30 de setembro de 2015
(da Redação da ANDA)
Será que você realmente sabe o que está comendo? As conclusões de dois estudos realizados separadamente por pesquisadores no Programa de Ciência dos Alimentos da Universidade de Chapman, nos Estados Unidos, mostram que não. Mais de 20 por cento dos produtos comerciais à base de carne podem conter uma espécie que não a identificada, dizem pesquisadores.
“Embora testes extensos de espécies de carne terem sido realizados na Europa, durante o escândalo de carne de cavalo em 2013, há poucas pesquisas realizadas sobre este tema nos Estados Unidos”, disse Rosalee Hellberg, Ph.D. e co-autora dos dois estudos. “Até onde sabemos, a pesquisa sobre carne mais recente nos EUA foi publicada em 1995.”
O primeiro estudo focou na identificação de espécies encontradas em produtos à base de carne em comparação com seus rótulos; o segundo observou espécies de carne de caça. Os dois estudos se concentraram em produtos vendidos no mercado comercial dos Estados Unidos. Ambos descobriram que a rotulagem incorreta não era incomum.
No primeiro, 48 amostras de produtos frescos e congelados à base de carne de vários animais foram analisadas no laboratório para determinar o seu conteúdo. Eles descobriram que 10 amostras foram classificadas erroneamente. Destes, nove tinham mais espécies do que o rótulo indicava e uma amostra foi rotulada completamente errada. Além disso, carne de cavalo foi encontrada em duas amostras.
Os autores dizem que os resultados de múltiplas espécies sugere a possibilidade de contaminação cruzada na instalação de processamento – se o equipamento não for devidamente limpo entre os produtos, a carne pode se misturar. Outra tendência observada no estudo indica a possibilidade de espécies de menor custo sendo intencionalmente misturado com espécies de alto custo para o ganho econômico, de acordo com um comunicado de imprensa feito sobre o estudo.
O segundo estudo analisou a rotulagem das espécies de carne de caça. Carne de caça é um mercado de US$ 39 bilhões de dólares nos EUA e é responsável pelas carnes consideradas exóticas. Segundo o Tree Hugger, os pesquisadores coletaram 54 produtos de lojas de varejo on-line. Desses, 10 foram identificados erroneamente. Dois produtos descritos como bisão e iaque eram, na verdade, bois. Um produto rotulado como faisão era galinha-d’angola. Outra carne rotulada como urso preto era, na verdade, castor americano.
Os estudos foram publicados na revista Food Control.
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