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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Manchetes Socioambientais - 30/10/2012


Desperdício: comida no lixo
Estudo de pesquisadores da Universidade finlandesa de Aalto, publicado na revista "Science", aponta que a redução no desperdício poderia alimentar até um bilhão de pessoas no mundo, sendo 19 milhões no Brasil - mais do que os 13 milhões de brasileiros com fome. Para outros especialistas, a conclusão pode ser precipitada, uma vez que não leva em conta o tipo de alimento descartado e a qualidade do produto. Só no Brasil, 26,3 milhões de toneladas de alimentos têm o lixo como destino. Cerca de 10% se perdem ainda no campo. O maior desperdício, 50%, ocorre no transporte e manuseio. E 10% vão para a lixeira após a chegada do produto ao supermercado, quando ele perde qualidade na prateleira, ou quando comprado em excesso, não é consumido. Mais de 30% das perdas acontecem nas centrais de abastecimento - O Globo, 30/10, Revista Amanhã, p.20 a 25.

APA Costa dos Corais colhe frutos da preservação
Há 15 anos saiu do papel a primeira das nove unidades de conservação marinha no país. Localizada numa área de 413.563 hectares, a APA Costa dos Corais está espalhada por 12 municípios em dois estados, Alagoas e Pernambuco. Em Tamandaré (PE), uma área de 400 hectares foi totalmente fechada à visitação, sendo permitido o acesso somente para pesquisa. Isolado há 13 anos, o espaço equivale a 0,1% do total, mas a medida teve efeitos também fora dali. "Toda a estrutura recifal se recuperou. Em animais, como os polvos, os resultados são visíveis. Antes eles eram pescados com cerca de 10 gramas, agora são encontrados com até 1,5 quilo. A quantidade de lagosta aumentou seis vezes", diz o presidente do Instituto Recifes Costeiros, Mauro Maida - O Globo, 30/10, Revista Amanhã, p.8 a 11.

Novo mapa: malha de hidrovias no país chega a 21 mil km
Um novo mapa traçado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) demonstra que 20,9 mil quilômetros de rios brasileiros já são usados para levar cargas e passageiros de um ponto para outro do país. Até hoje, acreditava-se que as hidrovias alcançassem cerca de 13 mil quilômetros. Agora, descobriu-se que a extensão de rios navegados economicamente é muito maior. O estudo, ainda inédito, indica que 80% da malha está no complexo Solimões-Amazonas. "Em cinco anos, estimamos que vai dobrar o transporte de cargas gerais na Amazônia", afirma Tokarski. Para a hidrovia do Teles Pires-Tapajós, o Dnit prepara uma licitação para contratar os estudos de viabilidade técnica e econômica, além da elaboração do projeto básico - Valor Econômico, 29/10, Brasil, p.A2.

Capacidade de geração elétrica do Nordeste no limite
A capacidade de geração do sistema elétrico do Nordeste brasileiro se aproxima do limite. De sexta-feira para sábado, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) decidiu acionar a carga máxima de energia a partir de usinas térmicas na região, que funcionam com óleo diesel, para preservar um volume de água nos reservatórios acima do nível crítico. No domingo, a folga dos reservatórios em relação ao patamar crítico era de apenas 5,8%. A decisão foi elevar o teto para além dos 3 mil MW médios, mas, ainda assim, o nível dos reservatórios continuou a cair. Isso porque parte das termelétricas previstas para entrar em operação não funcionou por falta de combustível ou por necessidades de manutenção. A maioria delas não era acionada desde 2008 - O Globo, 30/10, Economia, p.31.

Cai interesse por projetos de crédito de carbono
Um estudo com 52 das maiores empresas do País mostra que em um ano caiu de 33% para 27% o envolvimento delas com projetos de créditos de carbono. Há quatro anos, o mesmo relatório, elaborado pelo Carbon Disclosure Project (CDP) apontava que 45% destas empresas apostavam neste tipo de expediente para compensar a emissão de gases do efeito estufa. O diretor do CDP na América Latina, Fernando Eliezer Figueiredo, atribui a queda à ausência de regulamentação. "A insegurança deixada pela falta de adesão ao Protocolo de Kyoto desacelerou o surgimento de novos projetos. Sem uma definição clara, as empresas tiraram o pé", afirma Figueiredo - OESP, 30/10, Vida, p.A22.

Brasil: padrão defasado de qualidade do ar
O padrão de qualidade do ar adotado pelo Brasil está defasado, e no caso de alguns poluentes, segue diretrizes com quase 40 anos de idade, necessitando por isso rediscussão urgente para preservar a saúde da população e o ambiente. A conclusão é de estudo realizado pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), que comparou os limites brasileiros com os usados por EUA, União Europeia e vários outros países, além das últimas recomendações da OMS. Segundo o levantamento, com exceção do monóxido de carbono e da concentração de ozônio respirável, a regulamentação no país deixa a desejar com relação aos principais poluentes atmosféricos, como material particulado, dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio - O Globo, 30/10, Ciência, p.36.

O gargalo do saneamento básico
"No papel, todos os brasileiros deverão ter saneamento básico em menos de dez anos. Na prática, porém, a julgar pelo atraso dos investimentos do governo federal, uma parte considerável do País - quase 50% em 2011 -, que é a sétima economia do mundo, ainda vai demorar muito para ter acesso a redes de esgoto sanitário. Nos cálculos da CNI, o governo deveria investir R$ 17 bilhões anuais para atingir a meta de universalização desses serviços, cujo prazo fixado vence em 2020. Na prática, porém, apenas R$ 8 bilhões anuais têm sido aplicados. Os especialistas calculam que, se for mantido o atual ritmo de investimentos, que dependem basicamente do Estado, o Brasil deixará essa vergonhosa condição somente no longínquo ano de 2122", editorial - OESP, 30/10, Notas e Informações, p.A3.
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FONTE : Manchetes Socioambientais, bolteim de 30/10/2012.

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