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quarta-feira, 30 de novembro de 2016


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30/11/2016EDIÇÃO 933
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Embrapa coordenará mapeamento completo dos solos brasileiros

Um trabalho inédito de grandes proporções irá elevar o conhecimento sobre os solos brasileiros. Coordenado pela Embrapa, o Programa Nacional de Solos do Brasil (Pronasolos) pretende mapear o território brasileiro e gerar dados com diferentes graus de detalhamento para subsidiar políticas públicas, auxiliar gestão territorial, embasar agricultura de precisão e apoiar decisões de concessão do crédito agrícola, entre muitas outras aplicações. 


Orçado em até R$ 3 bilhões de reais, o Pronasolos deve gerar ganhos de R$40 bilhões ao País dentro de uma década, de acordo com especialistas.


O Programa envolverá diversos ministérios e órgãos federais em torno de um objetivo: fazer o mapeamento do solo de norte a sul do Brasil no período entre 10 e 30 anos, em escalas que tornem viáveis a correta tomada de decisão e estabelecimento de políticas públicas nos níveis municipal, estadual e federal – 1:25 mil, 1:50 mil, 1:100 mil, respectivamente. Isso significa que cada um centímetro do mapa corresponde a um quilômetro de área (na escala de 1:100 mil). A definição das escalas dependerá das prioridades governamentais. O maior detalhamento (de 1:25 mil) é desejável, por exemplo, para o planejamento de propriedades e na agricultura de precisão, o que vai influenciar diretamente na concessão de crédito rural.


O Brasil paga um preço alto por não conhecer melhor seu solo: falta de água no campo em grandes metrópoles; intensos processos erosivos do solo na área rural, que agravam enchentes e provocam desperdício de insumos agropecuários, entre várias outras consequências. Dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA) indicam que 140 milhões de hectares de terras brasileiras estão degradadas, o que corresponde a 16,5% do território nacional.


No mundo, 33% do solo sofre degradação de moderada a alta, segundo dados da  Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). São áreas que tiveram sua capacidade produtiva reduzida pela erosão, impermeabilização, salinização, poluição, entre outros. A quantidade de solo perdida por ano chega a 24 bilhões de toneladas, ainda segundo dados da FAO. Para agravar, daqui a pouco mais de três décadas, o mundo terá 9,6 bilhões de habitantes, exigindo que a produção de alimentos aumente em 65%.


Desafios e benefícios


"O Pronasolos deverá melhorar nossa competitividade no mercado externo de produtos agrícolas. Ao fim do projeto estaremos no mesmo nível de países mais avançados em mapeamentos, como Estados Unidos, que realizou essa identificação desde a década de 1960, e Austrália", prevê o pesquisador José Carlos Polidoro, chefe de P&D da Embrapa Solos.


Está prevista a elaboração de um grande banco de dados para disponibilização à sociedade em linguagem acessível com todas as informações sobre o solo, ao fim do programa.


No entanto, o projeto para ser executado necessita de diversos fatores, tais como ampla rede de laboratórios, técnicos de campo, trabalho cooperativo de diversas instituições, formação de mão de obra especializada, etc.


A Embrapa Solos está à frente de um projeto especial da Embrapa, que contará com a participação efetiva de várias instituições parceiras, cujo objetivo é mostrar o caminho para a implantação e implementação do Pronasolos.


Segundo Polidoro, o Projeto Especial visa dar subsídios em 12 meses para a implantação do Pronasolos. Só então será possível executar o megaprograma. "A Embrapa assumiu a coordenação dessa rede de parceiros por sua tradição em levantamentos de solos, sua história e por ter sido nominalmente citada no Acórdão do Tribunal de Contas da União [que originou o Programa]",  explica Polidoro.


Segundo o chefe-geral da Embrapa Solos, Daniel Vidal Pérez, a Casa Civil da Presidência da República já demonstrou interesse pelo assunto e recentemente reuniu representantes das instituições e ministérios responsáveis pela execução do Pronasolos.


"A implantação dos Pronasolos deverá proporcionar ganhos na produtividade, economia nos insumos e auxiliar na sustentabilidade do sistema agrícola, diminuindo as emissões de gases do efeito estufa", acredita a pesquisadora Maria de Lourdes Mendonça, atual chefe-geral da Embrapa Cocais (MA).


Efeitos ambientais


De acordo com o Terceiro Inventário Nacional de Emissões de Gases de Efeito Estufa, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em 2010 a agricultura foi o setor que mais contribuiu para as emissões de gases de efeito estufa no Brasil, com 32% das emissões totais, sendo seguido pelos setores de energia (29%), uso da terra, mudança do uso da terra e florestas (28%), processos industriais (7%) e tratamento de resíduos (4%). "No entanto, a análise simples desses dados, pode levar a uma interpretação errônea sobre a agricultura brasileira. A importância relativa do setor foi aumentada nesse último Inventário, devido à mitigação das emissões proveniente da redução do desmatamento, em especial da Amazônia", explica Renato de Aragão Ribeiro Rodrigues, pesquisador da Embrapa Solos, especialista em mudanças climáticas. "O manejo adequado do solo é uma poderosa ferramenta de mitigação das emissões, reduzindo a necessidade por fertilizantes nitrogenados – principal fonte de emissão de óxido nitroso", acrescenta.


Para o pesquisador, o correto manejo do solo é capaz de melhorar a quantidade e qualidade do alimento oferecido aos animais em pastagens. "Isso é importante porque a emissão de metano por fermentação entérica de ruminantes, em especial, bovinos, é a principal fonte de emissão da agricultura brasileira", afirma Aragão.


Segundo dados da FAO, o Brasil possui 140 milhões de hectares com diferentes níveis de erosão (o equivalente a mais de nove milhões e 500 mil Maracanãs) e precisa reverter esse quadro o quanto antes. Com o Pronasolos será possível evitar que novas degradações aconteçam e facilitará na recuperação de áreas degradadas. "A erosão faz o solo perder seus atributos químicos, físicos e biológicos. Também provoca a perda de qualidade e disponibilidade de água especialmente para consumo humano", enumera Aluísio Granato de Andrade, pesquisador da Embrapa Solos com trabalhos voltados para  uso, manejo, conservação e recuperação do solo. Sem cobertura florestal, a água não consegue penetrar corretamente nos lençóis freáticos, causando diminuição na quantidade de água.


Uma área de terras degradadas faz com que as populações sejam forçadas a tentar produzir em terras marginais, não aptas para lavouras ou pastagens, ou avancem em direção a terras mais frágeis (Amazônia e Pantanal, por exemplo), multiplicando desesperadoramente a degradação


A atividade humana sem conhecimento dos recursos naturais – solo, água e biodiversidade -, a falta de planejamento em diferentes escalas, o uso de sistemas não adequados de manejo, o desmatamento incorreto, a exploração do solo acima de sua capacidade (superpastoreio, agricultura extensiva), além do crescimento urbano e industrial desordenados dão origem a uma sequência de ações que influem sobre as propriedades e a natureza do solo, tornando-o mais susceptível às forças naturais de degradação e afetando consideravelmente a quantidade e qualidade da água.


Com um terço de suas terras degradadas, nos Estados Unidos a erosão causa prejuízos anuais na ordem de 10 bilhões de dólares ao ano.


Mudar essa realidade no Brasil deverá ser uma prioridade fundamental para a agricultura do País nos próximos anos.


Histórico


Levantamento feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 2015 constatou uma série de problemas com as informações sobre solos no País. O conhecimento atual não é insuficiente, há dificuldade no acesso aos poucos dados disponíveis, inconsistências nas informações oficiais de ocupação do território, sobreposição e lacunas de atuação governamental, complexidade e dispersão da legislação brasileira sobre o assunto.


A expectativa é de que o Pronasolos contribua para solucionar o problema. O TCU elaborou um acórdão no fim do ano passado envolvendo vários ministérios e que indica a Embrapa como uma dos principais responsáveis por esse levantamento. Nos Estados Unidos, desde 1966 há uma legislação sobre solo e água e o território daquele país é todo mapeado em escalas que chegam a 1:15 mil. No Brasil, há apenas 25 quilômetros quadrados em todo o seu território com detalhamento similar. O Programa Nacional de Solos do Brasil surge como um importante passo para superar essa lacuna.


Uma tecnologia que trará grande agilidade na identificação dos solos é a SpecSolo, desenvolvida pela Embrapa Solos. Por meio dela, dezenas de parâmetros de fertilidade (carbono orgânico do solo, pH, cálcio, magnésio, fósforo, potássio dentre outros) e física do solo (argila, silte e areia) podem ser analisados simultaneamente em apenas 30 segundos. A análise convencional demora dias para apresentar os mesmos parâmetros.


Uma nota técnica enviada em maio de 2015 para a Presidência da Embrapa, assinada pela equipe de Pedologia da Embrapa Solos (RJ), traçou um raio-x sobre a falta de informação sobre os solos brasileiros, os consequentes prejuízos à nação e a proposta de criação do Pronasolos. A nota técnica passou por diversas esferas do governo federal e, em agosto de 2015, o TCU emitiu um acórdão no qual consta uma série de recomendações a serem cumpridas por diversos ministérios e pelo governo federal no sentido de promover o levantamento e disponibilização de informações sobre solos no Brasil. "O Tribunal de Contas nos deu um prazo de 120 dias para a elaboração de um plano de providências para atender às recomendações contidas no relatório de Auditoria Operacional de Governança de Solos", afirmou Polidoro. Em dezembro, uma equipe formada por 11 Unidades da Embrapa, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS), Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade Federal do Piauí (UFPI) e Ministério da Agricultura. Pecuária e Abastecimento (Mapa) disponibilizaram a primeira versão do documento que servirá de base para a implantação do Pronasolos.

Fonte: Embrapa

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Informação enviada por cortesia de 
OFFICIO & Ambiente Ltda.
Campinas – SP, BRASIL
http://goo.gl/uzCCSz 



4 DE DEZEMBRO : Bichos & Amigos faz brechó beneficente neste domingo




Vai acontecer neste domingo, dia 4 de dezembro, o tradicional brecó mensal da ONG Bichos & Amigos, das 10h às 18h na rua Aliança, 289, transversal da Assis Brasil entre o Bourbon Wallig e o Shopping Lindoia, Zona Norte de Porto Alegre. À venda, roupas, livros, brinquedos, bijouteria, LPs raros, CDs, sapatos, acessórios, eletrônicos e enfeites com preços de ocasião. O objetivo é levantar fundos para sustento dos cães e gatos que abriga. Os visitantes também podem fazer doação de ração, o que é muito bem-vindo. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 51-98461-5077, com Sônia Piumato. Os animais agradecem.

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Marcio de Almeida Bueno
Jornalista (Mtb 9669)
bueno.escritorio@gmail.com
diretodeportoalegre.blogspot.com.br
twitter.com/diretodeporto
eshops.mercadolivre.com.br/diretodeportoalegre

" O GRITO DO BICHO " - 30/11/2016.

Cliquem no link  www.ogritodobicho.com para ler nossas postagens de hoje ou diretamente nos títulos abaixo:
Não deixem de visitar nossa coluna de "Notícias" atualizada diariamente.
Abração a todos, obrigado pelo carinho com nosso trabalho e, por favor, não deixem de divulgar as postagens, ok?

Degelo Ártico Ameaça Os Ecossistemas Locais E Pode Ter Consequências Catastróficas

Degelo ártico ameaça resto do mundo – Relatório apresenta 19 pontos críticos em que mudanças climáticas na região polar podem causar impactos permanentes; temperaturas em partes do Ártico estão até 20ºC mais altas que a média

O Ártico enfrenta mudanças climáticas bruscas que ameaçam os ecossistemas locais e podem ter consequências catastróficas para o restante do planeta. É o que mostra o Arctic Resilience Report, relatório resultante de cinco anos de pesquisa de cientistas do Instituto de Pesquisas Ambientais de Estocolmo.
O relatório apresenta 19 “pontos de virada” já em curso ou próximos de entrar em curso, que podem ser desencadeados pelo derretimento da banquisa (camada de mar congelado que recobre o Oceano Ártico) na região. Esses pontos de virada são caracterizados por mudanças rápidas ou bruscas em um sistema natural, que podem causar alterações irreversíveis em outros ecossistemas próximos. Verões sem gelo marinho, o colapso de sistemas de pesca do Ártico, transformação de paisagens e mudanças de solo e vegetação estão entre as possíveis consequências cujos efeitos poderiam afetar mais regiões do planeta.
Um desses pontos é o chamado “feedback de albedo”, ou a mudança no padrão de absorção de radiação pela superfície. Com o aquecimento global, o gelo e a neve (que são brancos e rebatem a maior parte da radiação solar de volta para o espaço) dão lugar à tundra, mais escura, que absorve radiação e esquenta mais a região. Isso, por sua vez, eleva a temperatura do solo, liberando gás metano da matéria orgânica antes congelada, que eleva ainda mais as temperaturas, num círculo vicioso. Já a mudança na distribuição de gelo no oceano pode causar mudanças que chegam até a Ásia.
O mais temido desses “pontos de virada” é a perda do gelo marinho permanente na bacia do Ártico, o que causaria problemas sérios para espécies como o urso polar, mas também mudaria os padrões meteorológicos em boa parte do hemisfério Norte, já que o regime de ventos na região é controlado em parte pelo Oceano Ártico. Embora o IPCC (o painel do clima da ONU) tenha descartado que o gelo da região já tenha atingido o ponto de virada, o monitoramento da banquisa em 2016 tem deixado os cientistas de cabelo em pé.
A extensão mínima de gelo marinho no verão foi a segunda menor registrada desde o início das medições com satélites, no fim dos anos 1970. E, neste inverno, o gelo está derretendo em algumas regiões em vez de se recompor, como seria esperado. Alguns locais têm registrado temperaturas até 20oC superiores à média para novembro.
“Sistemas sociais e biofísicos do Ártico estão profundamente ligados com os sistemas sociais e biofísicos do nosso planeta. Mudanças rápidas, dramáticas e sem precedentes nessa sensível região provavelmente serão sentidas em outros lugares. Como lembramos com frequência, o que acontece no Ártico não se restringe somente ao Ártico”, afirma o documento.
“O Ártico está passando por mudanças rápidas e dramáticas, e é fundamental e urgente desenvolver resiliência na região. Essa resiliência não depende apenas do comprometimento e imaginação das comunidades locais; a população precisa de apoio de governos e outros parceiros para encontrar soluções sabendo que terão auxílio externo para implementar seus planos”, conclui.
in EcoDebate, 29/11/2016

Tubarões E Raias Ameaçados De Extinção São Consumidos No Brasil

Vendidos como cação, as duas espécies estão em declínio

sphyrna
Sphyrna lewini. Foto Rodrigo Machado/Fundação Grupo Boticário

Tubarões e raias que estão sob ameaça de extinção têm sido consumidos amplamente no mercado brasileiro. Comercializados pelo nome de cação, mais de 16 espécies de tubarões e raias foram encontradas em pontos de venda do Sul do país, região que possui uma das maiores indústrias pesqueiras do Brasil. Dentre elas, destaca-se a raia-viola (Squatina occulta), considerada criticamente ameaçada e o tubarão-martelo-entalhado (Sphyrna lewini), classificado como vulnerável.
O alerta foi divulgado pelo pesquisador da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) Victor Hugo Valiati, cujo trabalho tem apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Valiati afirma que a diversidade de espécies sob o nome de cação superou a expectativa do estudo. Para chegar a esses dados foram visitados 15 pontos de venda em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, entre 2012 e 2013.
Para a identificação das espécies foi utilizada uma ferramenta denominada “código de barras de DNA” que permite, a partir das informações contidas no material genético individual, afirmar de qual espécie se trata. Essa estratégia é necessária porque alguns pescadores, para fugir da fiscalização, jogam fora as partes que identificam a espécies, como cabeça e barbatanas, vendendo os ”peixes” já em filés. “Com essa tecnologia em mãos é possível, com apenas uma pequena amostra do animal, ou mesmo um fragmento do filé de pescado comercializado, identificar rapidamente de qual espécie se trata”, comenta. A ferramenta também permite controlar a pesca de cada espécie individualmente.
Em estado vulnerável de ameaça, o tubarão-martelo-entalhado é considerado o mais pescado no Brasil. Na pesquisa ele ocupa o primeiro lugar, aparecendo em 23% das amostras. A segunda espécie mais presente é o tubarão-azul (Prionace glauca), com 13% de presença.
De acordo com a diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, Malu Nunes, a iniciativa “faz com que os olhares se voltem para uma questão que pouco tem sido discutida, mas que poderá ter grande impacto no equilíbrio do ambiente marinho: a redução drástica das populações de tubarões e raias”, afirma. Além disso, segundo a diretora, o projeto oferece ao consumidor informações relevantes sobre o que ele está comprando.
Predadores sensíveis
Os tubarões são animais que estão no topo da cadeia alimentar dos oceanos. Por serem predadores por excelência, contribuem para o equilíbrio das populações das espécies que são suas presas. São animais de grande porte desde o nascimento, o que reduziu, ao longo da evolução, sua predação. Isso significa dizer que a pesca predatória, que retira milhares de toneladas ao ano de tubarões, tem enorme impacto ambiental. “Retirá-los do ecossistema marinho causará grande desequilíbrio nos oceanos, gerando, por exemplo, a superpopulação de espécies comumente predadas que, por sua vez, pode impactar a vida das comunidades ribeirinhas e o comércio pesqueiro, por exemplo”, destaca o pesquisador. “Não há como ter certeza do que acontece com a retirada de um predador de topo de cadeia, mas, com certeza, as consequências são catastróficas tanto em termos de biodiversidade como econômicas, e é melhor não pagar para ver.”
Já as raias correm risco ainda maior, pois têm sido facilmente capturadas pela pesca artesanal com arrastão de praia e industrial. O declínio populacional está associado à elevada mortandade das fêmeas prenhes, facilmente capturadas nestes locais. Além disso, a pesca indiscriminada pode afetar o tamanho das fêmeas e, consequentemente, o número de filhotes a cada gestação. “Isso tem interferido no tamanho e quanto menor elas forem, menos filhotes conseguem gestar de cada vez, afetando diretamente o número de indivíduos das populações”, conclui Valiati.
Colaboração de Bruna Habinoski, in EcoDebate, 30/11/2016

OS EFEITOS DANOSOS DA CAÇA ILEGAL




Onças são apreendidas em operação do Ibama. Foto: Divulgação/Ibama
Onças são apreendidas em operação do Ibama. Foto: Divulgação/Ibama


Proibida no País desde os anos 1960, a atividade reduziu a população de várias espécies de animais e elevou o risco de desequilíbrio ambiental
O período entre os anos 1930 e 1960 é chamado de “época da fantasia” em muitas partes da Amazônia. “Fantasia” eram as peles de felinos exportadas para o mercado da moda norte-americano e europeu. Só a venda de pele das espécies mais exploradas – que incluíam jacarés, peixes-boi, veados, porcos-do-mato, capivaras e ariranhas – movimentou cerca de US$ 500 milhões (em valores atuais) durante o auge desse comércio. De 1904 a 1969, algo em torno de 23 milhões de animais silvestres de ao menos 20 espécies foram mortos para suprir o consumo de couros e peles. Esses dados, apresentados em um artigo publicado em outubro na revista Science Advances, referem-se apenas ao que ocorreu nos estados de Rondônia, Acre, Roraima e Amazonas.
O biólogo André Antunes, primeiro autor desse trabalho, calculou o número de animais abatidos no período ao combinar as informações disponíveis nos registros comerciais e portuários com as anotadas nos chamados manifestos de carga, relações detalhadas dos materiais transportados pelos navios que partiam do interior da Amazônia para o porto de Manaus.
Veja o texto na íntegra: Revista Fapesp

Do Jornal da Ciência / SBPC, in EcoDebate, 29/11/2016

EcoDebate - Edição 2.658 de 29 e 30/ novembro / 2016

Desejamos a todos(as) um bom dia e uma boa leitura
Compreendemos desenvolvimento sustentável como sendo socialmente justo, economicamente inclusivo e ambientalmente responsável. Se não for assim não é sustentável. Aliás, também não é desenvolvimento. É apenas um processo exploratório, irresponsável e ganancioso, que atende a uma minoria poderosa, rica e politicamente influente.” [Cortez, Henrique, 2005]

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Fundação celebra 30 anos com solenidade em São Paulo


29 de Novembro de 2016
 nº. 588
Fundação comemora 30 anos com evento no MASP e renova missão institucional

Na noite de ontem, a Fundação reuniu amigos, colaboradores, parceiros, voluntários, patrocinadores, personalidades e autoridades no auditório MASP Unilever, em São Paulo, para celebrar seus 30 anos e os resultados de sua atuação. Confira como foi essa comemoração aqui no Ecos da Mata. Agradecemos seu apoio e continue conosco nos próximos 30 anos! Juntos vamos renovar essa causa na defesa das florestas, mares e cidades da nossa Mata Atlântica.

SOS Mata Atlântica celebra 30 anos de realizações com redução de 83% no desmatamento

Cerimônia de comemoração lança nova missão da ONG: Inspirar a sociedade na defesa do bioma mais ameaçado do país Redução de 83% de da média anual do desmatamento, 36 milhões de mudas de árvores nativas plantadas, 20 mil voluntários. Essas são apenas algumas das conquistas da Fundação SOS Mata Atlântica em 30 anos de atividade, […]

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Birdwatching no Centro de Experimentos Florestais

Na manhã de 19 de novembro, um total de 30 pessoas, dentre entusiastas da observação de aves, pesquisadores e a equipe da Fundação e da Save Brasil, se reuniu em Itu (SP) para a 1a. edição do Birdwatching no Centro de Experimentos Florestais SOS Mata Atlântica-Brasil Kirin. Em apenas 4h, das 7h às 13h30, durante […]

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No Dia de Doar 2016, contribua para o meio ambiente

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Estão abertas as inscrições para a Competição Latino-Americana da 6ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental. Os filmes poderão ser inscritos até 15 de janeiro de 2017. Serão aceitas obras latino-americanas e caribenhas, finalizadas a partir de 2015, sem restrições quanto a gênero ou duração. Os filmes devem tratar de temáticas socioambientais como: energia, água, mudanças climáticas, […]

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