Vegetação ganha espaço no Ártico devido ao aumento das temperaturas
por Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil
Um estudo internacional patrocinado pela Agência Espacial dos Estados Unidos (NASA) analisou dados dos últimos 30 anos e concluiu que a elevação das temperaturas globais está fazendo com que a vegetação que era apenas encontrada no extremo sul do ecossistema ártico nos anos 1980 já possa ser vista 700 quilômetros mais ao norte.
Publicado neste domingo no periódico Nature Climate Change, o trabalho, realizado por 21 pesquisadores de sete países, utilizou imagens de satélites para confirmar o avanço da vegetação e registrou ainda um aumento de 10% no crescimento das plantas no Ártico nas últimas três décadas.
“O crescimento das plantas no Ártico durante o início dos anos 1980 era equivalente ao das terras localizadas na latitude 64o norte. Hoje, apenas 30 anos depois, é igual ao de 57o graus norte”, afirmou o coautor Terry Chapin, da Universidade do Alasca. Cada grau de latitude significa 111,133km.
O estudo também descobriu que a diferença entre as temperaturas do verão para o inverno está se reduzindo, sendo registrados invernos cada vez mais amenos.
Todas essas transformações ameaçam o equilíbrio deste que é um dos mais vulneráveis ecossistemas terrestres. Espécies animais, como o urso polar, são automaticamente atingidas pelas mudanças, que alteram a distribuição de alimentos e a presença de gelo marinho, que é necessário para a locomoção desses animais.
Além dos impactos no próprio Ártico, o aquecimento da região acaba afetando o clima em todo o planeta.
“O aquecimento reduz o gelo marinho e a cobertura de neve, aumentando assim a absorção de calor por parte do Ártico. Isso dá início a um ciclo de aumento de temperaturas e ainda mais perda de gelo, amplificando continuamente o aquecimento global”, declarou o coautor Ranga Myneni, da Universidade de Boston.
O degelo do Ártico é um dos componentes mais controversos das mudanças climáticas, já que é visto por alguns como um aspecto positivo delas.
A Rússia, por exemplo, terá um acesso muito mais fácil a toda a riqueza mineral da região, incluindo petróleo. Também, com o desaparecimento de parte do gelo marinho, se abrirão novas rotas comerciais para todas as nações do extremo norte do planeta.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
Publicado neste domingo no periódico Nature Climate Change, o trabalho, realizado por 21 pesquisadores de sete países, utilizou imagens de satélites para confirmar o avanço da vegetação e registrou ainda um aumento de 10% no crescimento das plantas no Ártico nas últimas três décadas.
“O crescimento das plantas no Ártico durante o início dos anos 1980 era equivalente ao das terras localizadas na latitude 64o norte. Hoje, apenas 30 anos depois, é igual ao de 57o graus norte”, afirmou o coautor Terry Chapin, da Universidade do Alasca. Cada grau de latitude significa 111,133km.
O estudo também descobriu que a diferença entre as temperaturas do verão para o inverno está se reduzindo, sendo registrados invernos cada vez mais amenos.
Todas essas transformações ameaçam o equilíbrio deste que é um dos mais vulneráveis ecossistemas terrestres. Espécies animais, como o urso polar, são automaticamente atingidas pelas mudanças, que alteram a distribuição de alimentos e a presença de gelo marinho, que é necessário para a locomoção desses animais.
Além dos impactos no próprio Ártico, o aquecimento da região acaba afetando o clima em todo o planeta.
“O aquecimento reduz o gelo marinho e a cobertura de neve, aumentando assim a absorção de calor por parte do Ártico. Isso dá início a um ciclo de aumento de temperaturas e ainda mais perda de gelo, amplificando continuamente o aquecimento global”, declarou o coautor Ranga Myneni, da Universidade de Boston.
O degelo do Ártico é um dos componentes mais controversos das mudanças climáticas, já que é visto por alguns como um aspecto positivo delas.
A Rússia, por exemplo, terá um acesso muito mais fácil a toda a riqueza mineral da região, incluindo petróleo. Também, com o desaparecimento de parte do gelo marinho, se abrirão novas rotas comerciais para todas as nações do extremo norte do planeta.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
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