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sábado, 30 de novembro de 2013

EcoDEBATE : leituras recomendadas - 30/11/2013

    [Correio da Cidadania] Os gases das camadas de xisto, em profundidades entre dois mil e mais de três mil metros, vêm sendo extraídos em várias bacias sedimentares pelo mundo afora por um método que os norte-americanos popularizaram como fracking, uma corruptela de hydraulic fracturing, ou seja, fraturamento hidráulico. Mesmo sem ser especialista nessas […]
Publicado em novembro 14, 2013 por Redação
    Ambientalistas e pesquisadores temem os estragos ambientais. Posicionamento da SBPC e da ABC foi registrado em carta     A exploração do gás de xisto nas bacias hidrográficas brasileiras, principalmente na região Amazônica, segue na contramão de países europeus, como França e Alemanha, e algumas regiões dos Estados Unidos, como o estado de […]
Publicado em novembro 4, 2013 por Redação
    [EcoDebate] O gás de xisto é a última esperança para se evitar o pico dos combustíveis fósseis. Existe uma euforia nos mercados capitalistas dos Estados Unidos com a possibilidade da independência energética propiciada pelas enormes reservas de “shale gas”. Boa parte das empresas americanas acreditam que os EUA vão se tornar uma potência […]
Publicado em setembro 23, 2013 por Redação
  Ilustração no blogue Diário do Pré-sal   [O Estado de S.Paulo] Anuncia-se que em novembro vão a leilão áreas brasileiras onde se pretende explorar o gás de xisto, da mesma forma que estão sendo leiloadas áreas do pré-sal para exploração de petróleo no mar. Deveríamos ser prudentes nas duas direções. No pré-sal, não se […]
Publicado em setembro 19, 2013 por Redação
  Fracking (fratura hidráulica), imagem em www.gaslandthemovie.com   Sequer comentado ou até mesmo citado anteriormente pelo governo, veio à tona no debate energético o possível interesse do país na exploração do “gás não convencional”, também conhecido como o “gás do xisto”. O pesquisador Colombo Celso Gaeta Tassinari, doutor em Geoquímica e Geotectônica pela Universidade de […]
Publicado em setembro 12, 2013 por Redação
  “Há um grupo grande de cientistas que trabalham diretamente com a questão da água e que estão legitimamente muito preocupados com a possibilidade de autorização da exploração do xisto no Brasil, sem que tenhamos uma definição clara dos prejuízos que isso irá causar para os aquíferos”, diz o geólogo Foto: http://bit.ly/17OxuFE A dependência energética externa […]
Publicado em setembro 4, 2013 por Redação
  Fracking (fratura hidráulica), imagem em www.gaslandthemovie.com   “Muitas medidas que parecem boas para a economia podem ser danosas ao meio ambiente, como o gás de xisto”, adverte a ambientalista. Foto: revistaescola.abril.com.br Confira a entrevista. A extração do gás não convencional, conhecido popularmente como xisto, pode causar impactos ambientais “irremediáveis”, alerta Suzana Padua, em entrevista […]
Publicado em agosto 22, 2013 por Redação
    A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) enviaram, hoje, carta à presidente da República, Dilma Rousseff, manifestando a sua preocupação com o anúncio da Agência Nacional do Petróleo (ANP) da decisão de incluir o chamado “Gás de Xisto”, obtido por fraturamento da rocha (shale […]
Publicado em agosto 5, 2013 por Redação
  Fracking (fratura hidráulica), imagem em www.gaslandthemovie.com   No momento em que o Brasil ensaia o uso do gás de xisto, as muitas dúvidas levantam a questão: estamos pegando um bonde errado na história? As reservas conhecidas de combustíveis fósseis, os mais utilizados no mundo, um dia vão se acabar. Para suprir essa demanda, duas […]
Publicado em junho 26, 2013 por Redação
  Fracking (fratura hidráulica), imagem em www.gaslandthemovie.com   Nos EUA, água foi contaminada em áreas próximas a jazidas de gás xisto. Pesquisa foi publicada nesta segunda no periódico ‘PNAS’ Grandes reservatórios de água potável que estão próximos de jazidas de exploração de gás xisto, utilizado para a geração de energia nos Estados Unidos, pode causar […]
Publicado em maio 23, 2013 por Redação
  Proibido em países da Europa, polêmico método é condenado por oferecer riscos ao meio ambiente. Agência Nacional do Petróleo garante monitorar o tema, mas ONGs alertam para perigo de contaminação da água e do solo. Uma polêmica técnica de extração de gás natural, proibida em alguns países da Europa, será testada pela primeira vez […]
Publicado em julho 12, 2012 por Redação
  Infográfico no Greenvana Style De todas as pessoas que se opõem à controvertida prática de fraturar rochas em solo profundo para a extração de gás natural, a princesa Brianna Caradja pode ser a única que alega ser descendente de Vlad, o Empalador. Mesmo assim, essa ancestralidade apavorante não a impediu de ser jogada em […]
Publicado em abril 24, 2012 por Redação
  O aumento espetacular da exploração de gás de xisto nos Estados Unidos preocupa os defensores do meio ambiente, que denunciam seu impacto na água e no ar, como é o caso no pequeno povoado de Waynerburg, na Pensilvânia (leste). Por Por Veronique Dupont, da AFP. “Comprei minha fazenda em 1988. Tanto a minha família […]

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“Compreendemos desenvolvimento sustentável como sendo socialmente justo, economicamente inclusivo e ambientalmente responsável. Se não for assim não é sustentável. Aliás, também não é desenvolvimento. É apenas um processo exploratório, irresponsável e ganancioso, que atende a uma minoria poderosa, rica e politicamente influente.” [Henrique Cortez, 2005]

Projeto Tamar - Lições que vêm do mar - Petrobras


sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Histórias que Inspiram o Brasil | Projeto Tamar


AMEAÇA ÀS TARTARUGAS-VERDES

por Redação da Envolverde
A influência de pesticidas organoclorados e bifenilos policlorados (PCBs) no desenvolvimento da fibropapilomatose, doença que atinge as tartarugas-verdes, foi pesquisada no Laboratório de Ecotoxicologia do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba. A doença, que leva à formação de tumores, pode alterar a sobrevivência de uma espécie já ameaçada de extinção. O estudo identificou traços das substâncias nas tartarugas e os pontos do litoral brasileiro em que os animais apresentam casos de fibroapapilomatose. “A tartaruga-verde está distribuída por todos os oceanos, nas zonas de águas tropicais e subtropicais, porém a espécie consta na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), que é o inventário mais detalhado do mundo sobre o estado de conservação mundial de várias espécies vivas”, explica a colombiana Angélica María Sánchez Sarmiento, mestranda do programa de Patologia Comparada da Faculdade de Medicina Veterinária (FMVZ) da USP, que participa da pesquisa. (Envolverde)

Ingestão de plástico responde por 60% das mortes de tartarugas, afirma bióloga

por Redação EcoD
1237 300x183 Ingestão de plástico responde por 60% das mortes de tartarugas, afirma bióloga
Nascimento das tartarugas no Projeto Tamar, base de Fernando de Noronha. Foto: murilocardoso
Os detritos lançados ao mar representam atualmente uma ameaça maior às tartarugas marinhas do que a pesca predatória ou acidental, segundo afirmou a bióloga Luciana Franco Veríssimo à Folha.com.
“Cerca de 60% das mortes de tartaruga hoje estão relacionadas à ingestão de lixo”, acrescentou a especialista. O plástico, de acordo com ela, é a principal causa da morte por esse fator.
Existem sete espécies de tartarugas marinhas no mundo (cinco delas vivem na costa brasileira) e todas estão ameaçadas de extinção.
O período de desova ocorre entre setembro e março, sendo o ponto máximo no mês de dezembro.
No Brasil, o principal projeto de preservação das tartarugas marinhas é o Tamar, que já atua há três décadas e tem sua espinha dorsal na Praia do Forte, região do litoral norte baiano.
Segundo apurou a repórter Marina Lang, o projeto mantém 23 bases no Brasil para preservar as espécies de tartarugas cabeçuda, de pente, oliva, de couro (que é a mais ameaçada) e verde. São cerca de 20 mil desovas com 900 mil filhotes liberados ao mar.
Entre 2010 e 2011, foram cerca de 18,2 mil ninhos registrados e protegidos, com aproximadamente 1,2 milhão de filhotes chegando ao mar em segurança (um aumento de 20% em relação à temporada reprodutiva anterior).
* Publicado originalmente no site EcoD.

TARTARUGAS MARINHAS

por Redação da Envolverde
O Projeto Tamar, patrocinado pela Petrobras, registrou recorde no país de tartarugas marinhas gigantes fêmeas (Dermochelys coriacea), encontradas desovando nas praias de Regência, Povoação e Pontal do Ipiranga, no município de Linhares, norte do Espírito Santo. Os dados são da base do Tamar que fica na Reserva Biológica de Comboios, considerada a única área regular de desova dessa espécie de tartaruga no Brasil.  Na atual temporada, foram marcadas 27 fêmeas da espécie gigante, 11 a mais do que na última temporada (2011/2012). Desde 1982, o Tamar monitora e protege os ninhos que são depositados nas praias de Regência e Povoação, em Linhares. Os registros mostram que há 30 anos foram marcadas 15 fêmeas de tartarugas, sendo apenas uma da espécie gigante, ou tartaruga de couro, e 14 da espécie cabeçuda. (Envolverde)
                   

Populações de tartarugas marinhas crescem no Brasil, diz Projeto Tamar

por Carolina Gonçalves, da Agência Brasil
tartarugas Populações de tartarugas marinhas crescem no Brasil, diz Projeto TamarBrasília – Espécie que estava ameaçada de extinção, as desovas de tartarugas-oliva nas praias de Sergipe aumentou de 100 para 2 mil nos últimos 30 anos. De acordo com levantamento do Projeto Tamar, responsável pela conservação das cinco espécies de tartarugas marinhas existentes na costa brasileira, nos últimos cinco anos, todas elas mostraram recuperação dos ciclos reprodutivos.
“Quando chegamos, as populações estavam diminuindo. Agora a reprodução está aumentando. Hoje, algumas espécies têm 20 vezes mais tartarugas do que quando chegamos. Podemos ver isso pelo número de ninhos que têm nas praias”, disse Guy Marcovaldi, coordenador nacional do Tamar.
Marcovaldi não exita em afirmar que os números refletem a atuação das equipes do projeto que completa 33 anos. Mas, segundo o próprio pesquisador, as ameaças às espécies de tartarugas no país não cessaram. Há três décadas, o risco era a matança direta dos ovos e dos animais. Atualmente, além dessa prática – que parecia extinta, mas está sendo retomada em algumas regiões, como no litoral norte do Ceará – biólogos e técnicos têm observado outras ameaças provocadas pela ocupação do litoral.
“Começaram a surgir muitas casas onde as tartarugas desovam e devido à luz causam problemas, afetando o comportamento das tartarugas. Elas são guiadas pela luz mais forte e, ao invés de retornarem para o mar, migram na direção da praia”, explicou ele. O problema é mais frequente em algumas regiões, como no litoral norte da Bahia, por conta do aumento da população. Mas, Marcovaldi alerta que o risco está em todas as praias de desova ocupadas tanto por residências quanto por portos, por exemplo, como é o caso do litoral capixaba.
A pesca também se mantém como uma das principais ameaças. Muitas vezes, sem a intenção, os pescadores acabam capturando tartarugas durante a atividade. O problema tem sido enfrentado de três maneiras pelos pesquisadores do Tamar. Segundo Marcovaldi, a estratégia mais radical e menos aplicada é o deslocamento dos pescadores para áreas onde não existem tartarugas.
“Outra forma é o pescador se acostumar a livrar a tartaruga e devolvê-la para o mar e isso tem acontecido com bastante frequência”, disse, acrescentando que ainda é possível reduzir os riscos, mudando os apetrechos utilizados na pesca. O anzol circular, por exemplo, diminui em 70% o risco de captura involuntária, pelo formato da peça que impede o encaixe na boca da tartarugas.
Os resultados e novos desafios do Tamar foram apresentados na sexta-feira (14), durante uma homenagem aos 33 anos do projeto, no Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas, na Praia do Forte, na Bahia. Uma das iniciativas que devem ser destacadas é o rastreamento de tartarugas por satélite, iniciada há um mês.
tartaruga2 Populações de tartarugas marinhas crescem no Brasil, diz Projeto Tamar“Soltamos um filhotinho de cabeçuda no norte da Bahia, que já esta no sul da Bahia, na região de Abrolhos e deve chegar em Santa Catarina. No mês que vem, vamos ter mais seis tartarugas rastreadas e queremos descobrir para onde os filhotes seguem, depois que nascem. Vai ser importante saber essa rota e adotar medidas de proteção”, explicou Marcovaldi.
A homenagem vai começar com a soltura do filhote de número 15 milhões nascido no laboratório do projeto, simbolizando o número de tartaruguinhas liberadas no mar desde a criação do Tamar.
* Edição: Carolina Pimentel.
** Publicado originalmente no site Agência Brasil.
(Agência Brasil)

LEILÃO SEM REGULAÇÃO

por Redação do Greenpeace
xisto2 Leilão sem regulação
Exploração de gás de xisto na Pensilvânia, nos Estados Unidos (©Les Stone/Greenpeace)
ANP leiloa 72 de 240 blocos com a possibilidade de exploração não convencional, mas sem ter instrumento legal que garanta segurança da atividade.
Sem regras bem definidas para a exploração do gás de xisto – gás natural encontrado em rochas de folhelho – a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) concluiu a 12a Rodada de Licitações. Dos 240 blocos ofertados, apenas 72 foram arrematados no leilão, principalmente nas Bacias de Sergipe-Alagoas e do Recôncavo Baiano.
“A ANP tentou aprovar às pressas uma regulação para a exploração de gás de xisto, mas não obteve sucesso. Diante da ausência de regras bem estabelecidas para a produção de gás não convencional, o Ministério Público Federal, a Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, membros do Ibama e do Ministério de Meio Ambiente se pronunciaram contra o início das atividades, mas isso não impediu a Agência de seguir em frente com seus planos”, afirmou Ricardo Baitelo, coordenador da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.
A exploração de gás de xisto pode ser extremamente danosa ao meio ambiente. Os lençóis freáticos podem ser contaminados durante o fraturamento hidráulico – técnica que quebra as rochas de folhelho e que permitem a extração do gás – uma vez que são injetadas mais de 600 substâncias químicas no subsolo. Outros possíveis impactos são o uso intensivo de água, que uma vez contaminada deve ser remanejada de forma apropriada, e possíveis tremores de terra.
“A maioria dos setores leiloados apresentam a possibilidade de exploração de gás não convencional. Sergipe-Alagoas, Parnaíba, Paraná e algumas regiões do Recôncavo correm o risco de serem contaminadas e de terem sérios problemas de conflitos para o uso da água, uma vez que os aquíferos abastecem muitos municípios brasileiros”, continuou Baitelo.
Não bastassem os questionamentos sobre a “pressa” com que a ANP realizou as consultas públicas para a definição das regras, pela ausência de um marco regulatório, por colocar em ameaça o meio ambiente e importantes aquíferos brasileiros, há também falta de transparência e de diálogo com as populações de terras indígenas que se sobrepõe às áreas licitadas. Estas populações não foram consultadas sobre a instalação destes empreendimentos em seus territórios, podendo gerar conflitos socioambientais devido à cadeia de petróleo e gás.
“Estamos colocando muito em risco sem ter a tecnologia adequada para a exploração não convencional e sem saber ao certo quais podem ser os reais impactos socioambientais que teremos que enfrentar. O gás convencional brasileiro é mais do que suficiente para abastecer o aumento de 40% de gás na matriz brasileira previsto pelo governo”, concluiu Baitelo.
* Publicado originalmente no site Greenpeace.
(Greenpeace)

Viagens Pela Amazônia - Anori / Codajás


Conheça as histórias dos moradores da floresta Amazônica


Globo reporter- As vozes e as cores da Amazonia.


A vida selvagem na floresta Amazonica.


Manchetes Socioambientais - 29/11/2013


Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Biodiversidade, Cidades, Energia, Mineração, Mudanças Climáticas, Povos Indígenas
Ano 13
29/11/2013

 

Energia

 
  A Petrobras foi a grande vencedora da 12ª Rodada da Agência Nacional do Petróleo (ANP), arrematando 49 dos 72 blocos licitados no leilão realizado ontem. A licitação rendeu R$ 165,193 milhões em bônus de assinatura. As três bacias com maior potencial para apresentar gás de xisto (Recôncavo, Sergipe-Alagoas e São Francisco) tiveram 54 blocos arrematados. No entanto, boa parte das empresas estava atrás de recursos convencionais - OESP, 29/11, Economia, p.B1.
  A licitação deve consolidar, no Brasil, o debate sobre os riscos da exploração do gás não convencional (shale gas). A modalidade exige emprego de tecnologia que pode ser agressiva ao ambiente. Das 72 áreas arrematadas, 54 estão em regiões onde há potencial para a exploração deste gênero. A polêmica técnica, chamada de fraturamento hidráulico, pode comprometer lençóis freáticos. Segundo a ANP, os poços terão de ser revestidos para que não contaminem as reservas de água subterrânea - O Globo, 29/11, Economia,p.32; OESP, 29/11, Economia,p.B5.
  Há três dias, os mais de 27 mil trabalhadores da hidrelétrica de Belo Monte estão de braços cruzados, por conta de negociações sobre reajuste de salário e benefícios. Basicamente, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada quer que o Consórcio Construtor Belo Monte ofereça aos funcionários que atuam na beira do rio Xingu condições análogas àquelas dadas aos trabalhadores de Jirau e Santo Antônio, hidrelétricas que estão em fase de conclusão em Porto Velho (RO) - Valor Econômico, 29/11, Empresas, p.B3.
   
 

Mineração

 
  O governo está disposto a barrar pelo menos duas mudanças feitas pelo deputado Leonardo Quintão no projeto de lei que institui o novo código de mineração e pretende brigar pela retomada do texto original. O relatório de Quintão define alíquotas fixas para os royalties da mineração e restabelece o direito de prioridade às empresas responsáveis pelas atividades de pesquisa em potenciais jazidas. Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, isso contraria a "essência" do novo código e o Palácio do Planalto agirá para derrubar essas mudanças na tramitação do projeto - Valor Econômico, 29/11, Brasil, p.A8.
  "Os entraves produzidos pela complexa legislação ambiental e a intervenção de múltiplos órgãos governamentais deixaram o Brasil em desvantagem no minério de ferro. Enquanto a Austrália expandiu suas exportações em 227 milhões de toneladas entre 2007 e 2012, as do Brasil cresceram um quarto desse volume. A fixação de prazos de concessão de lavra é inadequada à natureza da atividade mineradora. O prazo médio entre a descoberta de uma jazida mineral e o início da produção é superior a dez anos", artigo de Rafael Lourenço - O Globo, 29/11, Opinião, p.21.
   
 

Biodiversidade

 
  O Jardim Botânico do Rio de Janeiro lançará o “Livro Vermelho da Flora do Brasil”, onde avalia 4.617 espécies da flora nacional, previamente consideradas vulneráveis. Quase metade (2.118, ou 45,9%) corre risco significativo de extinção. Esta é a primeira etapa de um estudo que pretende analisar, até 2020, todas as 44.711 espécies da flora brasileira — 52% seriam exclusivas do Brasil. O país concentra de 11 a 14% da diversidade de plantas da Terra, campeão mundial de biodiversidade vegetal - O Globo, 29/11, Ciência, p.44.
  "Considerando que o Brasil é um dos países que mais detêm recursos naturais, adicionado ao fato de que há mais de dez anos o acesso ao patrimônio genético é regulado por uma Medida Provisória que se encontra defasada, urge a necessidade de mudanças das regras atuais, de forma a subsitituir a atual legislação. Recentemente o Ministério do Meio Ambiente anunciou que está liderando a elaboração de um Projeto de Lei a ser apresentado à Câmara nos próximos meses, com vistas a alterar a MP 2186-16", artigo de Gabriel Di Blasi - Valor Econômico, 29/11, Legislação & Tributos, p.E2.
   
 

Geral

 
  Relatório do Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio revela que a situação das encostas é crítica, mesmo em condições de chuvas normais. O documento mostra os resultados do Programa de Cartografia de Risco Iminente de Escorregamento em 91 municípios do Rio (na capital, a responsabilidade é da GeoRio) e aponta que, em cada um deles, há locais com perigo iminente de deslizamento. Em cinco cidades — Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, Angra dos Reis e Niterói —, a situação é mais preocupante: elas acumulam mais de 200 pontos com risco iminente - O Globo, 29/11, Rio, p.14.
  “Segundo o noticiário, termina amanhã o prazo concedido por ruralistas ao Ministério da Justiça para que o governo solucione os ‘conflitos fundiários’ que envolvem terras indígenas. Já em carta aberta à presidente da República, organizações indígenas pedem intervenção federal em Mato Grosso do Sul para solucionar esses conflitos. Trata-se, diz a carta, de uma ‘tragédia anunciada’, pois os fazendeiros partiriam para o confronto, em que haveria ‘derramamento de sangue’, conforme anunciado por um dirigente da Associação de Criadores do Estado. É inacreditável que se chegue aí", artigo de Washington Novaes - OESP, 29/11, Espaço Aberto, p.A2.
  As audiências públicas sobre a revisão do Plano Diretor do município de São Paulo.já resultaram em mudanças. Na primeira audiência pública temática, sobre meio ambiente, nesta semana, dezenas de paulistanos cobraram mecanismos legais que "blindem" áreas da cidade que deverão receber os parques. Sem as chamadas zonas de proteção ambiental é fácil uma área inicialmente prevista para ser um parque ser ocupada ilegalmente ou acabar usada pelo setor imobiliário - FSP, 29/11, Cotidiano, p.1.
  "Ainda mais grave é que o mantra das 'responsabilidades comuns, porém diferenciadas' passou a ser usado pelo Brasil para retroceder à proposta de que o critério de distribuição dos engajamentos deveria ser o conjunto das emissões imputáveis a cada nação desde a revolução industrial. Qual pode ser o sentido ético de se pretender estabelecer dívida por práticas dos antepassados das atuais populações do primeiro mundo por problema que a ciência só começou a confirmar nos anos 1970, e cuja seriedade só foi admitida pela comunidade internacional entre 1988 e 1992?", artigo de José Eli da Veiga - Valor Econômico, 29/11, Opinião, p.A19.
  "As mudanças climáticas e o consequente aumento de desastres naturais, as demandas por alimentação, energia e água, as desigualdades sociais e a pobreza requerem que cientistas assumam a responsabilidade por alertar e orientar governos e pessoas sobre os instrumentos que a ciência oferece para a mitigação dos problemas globais. A declaração do sexto Fórum Mundial de Ciência destaca as questões principais nas quais a ciência e os cientistas devem atuar para contribuir com a melhoria da qualidade de vida", artigo de Helena Nader - FSP, 29/11, Tendências/Debates, p.A3.
   
 
Imagens Socioambientais

"FELICIDADE SUSTENTÁVEL"

por Oded Grajew*
felicidade2 Felicidade sustentável
Só teremos um modelo de desenvolvimento sustentável, se houver ampla reflexão sobre a felicidade e do que precisamos para sermos felizes. A maioria dos cientistas e dos indicadores nos mostra que o atual modelo de desenvolvimento está esgotando os recursos naturais, aquecendo o planeta, dizimando a biodiversidade, derrubando nossas florestas, transformando terras férteis em desertos, poluindo o ar e as águas, aumentando a desigualdade, incentivando o desemprego e os empregos precários, fomentando a competição e a violência, solapando a democracia e a confiança nas instituições e nos governos e piorando a qualidade de vida, no campo e nas cidades.
Foi vendida a ideia de que o caminho da felicidade passa pelo consumo, pela aquisição da roupa de grife, do carro do ano, do último modelo de celular ou do eletrodoméstico. É o consumo e o acúmulo de bens sem limites e nunca saciados que propulsionam esse modelo suicida de desenvolvimento.
A Rede Nossa São Paulo desenvolveu o Irbem (Indicadores de Referência de Bem-Estar nos Municípios) para avaliar a qualidade de vida nas cidades. Para montar os indicadores, perguntou aos habitantes quais seriam os itens importantes para sua qualidade de vida. A maioria respondeu que a felicidade é ter uma boa, carinhosa e fraterna convivência com a família, os amigos e a comunidade; uma relação amorosa saudável; equilíbrio entre trabalho e vida pessoal; acesso à educação e transporte público de qualidade; proximidade da natureza; frequentar cinema, espetáculos, teatros e museus; hospital e posto de saúde perto de casa; melhor convivência com animais; vida espiritual rica; prática de atividades físicas; ações comunitárias e a chance de viver numa sociedade solidária e segura (veja a pesquisa completa em www.nossasaopaulo.org.br).
É claro que condições materiais razoáveis de vida são importantes, e é fundamental que as políticas públicas objetivem proporcionar essa realidade para todos. Mas centrar a felicidade no consumo e no acúmulo de bens é insustentável. Ao olhar todos os apelos que hoje relacionam consumo à felicidade, é de se perguntar: como fizeram antigas gerações, antes de todas essas invenções, para serem felizes? Como fazem as pessoas sem carros ou sem últimos modelos para serem felizes? Por que muitas pessoas que têm todos esses bens são infelizes?
Em vez de promovermos investimentos e empregos em atividades artísticas, culturais e educacionais que favoreçam a saúde e o bem-estar; apoiem idosos, pessoas com deficiência, crianças e populações menos favorecidas; priorizem o transporte público de qualidade; preservem a natureza e apostem na pesquisa médica e no desenvolvimento de energias sustentáveis, concentramos nossos esforços em produzir bens de consumo que rapidamente tornamos obsoletos para podermos, enfim, consumir suas novas versões.
Só teremos um modelo de desenvolvimento sustentável que preserve o planeta, reduza a desigualdade e promova a paz, a solidariedade e a qualidade de vida das pessoas e das futuras gerações, se houver uma ampla reflexão pessoal e coletiva sobre a felicidade, sobre o que realmente precisamos para sermos felizes. E se essa reflexão pautar a vida das pessoas, empresas, instituições e governos.
* Oded grajew é coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo, presidente emérito do Instituto Ethos e idealizador do Fórum Social Mundial. Foi presidente da Fundação Abrinq e assessor especial do presidente da República (governo Lula).
* Publicado originalmente no jornal A Folha de S. Paulo e retirado do site Mercado Ético.
(Mercado Ético)

Países Menos Desenvolvidos querem US$ 1,4 bi para colocar em prática adaptação climática

por Jéssica Lipinski, do CarbonoBrasil
oxfamclima 300x182 Países Menos Desenvolvidos querem US$ 1,4 bi para colocar em prática adaptação climática
Foto: Oxfam
Na última quinta-feira (14), os 48 Estados-membros do grupo de Países Menos Desenvolvidos (em inglês Least Developed Contries, LDCs) anunciaram que precisam de US$ 1,4 bilhão para financiar a implementação de planos para lidar com os impactos das mudanças climáticas.
Os LDCs submeteram seus planos de adaptação, os chamados Programas de Ação Nacional de Adaptação (PANAs), ao secretariado da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC).
Os planos ajudarão as nações mais pobres do planeta a avaliarem e combaterem as consequências do aquecimento global, extremos climáticos, elevação dos níveis do mar, secas, enchentes etc., tornando os países mais resilientes a esses efeitos.
A Angola, por exemplo, deseja adaptar seus estoques de peixes para sobreviver às mudanças climáticas. O Camboja ambiciona tornar seu abastecimento de água e sua agricultura mais seguros. Já a Samoa espera fortalecer sua infraestrutura para comunidades que dependem do turismo.
“Agora e no futuro, os países mais pobres e vulneráveis exigem urgentemente finanças e tecnologias previsíveis para se tornarem mais resilientes. Um bom planejamento é essencial para capacitar os países mais pobres a lidarem com as mudanças climáticas”, colocou Christiana Figueres, secretária executiva da UNFCCC.
“A ciência nos mostra claramente que um grau significativo das mudanças climáticas é inevitável, como confirmou pelas últimas descobertas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU. O tufão Haiyan foi o último de uma série de eventos climáticos extremos agravados em todo o mundo, e sabemos que há mais por vir”, acrescentou Figueres.
Segundo a ONU, 49 países pertencem ao grupo de LDCs, baseados em três critérios: baixo rendimento, direitos humanos fracos e alta vulnerabilidade econômica. Desses países, 33 ficam na África, dez na Ásia, um no Caribe e cinco no Pacífico, justamente regiões muito atingidas pelos efeitos das mudanças climáticas.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil
(CarbonoBrasil)

Indígenas declaram guerra à Usina Tabajara, em Rondônia

por Liège Albuquerque, do Amazônia Real
liderancas 300x168 Indígenas declaram guerra à Usina Tabajara, em Rondônia
Lideranças temem alagamentos em terras indígenas. Foto: Lediane Felske.
A quarta hidrelétrica na bacia do rio Madeira, prevista no Plano de Aceleração do Crescimento 2 (PAC) para iniciar as obras no ano que vem e atualmente em licenciamento ambiental, segundo a assessoria da Aneel, é alvo de uma declaração de guerra de populações indígenas de Rondônia.
Em encontro realizado no fim de outubro, em Humaitá (a 592 quilômetros de Manaus), lideranças do Movimento Indígena Morogita-Kawahiva do Sul do Amazonas e Rondônia prepararam uma carta direcionada ao governo federal sobre sua insatisfação na construção de mais uma hidrelétrica.
De acordo com o documento final, há uma margem de erro de até 20% nas estimativas de alagamento a ser causado pela barragem, o que poderia invadir a Terras Indígenas Tenharim-Marmelo e outras próximas.
Pelo menos 20 etnias estiveram presentes ao encontro, que foi organizado pela Opiam (Organização dos Povos indígenas do Alto Madeira), da qual fazem parte os povos indígenas Tenharim, Parintintim, Mura, Torá, Pirahã, Apurinã e Miranha. Também contou com a participação de representantes dos povos Munduruku (PA), Zoró, Arara, Gavião e Karitiana (RO).
A Usina está em processo de licenciamento ambiental, previsto para ser encerrado em dezembro. Está sendo planejada para ser instalada no rio Machado ou Ji-Paraná, o principal afluente do rio Madeira, onde já estão Jirau, Santo Antônio e Samuel. “Simplesmente ficaria a menos de 800 metros da terra tenharim. Essa hidrelétrica não é bem-vinda, vai mexer em todo o ecossistema e nada trará para nosso bem”, disse Ivanildo Tenharim, um dos organizadores do encontro ao Portal Amazônia Real.
Segundo anunciado pelo governo federal, a usina está planejada para potência instalada de 350 megawatts e capacidade para gerar 192 MW de energia elétrica, utilizando o sistema com operação a fio de água e nível de operação a 80 metros com três turbinas.
Nos anos 80 e 90, houve várias discussões para a instalação de uma hidrelétrica no mesmo local, mas as comunidades indígenas e a população de Rondônia se opôs e conseguiu adiar o projeto, agora retomado.
O documento lista vários desastres que podem ocorrer com a construção da hidrelétrica como: submersão de áreas de floresta; submersão quase total das cachoeiras que ficam entre a Cachoeira do Quatá e a Dois de Novembro; além da supressão de ilhas, lagoas e praias da região.
A doutoranda em sociologia da Universidade de Campinas (Unicamp) e moradora de Ji-Paraná, Renata Nóbrega, escreveu artigo em 2009 em livro da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), “Relatório de Conflitos Sociais no Complexo Madeira”, onde faz um histórico sobre a ambição do governo federal sobre os rios da região.
“Há mais de vinte anos os Arara e os Gavião tentaram convencer ELETRONORTE e os defensores do projeto de hidrelétrica que sua terra não tem preço e não está à venda. Não há indenização que pague o valor simbólico e político que a terra tem para eles, especialmente no caso da inundação de cemitérios”, diz o artigo.
* Publicado originalmente no site Amazônia Real.
(Amazônia Real)

Encontro discutirá os desafios do desenvolvimento no Século XXI

por Redação da Envolverde
DialogosCapitais 300x199 Encontro discutirá os desafios do desenvolvimento no Século XXI
Seminário da série Diálogos Capitais reunirá empresários, autoridades e especialistas no Plaza São Rafael no dia 13 de dezembro
A série Diálogos Capitais, promovida pela revista CartaCapital, em parceria com o Instituto Envolverde, chega a Porto Alegre no dia 13 de dezembro para discutir, promover soluções e elencar ideias de como o Rio Grande do Sul pode se desenvolver e chancelar seu papel de relevância no desenvolvimento brasileiro do Século XXI e na integração econômica da América do Sul. Será um dia inteiro de ciclos de debates e palestras para fomentar a discussão sobre o tema. As inscrições são gratuitas.
O governador do Estado, Tarso Genro, fará a abertura do encontro, que já tem nomes como Ricardo Felizzola (presidente da Altus-Sistema de Automação S.A.), Jorge Gerdau (presidente do Conselho de Administração da Gerdau), João Emílio Gazzana (diretor financeiro e de relação com investidores do Banrisul), Arno Augustin (secretário do Tesouro Nacional) e Jorge Gomes Rosa Filho (presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) confirmados. O presidente do Instituto Envolverde e um dos anfitriões do evento, Dal Marcondes, mediará os debates.
Em sua quinta edição de 2013, o Diálogos Capitais debaterá temas como o desempenho econômico do Rio Grande do Sul, os Estados e o desafio da infraestrutura – financiamento e gestão, além da expansão global das empresas gaúchas. O evento tem organização da Capacità, que, há quase duas décadas, dedica-se ao segmento empresarial e corporativo.
Diálogos Capitais
Diálogos Capitais é o nome da série de seminários realizados anualmente pela revista CartaCapital. Seus temas abrangem as áreas de economia, política, cultura, educação e meio ambiente. No site da publicação , podem ser vistos os vídeos de todas as edições deste ano. 
Serviço:
O quê: Diálogos Capitais – Rio Grande do Sul: Desenvolvimento no Século XXI
Quando: Dia 13 de dezembro, das 8h30 às 17h30
Onde: Plaza São Rafael Hotel e Centro de Eventos (Alberto Bins, 509)
Informações e inscrições gratuitas pelo site www.dialogoscapitais.com.br
(Envolverde)

ANDA - Boletim de 29/11/2013

 
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29/11/2013EDIÇÃO 233
 
 
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"O amor que tenho pelos animais veio da minha mãe, e minha filha já demonstra esse mesmo amor incondicional pelos bichos. É muito gratificante ver que ex..."
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