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sábado, 22 de novembro de 2008

O PRÉ-SAL NA ECOPOWER 2008 -Florianópolis


Minc preocupado com a pré-sal
Ministro do Meio Ambiente acredita que com a nova descoberta há o risco de se diminuir o investimento e a vontade de uso de energias renováveis

Enquanto o país comemora a descoberta de mais um campo pré-sal de petróleo, o ministro do Meio Ambiente Carlos Minc não se mostrou muito feliz com o aumento das reservas brasileiras. Para o ambientalista, há o risco de se diminuir o investimento e a vontade de uso de energias renováveis.

O ministro participou da mesa redonda Cenários de investimento em energias renováveis: há uma luz no fim da crise?, na tarde de ontem como parte do Ecopower. Chegou 40 minutos atrasado, mas com a boa desculpa de ter estado com presidente Lula assinando o decreto que regulamenta a Lei da Mata Atlântica.

Mas na chegada à Capital catarinense, recebeu um documento de funcionários da Fundação do Meio Ambiente (Fatma) informando sobre a redução das áreas de preservação permanente prevista no novo código estadual ambiental.

- No dia em que venho de uma comemoração, recebo a notícia desse código. Essa é uma visão tacanha e mesquinha da questão ambiental. Se houver ilegalidade, ela será questionada por nós na Justiça Federal. E quando houver confronto de leis estaduais e federais, darei a orientação de seguir a lei mais rigorosa, que é a federal - afirmou.

Na palestra, Minc discorreu sobre a necessidade de utilização de energias alternativas no Brasil, principalmente etanol e biocombustível.

Crise mundial deve mudar os padrões de consumo

- Temos que descarbonizar. A crise econômica mundial deve ser usada para mudar os padrões de consumo, e não ficar no mais do mesmo. Muitos países, inclusive, Estados Unidos, põem impostos pesados sobre o etanol, mas não no petróleo. Acham que o descongelamento das geleiras é como um filme de ficção científica.

A pergunta principal da tarde de ontem foi se há espaço para energias renováveis em meio à atual crise econômica mundial.

- Sou otimista por força do ofício, mas pessimista por ver a marcha da insensatez de 100 anos para cá.

Ele revelou a luta diária para convencer um por um os ministros e membros do governo. Para exemplificar, contou que tem que passar pela ministra Dilma Rousseff mostrando que a área ambiental também tem metas a cumprir, e depois vai ao Itamaraty negociar termos de compromisso com países em desenvolvimento e lutar pelo cumprimento das metas prometidas pelas nações desenvolvidas.

- Acho que temos uma luz no final da crise mas que, de preferência, não seja gerada por energia fóssil - completou.

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