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terça-feira, 29 de setembro de 2015


Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Água, Amazônia, Biodiversidade, Energia, Lixo, Mineração, Mudanças Climáticas, ODS, Povos Indígenas, Zona Costeira
Ano 15
29/09/2015

 

Direto do ISA

 
  Em artigo de opinião, o sócio fundador do ISA Márcio Santilli analisa as metas para o clima anunciadas domingo (27/9), na ONU, em Nova York Blog do ISA, 28/9.
  Realizada em Foz do Iguaçu (PR), a décima nona edição do Congresso Brasileiro de Sementes evidenciou que o setor se ressente da falta de pesquisas científicas, da informalidade causada por gargalos na legislação e da falta de incentivo financeiro e de vontade política Direto do ISA, 29/9.
  
 

Amazônia

 
  O EIA-Rima da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós (PA), segundo um extenso relatório que será apresentado hoje em Brasília, tem uma enxurrada de fragilidades: metodologias inadequadas ou obsoletas, omissão de informações importantes para avaliar os impactos do projeto, programas ambientais insuficientes como ações mitigadoras e compensatórias, conclusões sem fundamentação científica. "Ambos os documentos [o EIA e o Rima] devem ser rejeitados pelo órgão licenciado", concluem nove pesquisadores independentes, que se dedicaram a uma avaliação técnica dos estudos oficiais. São especialistas do Inpa, do Museu Paraense Emílio Goeldi e da UFPE. O relatório foi financiado e organizado pelo Greenpeace Valor Econômico, 29/9, Brasil, p.A4.
  
 

Mudanças Climáticas

 
  O plano de zerar o desmatamento ilegal até 2030, contido na meta apresentada no domingo pelo Brasil para colaborar com o combate às mudanças climáticas, só considera a Amazônia. Os outros biomas ficaram de fora do compromisso apresentado para a Conferência do Clima da ONU. "Isso quer dizer que vai se admitir o desmatamento ilegal nos outros biomas?", questionou ontem Tasso Azevedo, do Observatório do Clima. "A área de desmatamento do Cerrado hoje é maior que a da Amazônia", disse Azevedo. "Pelos nossos cálculos, essa perda de vegetação provocou uma emissão de 135 milhões de toneladas de CO2-equivalente só em 2013. É maior que todo o processo industrial no Brasil" OESP, 29/9, Metrópole, p.A15.
  "O Brasil é um grande emissor e um país muito vulnerável às mudanças climáticas, então precisa fazer mais do que propôs. Segundo a Defesa Civil, mais de 24% dos municípios já declararam este ano estado de emergência ou calamidade pública devido a fenômenos como secas, estiagens e alagamentos. Estas catástrofes afetam nossa segurança e competitividade no mercado internacional. Se continuarmos assim, o aquecimento global pode quebrar a nossa economia. Os números apresentados pelo governo só foram levados para um início de conversa. O aquecimento global é como um naufrágio. O Brasil continua ajudando a afundar o barco. Tirou alguns litros, mas poderia ter feito mais", diz Carlos Rittl em entrevista O Globo, 29/9, Sociedade, p.22.
  "Embora as medidas anunciadas pela comunidade internacional até agora representem o maior compromisso de redução de emissões já acertado até hoje, cientistas e especialistas alertam que estes esforços não serão suficientes para evitar que a temperatura da Terra avance além da meta de 2oC em média neste século. Este é o nível considerado tolerável, embora ainda gere efeitos desastrosos para agricultura, nível do mar e o mundo natural. É preciso, portanto, que as nações alcancem um compromisso ainda maior na conferência da ONU sobre o clima", editorial O Globo, 29/9, Opinião, p.14.
  "Cortes profundos, até aqui, só foram prometidos pela União Europeia. Recentemente, os EUA mudaram de atitude e assumiram metas de redução, ainda que limitadas. Diante desse cenário, a posição assumida pelo Brasil faz diferença: pela primeira vez uma grande nação emergente adota a meta de fazer reduções absolutas, com percentuais altos. Pode-se questionar se a referência no ano de 2005 não torna o alvo um pouco fácil demais de acertar. É indiscutível, entretanto, que um padrão se rompeu. Não está claro se os avanços obtidos até aqui serão suficientes para destravar um acordo em Paris. Só se pode afirmar com certeza que não bastam para assegurar o limite de 2oC e que muito trabalho haverá pela frente até 2050", editorial FSP, 29/9, Editoriais, p.A2.
  
 

Geral

 
  O Reservatório do Funil, em Resende, cujas águas integram o sistema do Paraíba do Sul e contribuem para o abastecimento do Rio, estão infestadas por cianobactérias (bactérias tóxicas). Análises da UFRJ revelaram que o Funil apresenta um índice mínimo de contaminação pelo menos 25 vezes maior do que o máximo determinado pela Organização Mundial de Saúde para água de abastecimento. As bactérias cianofíceas produzem toxinas que atacam fígado, rins e pulmões. Se a seca se prolongar este ano, a situação se agravará, porque o esgoto se manterá estável, ao passo que o fluxo de água cairá O Globo, 29/9, Rio, p.16.
  O governo baiano anunciou que vai implementar um centro especializado em tratamento de câncer no município de Caetité, na Bahia, onde está em atividade a única mina de exploração de urânio em toda a América Latina. A previsão, segundo a diretora da atenção especializada da Secretária de Saúde da Bahia, Alcina Romero, é de que a Unidade de Alta Complexidade em Oncologia esteja em operação no ano que vem. Serão investidos cerca de R$ 2 milhões em equipamentos e o custo mensal da unidade é estimado em R$ 1 milhão. "A média de casos de câncer nesta região está acima da que vemos em toda a Bahia", disse Alcina Romero OESP, 29/9, Metrópole, p.A16.
 
O tratamento de doenças relacionadas ao descarte inadequado do lixo pode custar US$ 370 milhões por ano ao sistema de saúde pública do Brasil, de acordo com um novo estudo que avaliou o impacto dos mais de 3 mil lixões do País sobre a saúde e o meio ambiente. Cerca de 75 milhões de brasileiros têm seus resíduos destinados a lixões ou outros locais impróprios. De acordo com Antonis Mavropoulos, da International Solid Waste Association (ISWA), pessoas que moram perto dos lixões, catadores de materiais recicláveis e trabalhadores de limpeza urbana são os principais afetados. O trabalho analisou a produção de resíduos sólidos no Brasil entre 2010 e 2014 e concluiu que cerca de 1% da população desenvolve doenças OESP, 29/9, Metrópole, p.A15.
  "A conservação dos ecossistemas marinhos no país conta hoje com programas expressivos de proteção e uso sustentável da nossa biodiversidade. Há consciência de que existem desafios a superar, mas existem planos concretos nessa direção. O Ministério do Meio Ambiente obteve do Fundo Global de Meio Ambiente recursos da ordem de R$ 50 milhões, que se somam a contrapartidas governamentais e privadas no projeto Proteção e Gestão Integrada da Biodiversidade Marinha e Costeira. Os objetivos são elevar a cobertura de unidades de conservação marinhas do país de 1,5% para 5% (175.000 km²), apoiar 15 reservas extrativistas costeiras e desenvolver instrumentos financeiros para garantir essa conservação expandida", artigo de Claudio Maretti e Ana Cristina Barros FSP, 29/9, Tendências/Debates, p.A3.
  
 
Imagens Socioambientais

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