - é o questionamento acerca do papel da 'sociedade civil'. As organizações da sociedade civil ajudam a fortalecer a democracia e superar desigualdades", dizem membros do Observatório de Favelas, em artigo - O Globo, 10/8, Prosa& Verso, p.8. |
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