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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Relatores da ONU querem suspensão imediata do uso de pesticidas perigosos na agricultura


Mesmo tendo firmado compromissos para reduzir a utilização de agrotóxicos a partir de 2002, Estados-membros não teriam realizado ações concretas para eliminar as substâncias da produção de alimentos.

Segundo relatores especiais das Nações Unidas, pesticidas altamente perigosos devem ser suspensos imediatamente. Foto: FAO / Asim Hafeez

Relatores especiais das Nações Unidas emitiram, nesta segunda-feira (28), um apelo à comunidade internacional, solicitando que seja suspenso, imediatamente, o uso de pesticidas na produção de alimentos. A mensagem é direcionada às lideranças políticas e representantes do setor privado que se reúnem nessa semana, em Genebra, na 4ª Conferência Internacional de Gestão de Substâncias Químicas (ICCM).
“Os riscos são particularmente graves em países em desenvolvimento, muitos dos quais importam pesticidas altamente perigosos apesar de terem sistemas inadequados para diminuir os riscos”, afirmou o relator especial da ONU para os direitos humanos e substâncias e resíduos perigosos, Baskut Tuncak.
Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o uso dessas substâncias pode provocar câncer e efeitos tóxicos crônicos. De acordo com Tuncak, ações concretas para reduzir a utilização dos pesticidas perigosos não foram realizadas nos últimos anos, mesmo com o estabelecimento pela Cúpula da Terra, em 2002, de parâmetros para garantir sua eliminação.
A relatora especial da ONU para o direito à alimentação, Hilal Elver, destacou os riscos tanto para os consumidores, quanto para os produtores. “Frequentemente, os resíduos desses pesticidas perigosos são encontrados na comida que consumimos e isso impede o direito individual de ter acesso à alimentação segura e saudável. A exposição é particularmente séria para agricultores e suas famílias. Crianças são expostas às substâncias pelo leite materno”, destacou.
Informações da ONU Brasil, in EcoDebate, 30/09/2015

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