O Comando Ambiental da Brigada Militar (CABM) recoloca na tarde desta quinta-feira a barreira de contenção no Rio dos Sinos, em Novo Hamburgo, instalada na tarde de ontem junto à prainha Vitor Mateus Teixeira, mas que foi rompida pela correnteza da água. Conforme o comandante da Companhia Ambiental da Região Metropolitana, capitão Rodrigo Gonçalves dos Santos, o objetivo da contenção é mensurar a quantidade de peixes mortos desde o início da manhã da quarta-feira.
Até agora, não foi possível apurar o número de animais que morreram, mas conforme Gonçalves dos Santos o problema desta semana não pode ser comparado com o acidente ambiental de 2006, quando um tapete de peixes mortos, com aproximadamente 90 toneladas, cobriu o Rio dos Sinos.
Com relação à mortandade registrada no início de novembro, o oficial afirma que ela ocorreu de maneira concentrada em uma faixa menor do rio, mas desde ontem foi verificada a morte de peixes em um trecho de 30 quilômetros. “Ontem a situação pior era entre Sapiranga e Parobé e nesta quinta-feira o ponto crítico está entre Campo Bom e São Leopoldo”, afirmou.
O capitão Rodrigo salienta que além da própria tragédia da mortandade, muitos outros animais deixaram de nascer, pois esse é o período da reprodução de diversas espécies (piracema), quando os peixes sobem o rio para a desova.
O CABM está com um efetivo de oito policiais militares trabalhando no Rio dos Sinos e ontem realizou um sobrevoo com helicóptero do Batalhão de Aviação da BM. Será solicitado à prefeitura de Novo Hamburgo que remova os peixes mortos do rio.
A causa da morte poderá ser identificada a partir de exames laboratoriais contratados pelo Ministério Público, uma das instituições que acompanha o problema ao lado do CABM, Fepam, Delegacia de Proteção do Meio Ambiente e secretarias de Meio Ambiente de Novo Hamburgo, São Leopoldo e Campo Bom.
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FONTE : Correio do Povo, 2/12/2010.
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