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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

MANCHETES SOCIOAMBIENTAIS - 14/jan/2013

Poluição pelo uso de térmicas já é maior que a do desmatamento
O uso prolongado das usinas térmicas, que começaram a ser acionadas em outubro para preservar os níveis dos reservatórios das hidrelétricas, que estão em patamares críticos, já provocou a emissão de mais de 16 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) equivalente até o último dia 10. Apenas entre outubro e dezembro do ano passado, o total de CO2 despejado pelas termelétricas na atmosfera chegou a 15,3 milhões de toneladas, de acordo com a consultoria WayCarbon. De acordo com Tasso Rezende Azevedo, consultor em sustentabilidade do Ministério do Meio Ambiente, além de ser o maior volume de gases de efeito estufa já produzido pelas térmicas em um único ano, as emissões totais de CO2 da geração de energia no país deverão superar, pela primeira vez, em 2012, as emissões provocadas pelos desmatamentos - O Globo, 12/1, Economia, p.24.

Sistema elétrico brasileiro depende cada vez mais das condições climáticas
Com as represas em baixa e chuvas ainda escassas, o risco de um novo racionamento voltou a rondar a vida dos brasileiros, apesar de o governo federal afirmar que vai garantir o abastecimento com a operação das térmicas. Um dos principais motivos da maior fragilidade do sistema nacional está nas restrições para construir hidrelétricas com reservatório. Por questões ambientais, as grandes usinas que estão sendo construídas Brasil afora são a fio d'água e não têm represa para guardar água, a exemplo das Hidrelétricas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio. Isso significa que o País está perdendo capacidade de poupança para suportar períodos com hidrologia desfavorável, como agora. "Temos de contar com a natureza", diz o diretor da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa - OESP, 13/1, Economia, p.B1.

E o vento virou
Problemas de estrutura e atrasos em obras federais estão impedindo a operação de usinas eólicas, afetando investimentos e onerando os custos do setor no Brasil. Hoje, por exemplo, há 26 parques eólicos prontos no Rio Grande do Norte e na Bahia, mas todos estão fora de operação porque o governo federal ainda não instalou linhas de transmissão para levar a energia produzida ao consumidor. Esses parques ociosos têm um total de 622 MW de potência instalada - FSP, 13/1, Mercado, p.B3.

Para não contar só com chuva
Em alguns anos, uma nova usina do porte de Belo Monte poderá surgir no sistema elétrico brasileiro sem que uma árvore sequer seja derrubada e nenhum índio seja incomodado. Por meio do Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel), ligado ao sistema Eletrobras, o governo brasileiro vem se preparando para, a partir de 2016, começar a adotar um nível de tensão da energia mais elevado em novos ramais de transmissão. Com isso, será possível acelerar o fluxo de energia pelo sistema, conter perdas no seu transporte e, possivelmente, até reduzir o preço das tarifas por esses ganhos de eficiência. O Cepel trabalha também para fazer circular mais energia pelos fios já existentes, mediante ajustes tecnológicos - O Globo, 13/1, Economia, p.35.

Pela culatra
"A constatação de que é inexorável o Brasil depender mais de termelétricas ajuda a consolidar um grande paradoxo. Pois o fato deriva, em grande parte, de pressões de ambientalistas contrários a grandes usinas hidrelétricas com reservatórios. Sem eles, não há áreas inundadas, mas também acaba a margem de manobra de se armazenar energia em forma de água. Não choveu, térmicas precisam ser logo acionadas. E devem ficar ligadas o ano todo, a depender do crescimento da economia. Mas assim, troca-se a fonte hidráulica, limpa, por carvão e gás, poluidores. Tiro no pé de ambientalistas", editorial - OESP, 12/1, Economia, p.24.

Erros de energia
"Nas crises, aparecem todos os lobbies de volta. O setor elétrico é fragmentado em interesses os mais diversos. Já apareceram defensores de se refazer o projeto de Belo Monte na forma original, com cinco hidrelétricas que inundariam uma enormidade no meio da mata. E há sempre os que defendem a nuclear. Reapareceram também defensores de usinas a carvão, que é a mais suja das fontes de energia, e os projetos que foram abandonados depois de 2009 eram em sua maioria dependentes de um carvão importado da Colômbia. Se chover muito, acima da média, nos pontos certos de Minas Gerais, o Brasil poderá respirar aliviado, mas o país não pode ir de susto em susto. Precisa diversificar sua matriz com uma inclinação a favorecer as fontes mais limpas, não por exigência de movimentos ambientais, mas porque isso é mais sensato em tempos de mudança climática", artigo de Míriam Leitão - O Globo, 13/1, Economia, p.36.

Energia elétrica garantida
"A energia necessária ao país para os próximos anos está contratada. Os investimentos em novas obras de geração e de transmissão avançam. Em 2012, pusemos em operação 3.548 megawatts (MW) e 2.777 km de linhas de transmissão. Estão em construção 42 mil MW e, em 2013, deverão entrar em operação cerca de 8.500 MW e 7.800 km de novas linhas. Temos o desafio de, nos próximos dez anos, dobrar a nossa capacidade instalada de energia elétrica, hoje de 121 mil MW. Para vencê-lo, temos que perseverar na implantação de novas usinas, na ampliação da transmissão e distribuição, no avanço dos programas de eficiência energética, no estímulo às fontes alternativas e na implementação de melhorias contínuas no sistema, tendo como base os pilares da segurança, da universalização do atendimento e da modicidade tarifária", artigo de Edison Lobão - FSP, 13/1, Opinião, p.A3.

Energia para competir
"Está em curso, dizem estudiosos, uma metamorfose na produção global de energia, com epicentro nos EUA. Técnicas de mineração para extrair gás e petróleo de uma classe de rochas, o xisto, obtêm combustível em larga escala e a preços ultracompetitivos. Dotados de grandes reservas desse recurso, os EUA caminhariam depressa para a autossuficiência energética. Se o vaticínio estiver correto, uma série de repercussões importantes vai derivar dessa transformação. Intervenções armadas para assegurar o suprimento energético da superpotência ocidental tendem a diminuir. A substituição de combustíveis fósseis por fontes renováveis vai dilatar-se no tempo. O debate ambiental tende a acirrar-se, pois a nova vantagem econômica conferida ao gás natural e ao petróleo estimulará as emissões de gás carbônico -sem mencionar o caráter aparentemente mais predatório da mineração do xisto", editorial - FSP, 14/1, Opinião, p.A2.


Mudanças Climáticas

Controle de emissões pode baixar em 65% impacto de aquecimento
Medidas rígidas para controlar as emissões de gases-estufa e manter o aumento de temperatura em 2o C até 2100 podem reduzir em até 65% os impactos do aquecimento global, como enchentes e perda de produtividade nas lavouras, indica um dos mais abrangentes estudos já feitos sobre o tema. Levando em consideração uma quantidade sem precedentes de variáveis, um grupo de cientistas liderado pela Universidade de Reading, no Reino Unido, fez simulações em computador para ver o que esperar de cada um desses cenários. Em um ambiente com medidas severas para reduzir as emissões, o impacto das consequências é reduzido entre 20% e 65%, dependendo da área considerada. Algumas delas, inclusive, podem ser evitadas por várias décadas. A pesquisa foi publicada na revista "Nature Climate Change" - FSP, 14/1, Cotidiano, p.C10.

Eventos climáticos extremos se intensificam
O ano de 2012 provavelmente ficará na história como um período de eventos climáticos extremos, tendência que tem se mantido nas primeiras semanas de 2013. A China vem enfrentando o pior inverno dos últimos 30 anos; a Austrália sofre com queimadas por todo o país e teve nos quatro últimos meses de 2012 os dias mais quentes da sua história; o Paquistão foi inundado por enchentes inesperadas em setembro; o Brasil teve uma de suas primaveras mais quentes e, nos EUA, o último ano teve a temperatura média mais alta na parte continental. No Brasil, ainda não há dados consolidados sobre a temperatura média do ano passado, mas, para José Marengo, pesquisador do Inpe, os dados até agora apontam uma situação parecida com a dos EUA. "Em 2012, especialmente a partir de setembro, batemos recordes de temperatura." - FSP, 12/1, Ciência, p.C8.

Poluição atmosférica na capital Pequim atinge níveis críticos
Autoridades chinesas pediram aos habitantes de Pequim, principalmente idosos e crianças, que permanecessem em suas casas após o nível de poluição do ar na capital atingir níveis alarmantes. Estima-se que o ar de Pequim tenha chegado ao seu pior estado de qualidade desde que medições começaram a ser feitas, no ano passado. O órgão municipal responsável por fazer esse monitoramento anunciou que a situação continuará preocupante nos próximos dias. Segundo especialistas, a alta poluição chinesa deve-se a sua rápida industrialização, ao uso excessivo de carvão, ao crescimento explosivo da compra de carros e ao desrespeito às leis ambientais. Em Pequim, as autoridades culparam a neblina e a falta de vento pela alta concentração de poluentes atmosféricos - FSP, 13/1, Mundo, p.A13.

Parede de poeira toma a costa australiana
Uma gigantesca parede de pó avermelhado engoliu parte do litoral ocidental da Austrália, no rastro de uma série de fenômenos climáticos que incluem incêndios florestais intensos após uma onda de calor sem precedentes e a chegada do primeiro ciclone da temporada. A tsunami de poeira chegou acompanhada de ventos de até 120 quilômetros por hora, e o tempo seco aumentou o impacto do fenômeno. O Escritório de Meteorologia do governo australiano explicou à imprensa local que a parede de pó se formou depois que a combinação de vento e chuva fez levantar areia e poeira. A Austrália chegou a registrar temperaturas de 48,2 graus Celsius - O Globo, 12/1, Mundo, p.30.

Raios e trovoadas
"Ninguém precisa ser meteorologista para prever que a mudança do clima produzirá um dilúvio de notícias em 2013, após a estiagem criada pela alta pressão conservadora. Com exceção de 1998, os dez anos mais quentes da história foram registrados neste século. O de 2012 foi o mais escaldante dos EUA, castigado pelo furacão Sandy em outubro. Em setembro, o oceano Ártico bateu o recorde de menor extensão da calota de gelo em sua superfície. Economias como China, Índia e Brasil devem crescer com mais vigor neste ano e, em breve, contribuirão mais que o mundo rico para agravar o esfeito estufa. Será obrigatória sua participação, como exigem os ianques, em qualquer esforço para domar o aquecimento global. Isso, claro, se nenhum raio lançar esses países, ou a economia mundial, nas trevas", artigo de Marcelo Leite - FSP, 12/1, Opinião, p.A2.

O mercado e a mãe natureza
"Sempre que ouço a palavra 'abismo', lembro-me de uma coisa que John Holdren, o consultor de ciência do presidente Barack Obama, costumava dizer sobre como precisamos responder à mudança climática pois ninguém pode prever quando ela dará uma rápida guinada em seu curso. 'Estamos guiando para um abismo em meio à neblina', disse Holdren sobre o clima, e esse é um bom momento 'para começar a pisar no freio'. Aliás, quando se pensa na quantidade de dívida financeira que acumulamos no mercado e em quanto carbono colocamos na atmosfera, a coisa mais sábia que poderíamos fazer hoje, como país, é começar a pisar no freio. A verdade é que estamos provocando as duas forças mais poderosas e implacáveis do planeta, o mercado e a mãe natureza, ao mesmo tempo", artigo de Thomas L. Friedman - OESP, 12/1, Internacional, p.A14.


Povos Indígenas

Para desocupar área no Rio, índios querem receber aluguel social
Os índios que ocupam a antiga sede do museu do Índio, no Maracanã, querem que o governo estadual proponha por escrito que as 23 famílias deixem o local. Algumas vivem lá desde 2006. Segundo o cacique Carlos Tukano, funcionários da Emop (Empresa de Obras Públicas) disseram que eles poderiam receber aluguel social (de R$ 400 a R$ 500), mas a proposta não foi formalizada. Na sexta à noite o imóvel foi cercado por policiais do Batalhão de Choque, à espera de uma ordem judicial para a desocupação. A ordem não chegou e os policiais deixaram o local no sábado. A demolição está no pacote de obras do Maracanã para a Copa do Mundo. Segundo o governo, só a partir de hoje será decidido como será a retirada das famílias. A secretaria não informou sobre a hipótese de aluguel social - FSP, 14/1, Cotidiano, p.C3; O Globo, 13/1, Rio, p.31; OESP, 13/1, Metrópole, p.C4; FSP, 13/1, Cotidiano, p.C10.

Crime reacende polêmica indígena no Chile
O assassinato de um casal de latifundiários - vítima de um ataque incendiário na localidade de Vicún, 680 km ao sul de Santiago - fez com que o conflito indígena no Chile fosse alçado a seu momento mais complexo nos últimos cem anos. O inédito nível de brutalidade do crime impulsionou a classe política a buscar um acordo nacional para frear a violência entre mapuches e agricultores pelo controle das terras na região de Araucanía. Das 1.798 comunidades, 42 estão em conflito. Os indígenas reclamam suas terras ancestrais, o direito ao uso da água, autonomia e a proteção de seus lugares sagrados - O Globo, 13/1, Mundo, p.42.

Dois pesos e duas medidas
"A partir de agora, o silêncio passará a reinar na antiga fazenda Suiá Missú, convertida na terra indígena Marãiwatsédé. Nada do que lá estiver acontecendo poderá ser apurado de forma isenta. Se essa desintrusão vai, na verdade, melhorar a vida dos índios, garantindo-lhes atenção aos problemas sociais, de saúde, educação e saneamento, passa a ser uma grande incógnita. Qualquer cobertura jornalística na tribo será limitada pela Fundação Nacional do Índio, pois terra indígena não pode sequer ser objeto de reportagem sem prévia autorização da Funai. Passa a vigorar, ali, a censura implantada pelos que dizem defender os direitos humanos. Os mesmos que silenciam diante da agonia dos agricultores convertidos em sem-terra, que amargam a indiferença, amontoados em abrigos improvisados", artigo de Kátia Abreu - FSP, 12/1, Mercado, p.B7.


Áreas Protegidas

Após seis dias, fogo é controlado na Chapada Diamantina
O incêndio que atingia a Chapada Diamantina (BA) há seis dias foi controlado neste final de semana, informou o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). Apesar de praticamente debelado, o fogo foi responsável por uma "tragédia ambiental" na região, na definição do órgão federal. Antes do final de semana, o incêndio já havia consumido ao menos mil hectares de vegetação, o equivalente a área de seis parques Ibirapuera (SP). Também chegou a ameaçar cidades e pontos de visitação famosos pelo turismo ecológico - FSP, 14/1, Cotidiano, p.C9; FSP, 12/1, Cotidiano, p.C4; OESP, 12/1, Vida, p.A20.

Justiça suspende licença ambiental
O projeto que prevê a construção de um novo autódromo internacional em Deodoro, no Rio de Janeiro, com inauguração marcada para 2015, sofreu na última sexta-feira uma derrota na Justiça. A juíza Simone Lopes da Costa, da 10ª Vara de Fazenda Pública, concedeu liminar, a pedido da promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público, suspendendo o licenciamento ambiental do empreendimento. A magistrada acatou a tese do MP de que, uma vez que o empreendimento está projetado numa área de preservação ambiental, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) jamais poderia ter autorizado o projeto sem a apresentação prévia de um Estudo de Impacto Ambiental (Eia-Rima) - O Globo, 14/1, Rio, p.7.


Geral

Madeira brasileira atrai estrangeiros
Investir em madeira brasileira pode render mais que uma aplicação em ouro e ser mais interessante que os papéis do Tesouro americano. O anúncio parece exagerado. Mas é a mensagem que dezenas de fundos de investimento estão lançando em países ricos, em busca de pessoas interessadas em aplicar seu dinheiro. A indefinição sobre o Código Florestal no Brasil e obstáculos legais chegaram a causar uma fuga de investimentos no setor, com cálculos que apontam que até US$ 6 bilhões teriam deixado de ser investidos no País nos últimos anos. Ainda assim, diante das perspectivas, empresas estrangeiras da Suécia, EUA e vários outros países prometem a seus clientes no exterior um retorno de 5% a 14% para quem investir, sempre com a promessa de que a gestão do produto será feita de acordo com as leis ambientais locais - OESP, 13/1, Vida, p.A22.

Lixo do litoral norte viaja 160 km até aterro
Em Juquehy, praia nobre do litoral norte de São Paulo, um saco de lixo demorava pelo menos seis horas para ser recolhido pela equipe de limpeza na última quinta. Muitas vezes, o quadro se repete em Caraguatatuba, Ilhabela e Ubatuba. Na região, o acúmulo de lixo chega a ficar dramático no verão -a quantidade de resíduos triplica em algumas praias. A situação se repete há, pelo menos, cinco anos: as quatro cidades não têm um plano de gestão de resíduos sólidos eficiente, nem locais credenciados para implantar aterros sanitários. Com isso, gastam milhões de reais para "exportar" o lixo serra acima, até um aterro no município de Tremembé -uma viagem de cerca de 160 km para aquele saco que aguardava em Juquehy. Esse processo chega a custar R$ 60 milhões por ano para as quatro cidades, de acordo com o projeto Litoral Sustentável do Instituto Pólis - FSP, 14/1, Cotidiano, p.C1.

Brasil debate acordo para banir mercúrio na próxima década
O governo brasileiro vai impor condições para aceitar um acordo internacional para banir o uso do mercúrio no garimpo e quer garantias de que prazos sejam criados para o estabelecimento de programas e financiamento para que pequenos mineradores possam abandonar o produto. O tema começa a ser debatido amanhã, em Genebra, na última rodada de negociações na ONU para a criação de um tratado que controle o uso do mercúrio, seja na mineração ou na indústria. O Brasil defenderá um período de transição, entre 2020 e 2025, até que o químico seja banido, enquanto países ricos insistem que sua proibição deve ocorrer já em 2020. Há um consenso de que as emissões geradas pelo mercúrio precisam ser limitadas. Para a ONU, o mercúrio está entre os dez químicos mais ameaçadores para a saúde humana e o ambiente - OESP, 12/1, Vida, p.A20.

O censo do império
Num Brasil imperial de dimensões continentais e grandes desafios logísticos, o primeiro levantamento populacional foi realizado com sucesso em 1872, como parte das políticas inovadoras de D. Pedro II. O recenseamento é considerado, mesmo para os padrões atuais, bastante completo: traz o único registro oficial da população escrava nacional, os imigrantes separados por nacionalidade e faz ainda um inventário inédito dos grupos indígenas. Agora, pela primeira vez, ele teve as contas (originalmente feitas a mão) corrigidas e está disponível na internet, facilitando o cruzamento de dados do passado e do presente, revelando as intensas modificações pelas quais o país passou nesses 141 anos. Os dados estão disponíveis em http://www.nphed.cedeplar.ufmg.br/ - O Globo, 12/1, História, p.31.

Mudança promissora
"Uma revolução silenciosa, e ainda extremamente lenta, vem redefinindo o padrão de compras da administração pública brasileira, com a criação de mercados de produtos e serviços sustentáveis. De acordo com o Portal de Compras do Governo Federal foram adquiridos de janeiro a novembro de 2012 aproximadamente R$ 29,4 milhões em bens e serviços com critérios ambientais (200% mais que em 2010) e hoje já são mais de 750 itens cadastrados como sustentáveis no Sistema Federal de Catalogação de Material. Existe ainda um longo caminho a perseguir. O montante de compras públicas federais de produtos e serviços sustentáveis representa apenas 0,1% do total, o equivalente a R$ 29,1 bilhões. Esse volume ainda tímido revela um enorme potencial de oportunidades para os negócios verdes no curto prazo", artigo de Mariana Meirelles - O Globo, 14/1, Opinião, p.15.                

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FONTE : Manchetes Socioambientais, Boletim de 14/jan/2013.

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