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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

As principais barreiras do consumo consciente


Foto: Shutterstock
Quando é preciso investir tempo ou dinheiro, o engajamento diminui um pouco. Foto: Shutterstock
Para compreender melhor o mundo em que se insere, a organização FSC® realizou uma pesquisa mundial sobre hábitos de consumo sustentáveis. Foram entrevistadas cerca de nove mil pessoas, homens e mulheres, com idades entre 21 e 64 anos, em 11 países.
Os resultados mostram que a maioria das pessoas acredita que suas escolhas fazem, sim, diferença. E quase 60% estão dispostas a pagar mais por um produto “verde” e pretendem aumentar seus “ecogastos” no futuro. Outro indicador mostra que quatro em cada cinco dizem que as empresas devem se responsabilizar por questões como poluição e aquecimento global.
Cerca de 80% dos entrevistados acredita que problemas ambientais como os citados acima são muito sérios. Brasileiros, sul-africanos e indianos estão entre mais preocupados. “Esse é um dado que salta aos olhos, mas levanta a questão de que, pelo menos por aqui, a quantidade de intenção que vira ação ainda é menor do que gostaríamos”, destaca Fabíola Zerbini, secretária-executiva do FSC Brasil.
Em algumas cadeias, como a moveleira, produtos certificados ainda são de fato mais caros. “É preciso relacionar valor monetário com valor ambiental e social”, completa Fabiola. “Qualidades distintas têm preços distintos”.
Comportamentos responsáveis
No geral, para enfrentar essas situações, as pessoas adotam comportamentos mais responsáveis, como economizar energia (80%) e água (78%) e encaminhar os resíduos sólidos para a reciclagem (75%). A motivação é maior se a atitude é facilmente incorporada no dia a dia e traz ganhos diretos.
Quando é preciso investir tempo ou dinheiro, o engajamento diminui um pouco. Apenas 52% dos consumidores consideram o meio ambiente na hora da compra, 51% usam meios de transporte menos poluentes, 20% aderem ao voluntariado e 19% fazem doações. Entre as principais barreiras para não se tornar sustentável, os entrevistados citam o custo extra, a falta de conhecimento sobre o que é possível fazer, a rotina corrida e a responsabilidade do governo.
Outros resultados
Para se orientar na hora da compra, cerca de 50% confiam plenamente em selos de certificações – como o próprio FSC – e rótulos de embalagens. E enquanto apenas 20% acreditam nas propagandas das empresas, 44% dão crédito a prêmios e ao reconhecimento de terceiros; 43% confiam na opinião de amigos, familiares e colegas de trabalho e 34% acham valido ler resenhas, blogs e comentários. E pouco mais de 30% das pessoas acreditam no que está escrito nos relatórios de sustentabilidade das empresas.
Diante dos fatos recentes, como desastres naturais, perda da biodiversidade e crescente desmatamento, boa parte da população já percebeu que economia e meio ambiente andam juntos e não dá para ficar de braços cruzados. (#Envolverde)

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