21 de agosto de 2014
A necropsia e a retirada da Jubarte ainda não têm previsão para acontecer. O estudo e investigação do caso fica por conta da empresa privada CTA – Serviço em Meio Ambiente. Segundo o oceanógrafo da empresa, que é gerente de monitoramento de praias, Bruno Berger, a prioridade é a remoção do animal com segurança.
“O acesso é muito complicado por causa das pedras. Um trator de pneu teria as rodas furadas, já um veículo de esteira quebraria as pedras. Vamos tentar tirá-la pelo mar com alguma embarcação, mas também é arriscado porque é uma região de muitas pedras e o animal é pesado. Não queremos ter o risco de afundar uma embarcação. A pior situação possível é essa: o encalhe nas pedras de uma baleia adulta em avançado estado de decomposição e com maré baixa”, contou Berger.
Rota das jubartes
O oceanógrafo Bruno Berger explica que a época de migração das baleias jubartes do Polo Sul para o litoral da Bahia e do Espírito Santo acontece entre junho e novembro. É quando ocorrem os encalhes.
“Desde que a caça de baleia foi proibida, o número de animais aumentou e consequentemente temos mais baleias morrendo de forma natural. É considerado normal que haja encalhe de baleia nesta época. Acreditamos que as mortes destas jubartes em São Francisco de Itabapoana sejam naturais, mas estamos investigando”, analisou o oceanógrafo.
Terceiro caso em menos de 20 dias
Este é o terceiro caso no mês em que uma baleia da espécie Jubarte morre em São Francisco de Itabapoana. Um filhote de baleia Jubarte encalhou e morreu na praia de Guaxindiba, em São Francisco na manhã de sábado (16). O animal foi encontrado ainda vivo na areia da praia, mas, mesmo com a ajuda de pescadores, não conseguiu voltar para o mar. No último dia 3 de agosto, uma baleia adulta apareceu na praia de Buena já em estado de decomposição. Os resultados dos exames, que podem identificar a causa da morte dos animais, devem ficar pronto até o final do mês.
Em setembro de 2012 outra Jubarte foi encontrada morta na cidade, desta vez na Praia de Santa Clara. Na época, para retirar o animal, que pesava cerca de 40 toneladas, foi preciso cortar o mamífero em partes.
Fonte: G1
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