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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
MANCHETES SOCIOAMBIENTAIS - 23/jan/2013
Think&Love promove campanha de doação financeira para ONGs
Em plena expansão, o movimento agora conta com um portal na internet e um leque de organizações que trabalham com as mais diferentes causas sociais e ambientais. A ideia é apresentar as causas e sensibilizar as pessoas a fazer doações financeiras - Notícias Socioambientais, 22/1.
Áreas Protegidas
Análise do Código Florestal no STF pode criar vácuos
As ações diretas de inconstitucionalidade (Adins) apresentadas pela Procuradoria-Geral da República na segunda-feira questionando o novo Código Florestal reabrem uma discussão de três anos que parecia encerrada no final do ano passado. E deixam no ar uma dúvida: o que vai acontecer com a legislação ambiental se o Supremo Tribunal Federal concordar com as ações. O alerta foi levantado ontem por ambientalistas que, apesar de satisfeitos com o fato de as Adins refletirem as críticas que o setor vem fazendo desde que a tramitação da lei começou, temem um cenário de insegurança - OESP, 23/1, Vida, p.A18.
Tamoios terá 2a. pista com 21,5 km na serra do Mar
Para atenuar o impacto ambiental, os 21,5 km do trecho de serra da nova pista da rodovia dos Tamoios (SP) serão totalmente descolados do trajeto atual. A simples duplicação da estrada existente causaria um impacto ambiental gigantesco na mata atlântica que está dentro do Parque Estadual da Serra do Mar, o que tornaria impossível obter as licenças ambientais. Diante disso, a Dersa optou por fazer grandes túneis durante todo o trecho de transposição da serra do Mar. Dos 21,5 km totais, 12,6 km serão de túneis e 2,5 km de viadutos. Haverá túneis menores, paralelos aos principais, para serem usados como rotas de fuga. Apesar do esforço em fazer um projeto com pouco impacto, a nova Tamoios, no trecho de serra, deverá afetar 188 hectares. Desse total, 56 hectares estão em áreas ainda bem preservadas da mata atlântica - FSP, 23/1, Cotidiano, p.C1.
Energia
Usinas a carvão temem perder prazo para cumprir regra
Segundo a indústria do carvão, o governo vem protelando desde o ano passado uma conversa considerada crucial para as empresas definirem investimentos em usinas que precisam passar por modernização. A questão principal é que, no ano passado, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou uma resolução que obriga as usinas que usam carvão a serem mais eficientes. Isso significa que elas terão de gerar mais energia com a mesma quantidade de carvão. Antes de começar a investir, essas empresas esperam que o governo defina alguns detalhes que não estavam previstos pela resolução, como a forma pela qual essa energia extra, obtida pela maior eficiência, poderá ser comercializada - FSP, 23/1, Mercado, p.B3.
Risco de seca agora vai pesar na conta de luz
Apesar de ter as tarifas reduzidas a partir do mês que vem, com a prorrogação dos contratos de concessão, o consumidor terá de arcar com um novo custo na conta de luz: o "risco hidrológico". O termo indica um gasto extra que ocorre principalmente em épocas de seca, quando a produção das hidrelétricas diminui e a empresa é obrigada a comprar energia no mercado livre (cujos preços não são regulados) para honrar seus compromissos com os clientes. Nos contratos antigos, as elétricas tinham uma remuneração maior pelo serviço prestado. Por isso, ficava a cargo delas arcar com o custo da compra de energia se houvesse dificuldade para cumprir os compromissos. Com a renovação das concessões, o consumidor passará a assumir essa conta maior se for preciso comprar mais energia no mercado livre - FSP, 23/1, Mercado, p.B3.
O custo do gás natural
"O Brasil nunca precisou tanto de gás natural. Com a situação crítica dos reservatórios das hidrelétricas em todas as regiões do País, a saída para evitar o racionamento tem sido o uso intenso da energia gerada por termoelétricas movidas a gás natural, a diesel ou a óleo combustível. Com o rigoroso inverno no Hemisfério Norte e altas temperaturas registradas no Brasil e outros países tropicais, o consumo de gás natural vem em constante crescimento, pressionando os preços. O produto está cotado em US$ 18 por milhão de BTUs (unidade térmica de referência)", editorial - OESP, 23/1, Notas e Informações, p.A3.
Política Socioambiental
Apreensão no campo
"Com os povos indígenas do Brasil, Kátia Abreu, senadora e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), tem tido uma raivosa e nefasta atuação. Ela vem agindo junto ao governo para que as condicionantes impostas pelo Supremo no julgamento da área indígena Raposa Serra do Sol sejam estendidas, de qualquer forma, aos demais procedimentos demarcatórios. Até mesmo com relação à terra do povo xavante de Marãiwatsèdè, ao norte do Mato Grosso, que ganhou em todas as instâncias do Judiciário o reconhecimento de que são terras indígenas, Kátia Abreu assinou nota, como presidente da CNA, xingando os índios de 'invasores'. As lideranças camponesas e indígenas estão muito apreensivas com o estranho poder econômico, político, classista, concentracionista e cruel detido por essa mulher que, segundo dizem, está para ser ministra de Dilma Rousseff", artigo de dom Tomás Balduino - FSP, 23/1, Tendências/Debates, p.A3.
O discurso de Obama
"Questões ambientais foram as que receberam o maior destaque no discurso, num desafio direto àqueles que são céticos em relação aos efeitos do aquecimento global, que dizem que o uso de 'energia limpa' pode custar milhares de empregos e que defendem a indústria do petróleo. O desempenho de Obama nesse quesito, no primeiro mandato, foi decepcionante. Graças também a políticos democratas cuja base de apoio se encontra em Estados produtores de carvão, ele não conseguiu aprovar uma legislação que reduzisse a emissão de gases de efeito estufa. Obama quer que o governo federal seja exemplar na contenção da poluição. Será criada uma agência de proteção ambiental para reduzir as emissões de gases de usinas elétricas que usam carvão, e o governo pretende impor novos padrões de uso de energia em edifícios", editorial - OESP, 23/1, Notas e Informações, p.A3.
Marina diz que não fará concessões por nova sigla
De olho na disputa presidencial de 2014, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva reuniu-se ontem com apoiadores em São Paulo para discutir a criação de um novo partido político. O encontro, que reuniu cerca de 350 pessoas, foi organizado pelo Movimento por uma Nova Política, que surgiu em 2011, quando Marina deixou o PV após desentendimentos. O nome e o programa do partido ainda não foram definidos e serão discutidos em reunião marcada para o dia 16 de fevereiro. Para que a nova sigla participe da disputa em 2014, será preciso reunir 500 mil assinaturas até outubro. Durante o encontro, Marina descartou fazer concessões para receber em sua nova sigla lideranças partidárias que não se alinhem com o ideário do movimento que a apoia - FSP, 23/1, Poder, p.A9.
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FONTE : Manchetes Socioambientais, Boletim de 23/jan/2013.
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