Governo reconhece o primeiro mosaico brasileiro de Áreas Protegidas que reúne TIs e UCs
O Mosaico do Oeste do Amapá e Norte do Pará tem extensão de mais de 12 milhões de hectares e é formado por três Terras Indígenas (TIs) e seis Unidades de Conservação (UCs). Incide parcialmente sobre 11 municípios no Amapá e cinco no Pará. Fruto de um longo processo de diálogo, mapeamento da situação local e construção de propostas e cenários futuros comuns, o Mosaico fortalece a perspectiva de um planejamento regional integrado entre Àreas Protegidas - Notícias Socioambientais, 9/1.
Energia
Além da falta de chuvas, atraso em obras afeta sistema
Além da falta de chuva que vem afetando o nível das reservas das usinas hidrelétricas, o setor elétrico sofre com mais um problema: o atraso na construção de usinas, subestações e linhas de transmissão. Em alguns casos, os contratos de licitação foram assinados em 2005, mas as obras ainda não ficaram prontas. No caso da transmissão de energia, 76% das obras estão atrasadas, em média 15 meses atrás do cronograma estipulado. Um dos atrasos mais significativos é a linha de transmissão que irá ligar as usinas do rio Madeira ao Sistema Interligado Nacional. Maior aposta de expansão de oferta de energia para este ano, as usinas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, estão entrando em operação sem que haja uma linha suficiente para escoar a energia produzida - FSP, 10/1, Mercado, p.B3.
Contando com as chuvas
As tarifas de energia poderão subir até 3% em 2014, se o pior cenário de previsão de chuvas se concretizar e a quase totalidade das usinas térmicas se mantiver acionada ao longo deste ano, admitiu o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, após participar, ontem, da reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). O governo está, assim, contando com as chuvas e com as térmicas para evitar problemas no fornecimento de energia, embora o risco de apagão tenha sido novamente descartado pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão - O Globo, 10/1, Economia, p.19; OESP, 10/1, Economia, p.B3.
País gasta US$ 10 mi por dia em gás para térmicas
Para manter as usinas térmicas do país funcionando e atender a demanda por energia elétrica, a Petrobras gastou, em média, US$ 10,3 milhões por dia desde outubro na importação de GNL (Gás Natural Liquefeito). O gasto em um mês, portanto, pode chegar a US$ 309 milhões. Desde outubro, a Petrobras importa em média 15,5 milhões de metros cúbicos de GNL por dia para abastecer usinas térmicas no país. Isso, contudo, não quer dizer que a empresa tenha prejuízo com a operação. O gás é revendido para as distribuidoras, mas o valor cobrado não foi revelado pela estatal - FSP, 10/1, Mercado, p.B5.
Calor leva a consumo recorde
O consumo de energia elétrica cresceu 6,3% em novembro na comparação com 2011 e atingiu 38,7 mil gigawatts-hora (GWh), o maior resultado mensal de 2012 e a maior taxa para o mês de novembro desde 2005. Segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), a alta se deve principalmente às temperaturas elevadas, que impulsionaram o consumo do setor de comércio e serviços e das residências. O consumo comercial aumentou 13,7% - FSP, 10/1, Mercado, p.B3.
Belo Monte tem a sétima paralisação
Há três dias índios da etnia juruna bloqueiam a estrada que dá acesso ao Sítio Pimental um dos três canteiros de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no Rio Xingu, em Altamira do Pará. Esta é a sétima paralisação da obra mais importante do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em nota, a Norte Energia, empresa responsável pela hidrelétrica, informou que os índios se queixam de que as obras deixaram as águas do Rio Xingu turvas, impedindo-os de pescar - OESP, 10/1, Economia, p.B4.
Vende-se energia
"Em países como Alemanha, Japão, Espanha e EUA, onde o sistema já funciona há alguns anos, ele chega a representar cerca de 10% da matriz energética. No Brasil, a microgeração ou minigeração de energia entraram em vigor apenas no último dia 17 de dezembro, mas já aparecem como uma boa alternativa nestes tempos de reservatórios muito baixos e temperaturas elevadíssimas. O custo ainda é alto, mas vem caindo. Funciona como uma espécie de conta corrente. Durante o dia, as pessoas saem de casa e deixam os seus painéis solares trabalhando por elas, gerando energia e fornecendo para uma concessionária como a Light ou a Eletropaulo. À noite, elas consomem a energia disponibilizada pelas empresas. No final do mês é feito um balanço. Se o usuário forneceu mais do que consumiu, ele fica com um crédito, que deve ser utilizado em até 36 meses", coluna de Agostinho Vieira - O Globo, 10/1, Economia, p.24.
Atrasos pioram o cenário
"O descompasso entre as obras de geração e transmissão gerou uma situação no mínimo esdrúxula no caso da Usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Porto Velho. Como era desejável - para os investidores, o governo e os consumidores -, a usina foi concluída antes do prazo, começou a produzir energia em março do ano passado e encerrou o ano com 9 de suas 27 turbinas em pleno funcionamento. Essas unidades podem produzir 644 megawatts (MW), o suficiente para abastecer cerca de 3 milhões de residências. Mas a energia não chega aos centros de consumo, porque não há linhas de transmissão. As duas usinas do Madeira - a outra é a de Jirau - serão conectadas ao Sistema Interligado Nacional por meio de 2,4 mil quilômetros de linhões, de Porto Velho a Araraquara, no interior de São Paulo. Mas ainda não há licença ambiental para a operação desses linhões", editorial - OESP, 10/1, Notas e Informações, p.A3.
Geral
Mais de 130 ações irão apurar furtos de madeira
Servidores públicos, fazendeiros, madeireiros e empresários de Mato Grosso vão responder a 133 ações penais pelos crimes de desmatamento ilegal e furto de madeiras de áreas protegidas, entre outros. Eles foram alvo de duas operações da Polícia Federal que apuraram um suposto esquema de fraudes envolvendo licenciamentos ambientais para exploração de madeira. O valor estimado dos danos ambientais chega a cerca de R$ 900 milhões, segundo a PF. O juiz substituto da 5ª Vara Federal, Fábio Fiorenza, acatou no dia 5 a denúncia feita pelo Ministério Público Federal - FSP, 10/1, Poder, p.A11.
Prefeitura do Rio interdita siderúrgica
A prefeitura do Rio interditou a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), por falta de licença de funcionamento. A empresa funciona em Santa Cruz, na zona oeste. Segundo a prefeitura, o descumprimento da decisão gerará multa diária de R$ 570,65. Segundo a Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop), a CSA operava com alvará provisório de funcionamento, válido por seis meses, que poderia ser renovado pelo mesmo período. O alvará expirou e a secretaria decidiu não renovar a autorização porque a CSA não apresentou certidão de Habite-se, que autoriza a ocupação do imóvel. Além dos problemas com a prefeitura do Rio, a CSA foi multada em novembro em R$ 10,5 milhões pela Secretaria do Ambiente do Rio. Segundo a pasta, a usina causou o fenômeno conhecido como chuva de prata, em que resíduos de produção de aço que trazem problemas respiratórios vazaram - OESP, 10/1, Vida, p.A15.
Bispo volta para casa depois de receber ameaças em MT
Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito de São Félix do Araguaia (MT), já está de volta à sua residência. O bispo deixou a região no dia 7 de dezembro último, por recomendação das forças federais, depois que foi publicamente ameaçado, na semana que antecedeu o início da desocupação da Terra Indígena de Marãiwatsédé. A Polícia Federal abriu inquérito para apurar as ameaças. Segundo o padre Paulo Santos, secretário de Dom Pedro Casaldáliga, a situação está menos conflitiva na região, e o bispo acompanha com tranquilidade e atenção a desocupação das terras indígenas, com informes diários sobre os trabalhos. A previsão é que a saída total dos não índios ocorra até o fim deste mês. As forças federais continuam monitorando o bispo, sem presença ostensiva - O Globo, 10/1, País, p.6
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FONTE : Manchetes Socioambientais, Boletim de 10/jan/2013.
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