CHAPADA DIAMANTINA : METADE JÁ DESTRUÍDA PELO FOGO !

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Cerca de 70 mil hectares do Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Bahia, o que equivale a metade da área do parque, já foram atingidos por focos de incêndio iniciados em setembro, segundo informações do superintendente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Célio Pinto.
Cerca de 300 pessoas, entre 150 voluntários, 42 brigadistas do Ibama, além de bombeiros, trabalham para tentar controlar os focos de incêndio que atingem a região. Um avião da Força Aérea Brasileira, além de helicópteros da polícia militar e aviões contratados pelo governo da Bahia, auxiliam no combate às chamas, ainda de acordo com Célio.
Além do parque, diversos municípios também foram atingidos pelos incêndios, comuns nesta época do ano por causa do calor na região da Chapada. "Desta vez, a situação está preocupante por causa das condições climáticas", analisa Célio. "Além do tempo, a polícia militar investiga os incêndios criminosos na região", completa.
Os focos de incêndio começaram a destruir a vegetação característica da Mata Atlântica, do Parque Nacional da Chapada Diamantina, na região do Rio de Contas, em setembro. O incêndio chegou a ser controlado no final daquele mês, mas outros focos vêm sendo registrados, segundo o superintendente.O 11º Grupamento de Bombeiros Militares de Lençóis, Bahia, a 409 quilômetros a oeste de Salvador, informou que o avanço dos focos de incêndio o Parque Nacional da Chapada Diamantina - que já teve metade de seus 152 mil hectares queimados, segundo a administração do parque - está diminuindo por causa das pancadas de chuva que caem na área desde terça-feira, 11. "Elas não são suficientes para debelar as chamas, mas aumentam a umidade do ar, facilitando nossos trabalhos", afirmou o capitão Jean Vianey.
No início da semana, a umidade relativa do ar na região atingiu níveis críticos, entre 10% e 12%, segundo o governo baiano. A estiagem durou 120 dias. Chuvas fortes, porém, só são esperadas no fim da próxima semana. De acordo com Vianey, por causa das melhores condições climáticas, os focos de incêndio atingem, nesta quinta-feira, 13, 17 áreas da região - eram 31 há dois dias.
Ainda não há, porém, controle sobre o fogo, nem uma leitura real do tamanho do prejuízo causado pelas chamas ao meio ambiente. "Só depois de acabarmos com os focos de incêndio faremos os estudos técnicos necessários para saber a dimensão dos danos causados à biodiversidade regional", afirma o diretor de Unidades de Conservação da Secretaria Estadual de Meio ambiente, Plínio Neto.