O complexo industrial e portuário de Suape (PE), há três décadas em operação, convive com problemas fundiários e ambientais. Em 13,5 mil hectares de área, cerca de 25 mil posseiros vivem em clima de tensão. Há conflitos judiciais sobre posse da terra e indenizações. A rápida expansão acelerou impactos sociais e ecológicos. O complexo foi erguido em uma área de estuários, entre os rios Massangana, Tatuoca, Ipojuca e Merepe. No complexo, existem cem empresas em operação e outras 50 em instalação, que exigem constantes dragagens e novos desmatamentos. As obras afetam ostras, caranguejos, camarões e mariscos. Pescadores calculam que a pesca de lagosta na área do porto caiu 70% nos últimos anos e os mariscos sumiram. O governo de Pernambuco diz que as empresas são obrigadas a recompor as áreas, mas um relatório de 2011 mostrou que, nos dez anos anteriores, só 1 dos 11 empreendimentos havia feito isso.
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FONTE : FSP, 30/9, Mercado, p.B14.
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