Em sobrevoo pelo Maranhão, Greenpeace documenta retirada ilegal de madeira no interior de terra indígena. Problema é recorrente por ali.
Que o desmatamento está caindo, ninguém nega. Mas os velhos problemas da Amazônia estão bem longe de serem solucionados. Num sobrevoo feito esta semana pelos estados do Pará, Mato Grosso e Maranhão, o Greenpeace avistou e documentou a retirada ilegal de madeira da Terra Indígena Caru. Coisa comum por aquelas bandas.
Situada no município de São João do Caru, no noroeste maranhense, a TI foi criada em 1982 e de lá pra cá assistiu ao avanço veloz do desmatamento em suas bordas. Junto a uma reserva biológica e outras duas terras indígenas, a área é uma ilha de floresta – apesar de boa parte já estar degradada – em meio à devastação. Mas sua proteção oficial não tem freado a pressão de fazendas e madeireiras. Pelo menos 9% da mata já foram derrubados ali dentro, um total de 15 mil hectares.
A equipe do Greenpeace fotografou, no interior da TI, dois caminhões carregados de toras e um acampamento improvisado. De cima, é possível enxergar algumas estradas abertas para escoar madeira e desmatamentos já consolidados. Nesta sexta-feira foi encaminhada uma denúncia ao Ibama e à Funai, para que tomem as devidas providências.
No ano passado, agentes desses órgãos já haviam se deparado com atividades madeireiras nas terras indígenas da região. Durante a Operação Arco de Fogo, agentes da Polícia Federal, Força Nacional de Segurança e Polícia Rodoviária Federal apreenderam toras e maquinários, fecharam serrarias e embargaram empresas. Mas foi a fiscalização virar as costas e o problema já estava lá de novo.
O Greenpeace denuncia a continuidade da atividade madeireira na Terra Indígena Caru e solicita aos órgãos competentes que tomem as devidas medidas para proteger a área. Que seja feita a devida fiscalização, a apreensão da madeira e identificação e punição dos infratores.
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FONTE : (Envolverde/Greenpeace)
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