O Green Building Council (USGBC), órgão norte-americano especializado em construções ambientalmente corretas, certificou a Escola Primária Nyiro Uaso, situada em uma região de semiárido do Quênia, como uma das duas escolas mais sustentáveis do mundo – a outra fica localizada em Hong Kong. E nota-se facilmente o porquê: o colégio africano conta com um sistema que capta, filtra e armazena a água da chuva.
A escola capta toda a água da chuva, o suficiente para abastecer todo o consumo do próprio ambiente. Além disso, o sistema utilizado para a realização dessa prática é mais barato que o normal, utiliza matérias-primas locais e foi projetado para ser replicado.
Os responsáveis por essa estrutura são os arquitetos britânicos Jane Harrison e David Turnbull. Segundo eles, a escola consegue coletar cerca de 350 mil litros anualmente.
Como? O sistema utiliza um tanque de armazenamento de grande porte, instalado embaixo de um pátio central. A água cai dos seus telhados para o quintal, por onde passa por um sistema de filtragem à base de argila (parecido com o processo do filtro comum). Lá o material é revestido com uma solução de prata fina que age como um antibiótico.
O processo é suficiente para atender aos alunos e para irrigar hortas. Outra característica interessante da escola é a parede que a circunda – ela mantém os estudantes protegidos contra pessoas e animais (incluindo elefantes) indesejados, e também produz um micro-clima que “permite que a escola funcione como uma espécie de ambiente interior-exterior”, afirma Harrison em um artigo publicado pelo USGBC.
Casos no Brasil
Em maio de 2012, São Paulo inaugurou a primeira escola pública com certificado de Alta Qualidade Ambiental (Aqua) do país. A Escola Estadual Ilha de Juventude, na Vila Brasilândia, teve o projeto arquitetônico avaliado pela Fundação Carlos Alberto Vanzolini. Entre os quesitos analisados estavam economia de água e energia, baixo impacto ambiental em todas as fases da obra e disposição adequada de resíduos, além de níveis de conforto e soluções arquitetônicas projetadas com foco na saúde dos alunos.
Um ano antes, o Rio de Janeiro inaugurava a primeira escola ecológica do país, em um dos bairros mais vulneráveis do Rio de Janeiro, Santa Cruz, na zona oeste da cidade. O Colégio Estadual Erich Walter Heine tem instalações que captam a água da chuva para ser usada nos sanitários, jardins e na limpeza da escola, com economia de 50% da água potável. As lâmpadas LED em todo o edifício reduzem em até 80% o consumo de energia.
O Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) – Escola Sustentável, lançado em junho pelo governo federal, promete garantir R$ 100 milhões em recursos para que as escolas desenvolvam projetos voltados para a sustentabilidade. A iniciativa já pré-selecionou 10 mil instituições de ensino, de 310 municípios em estado de vulnerabilidade ambiental.
Assista a um vídeo que apresenta o início de uma aula na escola:
* Publicado originalmente no site EcoD.
(EcoD)
A escola capta toda a água da chuva, o suficiente para abastecer todo o consumo do próprio ambiente. Além disso, o sistema utilizado para a realização dessa prática é mais barato que o normal, utiliza matérias-primas locais e foi projetado para ser replicado.
Os responsáveis por essa estrutura são os arquitetos britânicos Jane Harrison e David Turnbull. Segundo eles, a escola consegue coletar cerca de 350 mil litros anualmente.
Como? O sistema utiliza um tanque de armazenamento de grande porte, instalado embaixo de um pátio central. A água cai dos seus telhados para o quintal, por onde passa por um sistema de filtragem à base de argila (parecido com o processo do filtro comum). Lá o material é revestido com uma solução de prata fina que age como um antibiótico.
O processo é suficiente para atender aos alunos e para irrigar hortas. Outra característica interessante da escola é a parede que a circunda – ela mantém os estudantes protegidos contra pessoas e animais (incluindo elefantes) indesejados, e também produz um micro-clima que “permite que a escola funcione como uma espécie de ambiente interior-exterior”, afirma Harrison em um artigo publicado pelo USGBC.
Casos no Brasil
Em maio de 2012, São Paulo inaugurou a primeira escola pública com certificado de Alta Qualidade Ambiental (Aqua) do país. A Escola Estadual Ilha de Juventude, na Vila Brasilândia, teve o projeto arquitetônico avaliado pela Fundação Carlos Alberto Vanzolini. Entre os quesitos analisados estavam economia de água e energia, baixo impacto ambiental em todas as fases da obra e disposição adequada de resíduos, além de níveis de conforto e soluções arquitetônicas projetadas com foco na saúde dos alunos.
Um ano antes, o Rio de Janeiro inaugurava a primeira escola ecológica do país, em um dos bairros mais vulneráveis do Rio de Janeiro, Santa Cruz, na zona oeste da cidade. O Colégio Estadual Erich Walter Heine tem instalações que captam a água da chuva para ser usada nos sanitários, jardins e na limpeza da escola, com economia de 50% da água potável. As lâmpadas LED em todo o edifício reduzem em até 80% o consumo de energia.
O Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) – Escola Sustentável, lançado em junho pelo governo federal, promete garantir R$ 100 milhões em recursos para que as escolas desenvolvam projetos voltados para a sustentabilidade. A iniciativa já pré-selecionou 10 mil instituições de ensino, de 310 municípios em estado de vulnerabilidade ambiental.
Assista a um vídeo que apresenta o início de uma aula na escola:
* Publicado originalmente no site EcoD.
(EcoD)
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