Em data mundial para conservação dos manguezais, celebrada pela primeira vez em 2016 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a agência da ONU destaca que os biomas podem reduzir efeitos das mudanças climáticas.
Por Redação da Rádio ONU –
Por ocasião do Dia Internacional para a Conservação do Ecossistema de Mangue — celebrado pela primeira vez na terça-feira (26) pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) — a diretora-geral da agência da ONU, Irina Bokova, alertou a comunidade internacional sobre os riscos enfrentados por esses biomas.
“Sua sobrevivência enfrenta sérios desafios, do alarmante aumento do nível do mar às crescentes ameaças à sua biodiversidade”, destacou a dirigente.
Segundo a chefe da UNESCO, os manguezais contribuem para a proteção dos litorais e ajudam a reduzir os efeitos das mudança climáticas e dos fenômenos climáticos extremos.
Bokova lembrou ainda que “os mangues são ecossistemas raros e férteis”, que garantem a segurança alimentar de comunidades locais, oferecendo biomassa e produtos silvestres, além de sustentarem atividades pesqueiras.
“A Terra e a humanidade simplesmente não podem se dar ao luxo de perder esses ecossistemas vitais”, ressaltou Bokova, que ressaltou o protagonismo da agência da ONU e de parceiros na conservação dos mangues.
Dos 669 sítios reconhecidos pela Rede Mundial de Reservas da Biosfera, 86 incluem áreas de manguezais. Muitos desses locais estão localizados em países emergentes e em pequenos Estados insulares em desenvolvimento. São os casos da Reserva da Biosfera La Hotte, no Haiti, e a Ilha de Príncipe, em São Tomé e Príncipe, bem como o Mangue Can Gio, no Vietnã.
A Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO também inclui os Sundarbans, o maior sistema de mangue ininterrupto do mundo, localizado em uma área entre a Índia e Bangladesh e que abriga o icônico tigre-de-bengala. A Rede Mundial de Geoparques do organismo internacional também abriga zonas onde o ecossistema é encontrado, como o Geoparque Mundial de Langkawi, na Malásia. (Rádio ONU/ #Envolverde)
* Publicado originalmente no site Rádio ONU.
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