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sábado, 30 de julho de 2016

Universitários criam inovações para acesso à água

Desafio Ambev selecionou projetos do Ceará, Minas Gerais e Rio Grande do Norte. O vencedor receberá R$ 30 mil para desenvolver o projeto que será executado pela cervejaria. 
São Paulo, julho de 2016 – A Ambev anunciou na sexta-feira (22), em Florianópolis, na Conferência Mundial de Empresas Juniores 2016 (JEWC 2016), os três finalistas do Desafio Ambev. A iniciativa convocou 311 empresas juniores a pensarem em uma solução inovadora para resolver um problema que afeta grande parte do Brasil: a falta de acesso à água potável. Entre os finalistas estão: Ciclo Jr, da UFC de Fortaleza, EMAS Jr, da UFMG de Belo Horizonte, e NuTEQ, da UFRN de Natal.
O projeto da empresa júnior Ciclo Jr. propõe uma oca sustentável, estrutura de bambu que usa plantas e calor para tornar água de reuso potável. A EMAS Jr. pensou em um plano de dessalinização por destilação solar e bombeamento a energia solar. Já a NuTEQ sugere a construção de uma estrutura que retira água do ar por meio de orvalho e umidade. “Desde 2012 contamos com o apoio da Ambev, essa parceria permite que os universitários desenvolvam projetos de grande impacto social e, dessa forma, se transformam na chave para construir um país mais competitivo, ético educador e colaborativo”, afirma Pedro Rio, presidente da Brasil Junior.
Em setembro, os finalistas visitarão uma região do Brasil afetada pela escassez hídrica. No mesmo mês, a empresa júnior vencedora será anunciada. O grupo ganhador receberá um aporte de R$ 30 mil da Ambev para desenvolver o projeto, que será executado pela cervejaria.  “Nosso objetivo com o Desafio Ambev é encontrar possíveis soluções para a falta de água e engajar a geração que será, num futuro próximo, responsável por tomar as decisões que vão definir nosso país”, declara Renato Biava, diretor de relações corporativas, sustentabilidade e comunicação da Ambev. (#Envolverde)

Mangues podem proteger litorais de fenômenos climáticos extremos

Em data mundial para conservação dos manguezais, celebrada pela primeira vez em 2016 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a agência da ONU destaca que os biomas podem reduzir efeitos das mudanças climáticas.
Por Redação da Rádio ONU –
Mangues são encontrados em diversos países insulares. Na imagem, manguezal na Micronésia. Foto: Flickr (CC) / Stefan Krasowski
Mangues são encontrados em diversos países insulares. Na imagem, manguezal na Micronésia. Foto: Flickr (CC) / Stefan Krasowski

Por ocasião do Dia Internacional para a Conservação do Ecossistema de Mangue — celebrado pela primeira vez na terça-feira (26) pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) — a diretora-geral da agência da ONU, Irina Bokova, alertou a comunidade internacional sobre os riscos enfrentados por esses biomas.
“Sua sobrevivência enfrenta sérios desafios, do alarmante aumento do nível do mar às crescentes ameaças à sua biodiversidade”, destacou a dirigente.
Segundo a chefe da UNESCO, os manguezais contribuem para a proteção dos litorais e ajudam a reduzir os efeitos das mudança climáticas e dos fenômenos climáticos extremos.
Bokova lembrou ainda que “os mangues são ecossistemas raros e férteis”, que garantem a segurança alimentar de comunidades locais, oferecendo biomassa e produtos silvestres, além de sustentarem atividades pesqueiras.
“A Terra e a humanidade simplesmente não podem se dar ao luxo de perder esses ecossistemas vitais”, ressaltou Bokova, que ressaltou o protagonismo da agência da ONU e de parceiros na conservação dos mangues.
Dos 669 sítios reconhecidos pela Rede Mundial de Reservas da Biosfera, 86 incluem áreas de manguezais. Muitos desses locais estão localizados em países emergentes e em pequenos Estados insulares em desenvolvimento. São os casos da Reserva da Biosfera La Hotte, no Haiti, e a Ilha de Príncipe, em São Tomé e Príncipe, bem como o Mangue Can Gio, no Vietnã.
A Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO também inclui os Sundarbans, o maior sistema de mangue ininterrupto do mundo, localizado em uma área entre a Índia e Bangladesh e que abriga o icônico tigre-de-bengala. A Rede Mundial de Geoparques do organismo internacional também abriga zonas onde o ecossistema é encontrado, como o Geoparque Mundial de Langkawi, na Malásia. (Rádio ONU/ #Envolverde)
* Publicado originalmente no site Rádio ONU.

PELOTAS, RS : Blog do Centro de Estudos Ambientais Ações Centro de Estudos Ambientais (noreply+feedproxy@google.com) 15:19 Manter esta mensagem na parte superior de sua caixa de entrada Boletins Informativos Para: jamespizarro@hotmail.com noreply+feedproxy@google.com Blog do Centro de Estudos Ambientais Link to Centro de Estudos Ambientais O sindicato promovendo reflexões sobre a crise ecológica

O Sindicato dos Bancários Pelotas e Região (SEEB) (http://www.bancariospel.org.br/) já faz um tempo que vem demostrando preocupação e engajamento na reflexão e no combate a crise ecológica. Mais um evento nessa direção.
O CEA apoia!!!!
SEEEB Ciclo 2016

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Ministro defende meta de 1,5 grau

O ministro Sarney Filho (Meio Ambiente) segura cartaz da campanha 1.5: o recorde que não devemos quebrar, lançada nesta quinta-feira no Rio
O ministro Sarney Filho (Meio Ambiente) segura cartaz da campanha 1.5: o recorde que não devemos quebrar, lançada nesta quinta-feira no Rio
“Meio grau pode parecer pouco. Mas para muitos pode significar a sobrevivência”, destacou o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, durante evento sobre clima e Olimpíada organizado por parceiros do OC.
Por Redação do OC –
O ministro brasileiro do Meio Ambiente defendeu a meta de 1,5oC como limite para o aquecimento global. Durante discurso em evento sobre Olimpíada e Mudanças Climáticas realizado na manhã desta quinta feira (28/07), no Rio de Janeiro, José Sarney Filho manifestou-se favoravelmente à posição que foi defendida por mais de 100 nações durante as negociações que culminaram no Acordo de Paris: ultrapassar o limite de 1,5oC não é uma opção segura para a humanidade.
“Na luta contra a mudança do clima não temos opção senão vencer. Por isso reitero e renovo o compromisso do nosso ministério de dar pleno cumprimento ao Acordo de Paris e fazer todos os esforços para que globalmente sejamos vitoriosos em limitar o aumento da temperatura em 1,5 grau. Meio grau pode parecer pouco. Mas para muitos pode significar a sobrevivência”, declarou Sarney Filho. “O foco daqui em diante deve ser a implementação com esforço para ir além das metas declaradas e para encurtar os prazos. Alcançar uma redução ambiciosa de emissões não é uma mera intenção, é uma necessidade”, completou.
“As palavras do ministro Sarney Filho em nome do governo brasileiro, pela primeira vez tratando o limite de 1,5o C como a meta a ser buscada e vê-lo reconhecer que isso requer esforço maior do que as metas dos países para o Acordo de Paris, representam um avanço importantíssimo”, disse Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima. “Devemos esperar, portanto, que o governo brasileiro passe do discurso à pratica e não apenas assuma compromissos mais ambiciosos do que aqueles que já apresentou, mas, principalmente, que torne a ação climática um pilar fundamental de nossa agenda de desenvolvimento.”
O ministro Sarney Filho também defendeu o fortalecimento das políticas ambientais: “Para conseguirmos criar uma economia de baixo carbono até meado do século que de fato limite o aumento da temperatura em no máximo 1,5 em relação à era pré industrial precisamos fortalecer as políticas ambientais. Elas não podem ser vistas como entraves ao crescimento econômico, mas precisam ser encaradas como uma verdadeira solução para termos um padrão de desenvolvimento sustentável com inclusão social e respeito ao meio ambiente”, acrescentou.
Os prejuízos que as mudanças climáticas já estão causando ao Brasil também foram lembrados pelo ministro: “Somos um país-continente. Já sofremos fortes impactos da mudança do clima como aumento das cheias e as secas cada vez mais extensas e extremadas no Nordeste. Nossos rios sofrem com falta de água. Nossas matas sofrem com queimadas que são ampliadas pelo câmbio climático. Temos muito que fazer se quisermos de fato criar uma economia sustentável e de baixo carbono”, destacou o ministro, que foi também um dos primeiros a aderir a campanha “1,5oC: o recorde que não devemos quebrar”, que está sendo lançada hoje pelo Fórum das Nações Vulneráveis, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o Observatório do Clima e o Instituto Clima e Sociedade (iCS).
O ministro do Meio Ambiente saudou a aprovação do Acordo de Paris pela Câmara dos Deputados. “A pronta ratificação do acordo será um forte sinal à comunidade internacional do nosso empenho e compromisso com a redução de emissões e adaptação à mudança do clima”, explicou. “Somos solidários com os países que, embora não tenham contribuído em nada para gerar o problema climático, sofrem de forma desmesurada os seus efeitos”, completou.
“Reafirmo a importância do enfrentamento resoluto e ambicioso da mudança do clima, uma medida indispensável para assegurar nosso caminhar em relação ao desenvolvimento sustentável”, afirmou o ministro. “Nosso projeto de desenvolvimento é um projeto de Estado que encontra respaldo em toda sociedade”, destacou. “Temos reiterado nossos compromissos em adotar políticas e ações em todos os níveis – federal, estadual, municipal – para cumprir com a agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. A erradicação da miséria e melhor qualidade de vida e oportunidade de trabalho permanecem nossa prioridade absoluta”, salientou.
O debate sobre Olimpíada e Mudanças Climáticas contou também com a participação de Denise Hamú (PNUMA), Martin Raiser (Diretor do Banco Mundial no Brasil), Ana Toni (GiP), Carlos Ritll (Observatório do Clima), Max Edkins (Connect4Climate, Grupo Banco Mundial), Ann Duffy (Vancouver 2010), David Stubbs (Londres 2012), Shigueo Watanabe Junior (Instituto Escolhas), Tania Braga (Rio2016), Nicoletta Piccolrovazzi (Dow Chemical), Denis Bochatay (Quantis) e Braulio Pikmann (ERM). O evento foi realizado no Museu do Amanhã com apoio do próprio Museu, do comitê Rio2016 e do Observatório do Clima. (Observatório do Clima/ #Envolverde)
* Publicado originalmente no site Observatório do Clima.

PLANETA NO " CHEQUE ESPECIAL "

Por Katherine Rivas, da Envolverde – 
Museu do Amanhã alerta sobre sobrecarga da Terra. O planeta entrou no “cheque especial” dos recursos naturais 5 meses antes de terminar o ano. 
Uma série de atividades e palestras estão acontecendo no Rio de Janeiro por motivo do Dia da Sobrecarga da Terra, que inicia este ano no 8 de agosto. Esta é uma data para lembrar que o planeta entrou no “cheque especial”, cinco meses antes de fechar o ano, no que refere ao desgaste dos recursos naturais.
Organizada pelo Museu do Amanhã, dedicado a explorar possibilidades sustentáveis e de boa convivência na construção do futuro, a iniciativa contará com artigos, informações e infográficos sobre os impactos humanos no planeta.
Nomes reconhecidos como Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente e José Graziano, diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) serão alguns dos especialistas que produzirão as publicações.
No site do Museu  será possível encontrar uma seção especial sobre o evento. Para os organizadores é importante ter um espaço para discutir os sinais de alerta do planeta. O dia da Sobrecarga da Terra foi qualificado como um termômetro fundamental para perceber a degradação do meio ambiente.
Advogado e ambientalista, Fabio Feldman, ministrará nesta sexta-feira (29/7) a palestra “Podemos virar esse jogo? Superconsumo e limites do planeta”. Para Feldman existem hoje algumas tentativas validas de mudança na sociedade   “Em São Paulo há uma juventude que está valorizando a bicicleta como meio de transporte. Em 1998 fui participar do programa do Serginho Groisman, e levei uma super vaia ao defender o uso da bicicleta em centros urbanos. Hoje, certamente não seria vaiado”, comenta.
Na sexta-feira (8/8) o jornalista especializado em sustentabilidade André Trigueiro explicará os inicios e consequências do Dia da Sobrecarga que acontece desde o ano 2000.
O evento ocorre na Praça Mauá, no centro do Rio de Janeiro. Para participar das atividades é necessário se inscrever pelo site(#Envolverde) 

CALCULADORA DE DESIGUALDADE

Oxfam chama atenção para a desigualdade crescente entre multimilionários e cidadãos comuns na América Latina.
calculadoradesigualdade
Quantos anos um trabalhador comum levaria para alcançar os rendimentos mensais de um multimilionário em seu país? No Brasil, por exemplo, um cidadão que vive sozinho e tem renda mensal de um salário mínimo (R$ 880) precisaria trabalhar 43 anos para obter o mesmo rendimento recebido por mês pela classe mais afortunada da população. A conta também pode ser feita ao contrário, quando se descobre que um multimilionário gastaria menos de 1h30 para receber os R$ 880 que aquele assalariado recebe em um mês inteiro.
Esses cálculos foram produzidos a partir da Calculadora da Desigualdade, um aplicativo digital desenvolvido pela Oxfam em parceria com a agência digital de jornalismo investigativo Ojo Público. A ferramenta compara os rendimentos mensais de cidadãs e cidadãos em 16 países da América Latina e do Caribe, incluindo o Brasil. Quem quiser conhecê-la e entender mais sobre sua metodologia poderá acessar o site da Oxfam.
Baseado no estudo da Oxfam “Privilégios que Negam Direitos”, a calculadora usa números dos relatórios da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, das Nações Unidas), do Credit Suisse Global Investment Returns Yearbook, do World Ultra Wealth Report, além de outras fontes, como os índices de inflação locais.
“A calculadora escancara a desigualdade e a segmentação da sociedade em que vivemos”, diz Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil. “Esses números nos permitem não apenas comparar os ganhos nas diferentes faixas de renda da população, como também lembrar que a concentração da riqueza vai de mãos dadas com a concentração de poder e, portanto, afeta a qualidade de nossas democracias porque perverte as instituições e processos políticos, submetendo-os para servir os interesses da elite, não da cidadania.”
Segundo a Oxfam, é extrema a desigualdade na América Latina e no Caribe. Em 2014, nesses países, os 10% mais ricos acumulava 70% do total da riqueza da região. Nesse mesmo ano, 70% da população mais pobre mal conseguiu acumular 10% da riqueza. De acordo com World Ultra Wealth Report 2014, na região existem 14.805 multimilionários, que são as pessoas com riqueza superior a US$ 30 milhões.
Na calculadora da desigualdade, a Oxfam calculou o retorno médio anual da fortuna de um multimilionário de cada país para compará-lo com o rendimento médio das pessoas de outras faixas de renda. O resultado mostra a extrema concentração: um multimilionário da América Latina ganha, por ano, 4.846 vezes o que recebe uma pessoa que está no grupo dos 20% mais pobres da região.
“O debate sobre a desigualdade é essencialmente político, e queremos que esta calculadora ajude as pessoas a tomar consciência das terríveis lacunas que existem nas sociedades latino-americanas, fazendo-as exigir de seus governantes medidas para repensar o modelo de desenvolvimento, sem perder os ganhos obtidos na luta contra a pobreza. É uma necessidade inevitável em termos éticos, políticos, sociais e econômicos”, acrescenta Katia Maia.
Entre as medidas propostas pela Oxfam estão:
– Promover a igualdade econômica das mulheres e seus direitos
– Garantir de que haja condições e salários dignos para trabalhadores e trabalhadoras e reduzir a distância das bonificações dos executivos
– Promover a diversificação da economia
– Implantar uma política pública que dê prioridade à proteção social eficaz, com serviços públicos universais, de qualidade, especialmente em educação e saúde, com acesso à água e saneamento
– Controlar a influência de elites poderosas
– Realizar reformas para aumentar a capacidade fiscal dos Estados, de uma forma justa e equitativa
– Adotar medidas progressistas em relação aos gastos públicos para combater a desigualdade
– Acabar com a era dos paraísos fiscais
(#Envolverde)

Por que aceitamos os dramas do lixo?

Shutterstock
Foto: Shutterstock
Por Washington Novaes*
Essa questão já foi longe demais, o poder público deve criar novas regras, novos formatos.
Entra ano, sai ano e o panorama não muda. Há poucas semanas foi divulgado o índice de sustentabilidade em limpeza urbana para os municípios brasileiros. E a conclusão é melancólica: o número de aterros sanitários inadequados aumentou 52% no Estado de São Paulo em 2015, na comparação com o ano anterior, segundo a Companhia Ambiental do Estado. O Índice de Qualidade de Aterros de Resíduos mostrou descartes inadequados em 41 municípios paulistas (em 2015 eram 27).
Não se muda. Não se introduz a coleta seletiva, não se transforma, via compostagem, o lixo orgânico em adubo, não se economizam espaços com aterros. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, apenas 3% dos resíduos sólidos urbanos no Brasil são reciclados, de um total de 76,8 milhões de toneladas produzidas – apesar de a Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelecer há anos prioridade para esse objetivo. Continua-se a esperar que o poder público municipal destine recursos para a área. Já os governantes querem que os munícipes paguem pela coleta, pela reciclagem e pelo aterramento. Mas os cidadãos não aceitam pagar, acham que o custo dessa tarefa já está embutido nos impostos municipais. E não se avança.
Em todo o mundo só se consegue solução se o gerador do lixo o separar (seco e orgânico) e pagar por coleta, destinação e reciclagem. Por aqui aceitamos que 3 mil municípios dos mais de 5.500 ainda mantenham lixões.
O Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana para os Municípios Brasileiros, que veio a público agora (PWC , Sindicato de Empresas de Limpeza Urbana do Estado de São Paulo e ABLP), afirma que “não há referências quantitativas capazes de sintetizar as metas esperadas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos em um cenário de vinte anos para os municípios brasileiros” – o que dificulta a formulação de políticas, financiamentos, monitoramento da qualidade de serviços, prioridades. Por isso se criou o novo índice, que foi avaliado em 3.500 municípios.
Os problemas mais frequentes não surpreendem: inadimplência de prefeituras no pagamento de serviços contratados; ausência de coleta seletiva; manutenção de lixões; descaso ou ignorância das populações quanto às políticas da área; proliferação de doenças no setor. A Região Sul é a que tem os melhores índices de sustentabilidade, em seus três Estados. Nenhum município de porte maior se classificou entre os 50 com melhores índices. Menos de 50% dos municípios analisados têm arrecadação específica na área de limpeza urbana.
Há capítulos especialmente preocupantes na área. O site meioambiente.mg.gov.br divulga diagnóstico da Fundação Estadual de Meio Ambiente segundo o qual 57,24% do lixo gerado pelos estabelecimentos de saúde de 524 municípios mineiros (19,5 mil toneladas) vão indevidamente para aterro sanitário; o restante, para incineração (8,6 mil toneladas) ou para autoclavagem – 5,9 mil toneladas passaram por tratamento térmico seguido de destinação para aterro sanitários. Nas 524 cidades mineiras incluídas foram produzidas, no período analisado, 34,4 mil toneladas de resíduos de serviços de saúde. Apenas cinco municípios mineiros têm unidade de tratamento e destinação final dos resíduos desses serviços na própria cidade, o restante vai para outras localidades. Mas 95% dos municípios, a maioria de pequeno porte, “preferem enviar parte dos resíduos ou todos para a incineração”.
Foto: Shutterstock
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Área que merece cuidados extremos no Brasil – e da qual pouco se fala – é a dos resíduos eletrônicos, que, segundo órgãos da ONU (retoquejor, 5/7), gerou 1,4 milhão de toneladas de resíduos em 2015. Sem falar em que, segundo associação de empresas de tratamento de resíduos, mais de 500 milhões de aparelhos eletrônicos sem uso permanecem nas residências – podendo até causar problemas de saúde. São Paulo é o Estado que mais produz resíduos eletrônicos (448 mil toneladas anuais), seguido do Rio de Janeiro (165 mil) e de Minas Gerais (127 mil).
Não há ainda um acordo setorial amplo para o setor de resíduos eletrônicos – ao contrário, por exemplo, do setor de pneus. O acordo neste setor fez surgir a ONG Reciclamp, que coleta cerca de mil toneladas de pneus inservíveis em 900 pontos de 26 Estados. Na área de embalagens de óleo o primeiro acordo setorial foi assinado em 2012.
São áreas que merecem muito cuidado, uma vez que continua a desenvolver-se o chamado “colonialismo da imundície”, em que países do Primeiro Mundo exportam para países pobres seus resíduos eletrônicos. No Terceiro Mundo – como na Nigéria, por exemplo – formam-se gigantescos depósitos desses resíduos, que são separados e coletados pela população mais pobre, que os vende a preços ínfimos a empresas transformadoras.
O Brasil não está longe do problema. Várias publicações têm noticiado, por exemplo, que “o maior depósito de lixo a céu aberto da América Latina está no Distrito Federal”, a 15 quilômetros do Palácio do Planalto, e sustenta mais de 2 mil pessoas – é o “lixão da Estrutural”, uma área de 174 hectares. Na época em que foi secretário de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia no Distrito Federal, o autor destas linhas preparou um plano para dar fim ao lixão, implantar um depósito exemplar onde trabalhassem na separação do lixo, com salários dignos, aquelas 2 mil pessoas; a 500 metros de distância, uma usina de reciclagem moderna, administrada por uma cooperativa de catadores. Foi bombardeado por vários setores que tinham interesse na comercialização do lixo obtido a custos quase negativos. Nada foi para a frente. Não é diferente de muitos outros setores em que prevalece a exploração de trabalho quase escravo.
Mas no lixo as questões já foram longe gemais. É preciso que o poder público crie novas regras, novos formatos. A Política Nacional de Resíduos Sólidos deveria ter sido implantada até 2010, foi prorrogada e nada adiantou. (O Estado de S. Paulo/ #Envolverde)
Washington Novaes é jornalista (e-mail: wlrnovaes@uol.com.br).
** Publicado originalmente no site O Estado de S. Paulo.

 
Anda
29/07/2016EDIÇÃO 850
 
 
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"Quando Shakyamuni Buda tem a sua experiência iluminada, ele diz: "Eu, a terra e todos os seres juntos nos tornamos o caminho.". E por isto, é muito impo..."
Monja Coen
Primaz Fundadora da Comunidade Zen Budista
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Embrapa lança plataforma online sobre Novo Código Florestal


Embrapa lança plataforma online sobre Novo Código Florestal
Foto: Embrapa

A partir desta quarta-feira (27), as contribuições desenvolvidas pela Embrapa e parceiros, com o objetivo de ajudar a proteger e restaurar a vegetação nativa do país, estarão acessíveis em meio eletrônico no Portal Embrapa. Essas informações, para as Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de Uso Restrito, estão disponíveis para os diferentes biomas e fitofisionomias do país num único ambiente na internet. Batizado de “Código Florestal: contribuições para adequação ambiental da paisagem rural”, o hotsite também será uma ferramenta voltada para facilitar o entendimento da Lei de Proteção da Vegetação Nativa (Lei 12.651, de 25 de maio de 2012) – legislação que ficou conhecida como novo “Código Florestal”.
Esse é o resultado de um trabalho, coordenado pelo Departamento de Transferência de Tecnologia da Embrapa, que envolveu mais de duas centenas de pesquisadores e analistas da Empresa e de diversas instituições parceiras, entre elas várias universidades e institutos federais e estaduais, no âmbito do Projeto Especial da Embrapa “Soluções tecnológicas para a adequação da paisagem rural ao Código Florestal Brasileiro”. “O tema Código Florestal foi incluído entre as prioridades da Diretoria da Embrapa, e no site conseguimos agregar as experiências em restauração, boas práticas agropecuárias, a indicação das espécies nativas por biomas, viveiros de produção de sementes e mudas, soluções tecnológicas e publicações da Embrapa e de instituições de pesquisa, ou seja, ele será um grande repositório de informações que servirá como subsídio aos produtores e técnicos na elaboração dos Programas de Recuperação Ambiental (PRA), e do Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas ou Alteradas (PRADA). Ressaltamos que será uma página dinâmica, constantemente atualizada com novas informações”, afirma Soraya Barrios, responsável pela liderança desse projeto.
As estratégias de recuperação apresentadas vão desde as mais simples como cercar e deixar a natureza se recuperar, até as mais elaboradas, como semeadura direta e plantios de mudas. “Temos que dar alternativas para o produtor. Estamos trabalhando há mais de quatro anos nesse desafio de procurar onde estavam essas informações dentro e fora da Embrapa e fazê-las chegar a quem precisa”, relatou o pesquisador da Embrapa Cerrados, José Felipe Ribeiro, colaborador do projeto no âmbito do Bioma Cerrados.
Estas estratégias de recuperação foram identificadas em função de sua aplicação dentro da propriedade rural, em quatro tipos: Regeneração natural sem manejo, Regeneração natural com manejo, Plantio em área total e Sistemas agroflorestais. Em cada uma dessas estratégias, que tem ainda suas subdivisões, como por exemplo, se o plantio é direto ou por meio de mudas, o produtor rural, assim como demais interessados no assunto, pode acessar informações relativas ao controle dos fatores de degradação, os resultados esperados (demonstrados por meio de imagens), como deve ser feito o monitoramento e quais os riscos possíveis ao se usar a técnica.
No hotsite, são apresentadas algumas experiências da Embrapa em recuperação de áreas degradadas com o uso dessas estratégias. “As experiências estão divididas por bioma e, ao acessá-las, é possível obter a descrição do passo a passo utilizado em sua implantação, bem como a estratégia de recuperação usada”, esclarece o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, Ladislau Skorupa, também envolvido neste estudo. Além disso, o internauta também pode ter acesso a algumas boas práticas agrícolas, como terraceamento, sistema de plantio direto, sistemas silvipastoris, dentre outros, que contribuem para a sustentabilidade da produção no campo. Essas informações são importantes na medida em que a nova legislação reconhece a existência de áreas rurais consolidadas (com ocupação antrópica preexistente a 22 de julho de 2008) e traz regras para que as propriedades rurais possam se adequar, por meio da recomposição ou compensação das áreas afetadas, ou seja, por meio da adoção de boas práticas agrícolas. “Nesse sentido, a adoção de boas práticas agrícolas é condição fundamental para garantir a continuidade do uso dessas áreas de forma sustentável, e essa é uma contribuição importante da Embrapa”, afirma Ladislau Skorupa.
Espécies nativas – além dessas estratégias de recuperação, a página especial vai apresentar a relação das principais espécies vegetais nativas sugeridas para a recuperação dessas áreas. Atributos biológicos, ecológicos e econômicos estarão descritos em cada uma delas. Por enquanto, estão disponíveis apenas espécies com potencial econômico e ambiental do bioma Cerrado, mas essa relação será ampliada,  para os demais biomas brasileiros: Mata Atlântica, Amazônia, Pampa, Pantanal e Caatinga. Com a obrigatoriedade de registro das propriedades no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e consequente necessidade de resolver os passivos ambientais dessas propriedades, informações como essas são consideradas de suma importância para orientar o produtor na hora da tomada de decisão com quais espécies recuperar.
O trabalho de levantamento dessas espécies foi realizado em parceria com Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável e do Serviço Florestal Brasileiro.  As recomendações foram baseadas em pesquisas bibliográficas e validações realizadas em encontros com diferentes atores que trabalham com o tema na Embrapa, nas Universidades, no terceiro setor e na iniciativa privada.
Por meio dessa parceira, também será lançado até o final de setembro o Webambiente®, uma ferramenta que indicará as espécies nativas de acordo com as condições ambientais específicas do local e da fitofisionomia que o produtor gostaria de recuperar em sua propriedade. Espera-se que estas informações possam auxiliar os produtores na preparação do PRADA e também as Organizações Estaduais de Meio Ambiente (OEMAs) no julgamento e no monitoramento desses projetos.
O hotsite apresenta ainda informações georreferenciadas relativas à obtenção de mudas e sementes, com a relação de viveiristas, produtores de sementes e de materiais de propagação. Os dados foram fornecidos pelos próprios produtores, nos formulários de declaração apresentados ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), parceiro nesta iniciativa. Inicialmente serão disponibilizadas informações para o estado de Minas Gerais, esses dados serão completados para os demais estados na medida em que as informações qualificadas ficarem disponíveis.
Esse site será um espaço que não esgotará todas as questões envolvidas com a regularização ambiental das propriedades rurais, mas apresentará  o que a Embrapa e parceiros tem a oferecer e como sua rede de Unidades de pesquisa, espalhada por todo o País, estará à disposição da sociedade. A Embrapa em colaboração com parceiros e outras instituições públicas e privadas envolvidas na geração de conhecimentos e tecnologias aplicadas na restauração florestal esperam com essa contribuição, auxiliar para que o novo Código Florestal gere os benefícios que a sociedade tanto almeja em termos de sustentabilidade para a agricultura brasileira.
Serviço
Fonte: Embrapa
in EcoDebate, 29/07/2016

EcoDebate - Edição 2.579 de 29/ julho / 2016

Desejamos a todos(as) um bom dia e uma boa leitura
Compreendemos desenvolvimento sustentável como sendo socialmente justo, economicamente inclusivo e ambientalmente responsável. Se não for assim não é sustentável. Aliás, também não é desenvolvimento. É apenas um processo exploratório, irresponsável e ganancioso, que atende a uma minoria poderosa, rica e politicamente influente.” [Cortez, Henrique, 2005]

 
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28/07/2016EDIÇÃO 849
 
 
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quinta-feira, 28 de julho de 2016

MPF quer impedir construção de barragens como a que se rompeu em Mariana


Ruptura da barragem provocou a liberação de volume de 55 milhões a 60 milhões de metro cúbicos de rejeitos de minério no Rio Doce. A lama percorreu mais de 600 quilômetros até chegar ao oceano, matando peixes, a flora, a fauna e disparando uma crise social e ambiental que afetou a subsistência e o acesso à água da população, incluindo indígenas Krenak e milhares de pescadores. Foto: Fred Loureiro / SECOM ES
Ruptura da barragem provocou a liberação de volume de 55 milhões a 60 milhões de metro cúbicos de rejeitos de minério no Rio Doce. A lama percorreu mais de 600 quilômetros até chegar ao oceano, matando peixes, a flora, a fauna e disparando uma crise social e ambiental que afetou a subsistência e o acesso à água da população, incluindo indígenas Krenak e milhares de pescadores. Foto: Fred Loureiro / SECOM ES

O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) recebeu recomendação do Ministério Público Federal (MPF) para não autorizar a construção de barragens similares à do Fundão, pertencente à mineradora Samarco, que se rompeu no município de Mariana (MG), em novembro do ano passado. Considerado a maior tragédia ambiental do país, o episódio deixou 19 mortos, provocou destruição de vegetação nativa e poluiu a bacia do rio Doce.
A recomendação foi entregue na terça-feira (26). Segundo o documento, devem ser reprovados os planos que indiquem a utilização do método de alteamento a montante. Este método envolve a construção de barragens de rejeitos em etapas, através de elevações sucessivas a partir de um dique de partida. Por estar vinculado a diversos casos de rompimentos em todo o mundo, há países onde ele já é proibido, como o Chile e o Peru.
O MPF recomenda ainda que os projetos para ampliação ou alteração de barragens, após a anuência e o licenciamento ambiental dos órgãos competentes, sejam analisados pelo DNPM quanto aos aspectos de segurança. O DNPM tem dez dias úteis para se manifestar se acata ou não a recomendação.
Decreto
Em Minas Gerais, já estão suspensos todos os processos de licenciamento ambiental para barragens que pretendam utilizar o método de alteamento para montante. A medida foi tomada por meio do decreto 46.993/2016, assinado em maio pelo governador Fernando Pimentel.
A suspensão em território mineiro vale até que o Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) defina critérios e procedimentos a serem adotados pelos empreendimentos minerários. Ainda segundo o decreto, as barragens com alteamento a montante já existentes em Minas Gerais deverão realizar uma auditoria extraordinária até o dia 1º de setembro.
Exemplos
Para sugerir novas formas de atuação dos órgãos que atuam no monitoramento e fiscalização de barragens, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) vem observando os exemplos de outros países. No início do mês, pesquisadores brasileiros da empresa Aplysia e da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) apresentaram em um seminário os casos Obed e Mount Polley, duas minas canadenses cujas barragens se romperam em 2013 e 2014, respectivamente.
A apresentação levou em conta os resultados de uma visita realizada ao Canadá em abril, onde os brasileiros tiveram contato com as metodologias que possibilitaram uma rápida revitalização dos rios atingidos.
Presente no evento, a geóloga e integrante do corpo técnico do MPMG, Marta Sawaya, se interessou pela experiência canadense e solicitou a íntegra dos estudos. “É sempre importante verificar se os mesmos princípios aplicados em outros países, que foram bem-sucedidos, podem ser utilizados no Brasil”, diz ela.Um dado que chamou a atenção de Marta é que no Canadá, com menos de três meses, já havia um plano de ação e, com menos de um ano, todo o rejeito havia sido contido e a calha de um rio de 1,1 mil quilômetros estava recuperada.
“Nós temos aqui a situação do rio Doce, com uma calha de 600 quilômetros, onde nós ainda não vimos o início das ações. E já estamos com 9 meses da tragédia”, compara Marta. Outro aspecto que impressionou Marta nos exemplos canadenses foi a transparência dos dados da mina, aos quais todos os órgãos do poder público tinham acesso simultaneamente, o que teria contribuído para uma ação mais eficaz: “Um dos acidentes lá foi em agosto e, no começo de julho do ano seguinte, eles já estavam fazendo o repovoamento com trutas. E a truta é um dos peixes mais exigentes em termos de qualidade de água. Por isso esses relatórios são importantes para nós”.
Por Leo Rodrigues, da Agência Brasil, in EcoDebate, 28/07/2016