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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

ENERGIA LIMPA : Projeto pode chegar a 1,2 mil residências

Agricultores transformam dejetos de suínos em alternativa energética. Um projeto que servirá de modelo para a geração de energia limpa em Santa Catarina. Os produtores rurais Nelson e Maria Salete Pasqual, do município de Videira, na região Meio-Oeste, serão os primeiros catarinenses a vender energia elétrica produzida a partir da fermentação de dejetos de suínos.

Atualmente, toda a energia produzida na propriedade dos Pasqual é utilizada nas quatro granjas da família. A iniciativa está gerando economia para os produtores e trará lucros no futuro. Um contrato já foi assinado com a Celesc para a comercialização do excedente, que poderá abastecer até 1,2 mil residências. Isso deve ocorrer a partir de janeiro.

A venda para a Celesc pode garantir um ganho de até R$ 25 mil mensais à família. Além disso, trará benefícios ao meio ambiente, com a diminuição de emissão do gás poluente metano.

Estes benefícios devem compensar o investimento de R$ 3,5 milhões feito na propriedade desde 2004. Os equipamentos comprados com este dinheiro garantiram à Granja São Roque o posto de terceira do país a ter autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a comercialização deste tipo de energia.

Para a produção energética, são utilizados dejetos de 47 mil suínos. Tudo vai para uma central de fermentação, e o gás resultante desse processo, o metano, é canalizado para alimentar os geradores.

– Todo esse gás era eliminado na natureza e provocava a destruição da camada de ozônio. Agora, com a produção de energia, teremos um retorno imediato – observa Nelson.

A alternativa serve de modelo para a Celesc, que incentiva a produção de energia limpa. O engenheiro eletricista da Celesc Geração André Milanezi explica que a empresa pretende lançar outros leilões para compra de energia limpa. Foi por um processo como esse que a energia gerada na granja poderá ser distribuída para qualquer parte do país.

– Como a energia é de fontes alternativas, existem incentivos do governo do Estado. A empresa que comprar essa produção, por exemplo, poderá ter subsídios – revela.
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FONTE : DAISY TROMBETTA (DIÁRIO CATARINENSE, edição de 10/11/2010).

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