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Amazônia
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A área técnica da Aneel recusou os argumentos apresentados pela Norte Energia, concessionária responsável pela construção da hidrelétrica de Belo Monte, pelos atrasos nas obras. A Norte Energia argumentou que os protestos realizados pelos operários e a guerra de liminares prejudicaram o andamento da obra e pediu 441 dias de perdão, o que a isentaria de multas. Os técnicos da Aneel, no entanto, não reconheceram os principais problemas apontados pela empresa. Segundo o documento, a Norte Energia negligenciou prazos e deixou de tomar as medidas necessárias para reverter a situação - Valor Econômico, 21/8, Empresas, p.B1. |
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A Vale obteve, ontem, do Ibama licença prévia para ampliar operações em Carajás, no Pará. Com o aval do órgão ambiental, a companhia poderá explorar áreas vizinhas às minas já em atividade. Com isso, agregará mais 1,8 bilhão de toneladas de minério de ferro em reservas. A área de mineração de Carajás ocupa menos de 3 por cento da Floresta Nacional de Carajás, lembrou a Vale, citando que, em parceria com o ICMBio e Ibama, contribui para a conservação de uma área três vezes maior, de cerca de 1,2 milhão de hectares - OESP, 21/8, Economia, p.B19; Valor Econômico, 21/8, Empresas, p.B4. |
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O grande desafio na Amazônia é conjugar crescimento econômico, desenvolvimento social e preservação a partir de modelos de que permitam gerar riqueza e distribuir renda. Para especialistas, é necessário aproveitar as áreas já desmatadas, desenvolver uma economia da floresta e promover a compensação financeira por serviços ambientais. "A sociedade brasileira tem a oportunidade de fazer a prosperidade econômica na região utilizando de maneira mais adequada e eficiente as áreas já desmatadas, um pouco mais de 15 milhões de hectares. Essas áreas poderiam ser incorporadas a uma agricultura mais intensiva, mais moderna e sustentável e ainda restariam 80% da floresta com cobertura de grande extensão. Essa reserva é fundamental para o clima e a distribuição de chuvas em todo o país", diz Paulo Moutinho, do Ipam - Valor Econômico, 21/8, Caderno Especial, p.F1. |
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Grandes obras na região amazônica são normalmente o primeiro passo para a abertura de novas frentes de desmatamento e degradação da floresta. Autoridades e agentes financeiros evitam entrar em detalhes sobre as compensações ambientais necessárias a esses empreendimentos e limitam as informações a respeito. O BNDES informa que uma análise de risco socioambiental é feita para cada projeto. O BNDES oferece recursos para reforço de medidas mitigadoras em condições especiais e estimula a realização de investimentos sociais e ambientais para o desenvolvimento econômico local. Para o projeto da usina hidrelétrica de Belo Monte foi concedido um crédito de R$ 3,2 bilhões para ações ambientais e sociais - Valor Econômico, 21/8, Caderno Especial, p.F2. |
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No último trimestre ou início do próximo ano, deverá ir a leilão exclusivo a usina hidrelétrica de São Luiz dos Tapajós, localizada no rio Tapajós, a cerca de 330 quilômetros da sua foz no rio Amazonas. Investimento de R$ 30,6 bilhões, o empreendimento é o primeiro de uma série de projetos previstos no rio (entre eles, Jatobá com 2,3 mil MW) e poderá ter uma forma inédita de construção, para reduzir os impactos ambientais e sociais. O reservatório do empreendimento será a fio d'água, ou seja, depois de formado, todo o volume de água que chegar pelo rio irá passar pelas estruturas construídas na barragem, sem a necessidade de um grande reservatório - Valor Econômico, 21/8, Caderno Especial, p.F4. |
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O futuro da matriz elétrica repousa sobre a Amazônia Legal, território que abriga cerca de 65% do potencial hidrelétrico do país, detentor de uma das cinco maiores disponibilidades de geração hidrelétrica do mundo, com cerca de 10% dos recursos existentes no planeta. Aproveitar ao máximo o potencial será uma tarefa complexa, já que exigirá conciliar interesses de ambientalistas, governo, empresários e tribos indígenas - Valor Econômico, 21/8, Caderno Especial, p.F4. |
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Energia
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Em dois anos, o Brasil mais do que dobrou a emissão de gases causadores do efeito estufa para produzir a mesma quantidade de energia. O regime de chuvas abaixo do esperado e a política de uso pleno das termelétricas para suprir a demanda foram os responsáveis pelo avanço de uma matriz energética mais suja. O problema não é só no setor de energia. Todos os segmentos da economia, à exceção do desmatamento, elevaram suas emissões de gases-estufa - agropecuária, processos industriais e resíduos. Nos anos 90, as emissões por desmatamento significavam 70% das emissões brasileiras e recuaram para 32% em 2012 - sendo que energia e pecuária, agora, respondem por 30% cada uma. Apesar disso, o Brasil deve cumprir sua meta de corte de emissões de gases-estufa em 2020, em função da redução do desmatamento e do crescimento tímido da economia - Valor Econômico, 21/8, Especial, p.A14. |
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"Na medida em que optamos de forma incorreta por reservatórios a fio de água, precisamos construir uma matriz hidrotérmica consistente e estruturada. Caso contrário, todos os anos vamos ficar dependentes da boa vontade de São Pedro. E, o pior, talvez nem São Pedro consiga nos atender. Para construir essa nova matriz elétrica, é essencial que abandonemos a ideia fixa da modicidade tarifária e entendamos que é preciso estabelecer um trade-off entre modicidade e aumento da oferta de energia. Só assim, com o aumento da oferta por meio de uma diversificação de fontes energéticas, é que alcançaremos a segurança de abastecimento e tarifas competitivas em relação a outros países", artigo de Adriano Pires e Abel Holtz - O Globo, 21/8, Opinião, p.21. |
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A responsabilidade de Marina
"Devemos ou não continuar construindo hidrelétricas na Amazônia? Se sim, elas seguiriam o modelo fio d'água ou voltariam a ter grandes reservatórios? O primeiro preserva mais a floresta, mas garante menos energia. Sem a energia hídrica, é preciso apelar para as poluentes termoelétricas. Também há quem defenda que não se toque mais na floresta e que o país volte a investir pesadamente em energia nuclear. Não existe resposta certa. Todas apresentam vantagens e desvantagens. É preciso fazer conta, pesar as consequências para o presente e para o futuro. Não dá mais para falar sobre o futuro do Brasil sem considerar as mudanças climáticas e todos os seus efeitos" coluna de Agostinho Vieira - O Globo, 21/8, Economia Verde, p.27. |
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Água
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O Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo informou ontem que prepara junto com o governo paulista os argumentos para entrar com medida judicial e processar o Operador Nacional do Sistema (ONS). A ideia é pedir à Justiça nos próximos dias que obrigue o ONS a restabelecer o nível de água do reservatório Ilha Solteira/Três Irmãos para que a hidrovia Tietê-Paraná volte a ser navegável. O diretor-presidente da Agência Nacional de Água (ANA), Vicente Andreu, alertou ontem que o abastecimento de água em São Paulo nos próximos dois anos é incerto, na apresentação de diretrizes do Plano Nacional de Segurança Hídrica - O Globo, 21/8, Economia, p.27. |
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Apesar de estar com apenas 12,6% da capacidade, incluída a reserva técnica conhecida como volume morto, o Sistema Cantareira está bancando quase que integralmente o abastecimento de Campinas (SP). Dos 4 metros cúbicos por segundo liberados para manter o nível do Rio Atibaia, que abastece cinco cidades da região, 3,7 m3/s são captados para atender 1,1 milhão de habitantes de Campinas. O restante da água é disputado pelos municípios de Paulínia, Atibaia, Itatiba e Valinhos. O Cantareira também abastece a Grande São Paulo - OESP, 21/8, Metrópole, p.A22. |
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O Governo do Estado de São Paulo vai paralisar a geração de energia na usina hidrelétrica de Ilha Solteira, a maior de São Paulo e a terceira maior do País, a partir de hoje. A Cesp vai acatar a decisão da Justiça Federal, que determinou a suspensão da geração de energia na usina. A ação foi proposta por associações de produtores de peixes. Segundo elas, os responsáveis por Ilha Solteira não cumpriram a legislação de proteção dos recursos naturais e uso das águas e, e se não forem tomadas medidas urgentes, como a paralisação de geração de energia, a economia, a agricultura e a piscicultura da Região Noroeste de São Paulo "podem sofrer enormes e irreversíveis prejuízos" - OESP, 21/8, Metrópole, p.A22. |
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