Vídeos investigativos revelam abusos e torturas praticados contra animais na indústria de extração de lã
17 de julho de 2014
Por Ana Rita Negrini Hermes (da Redação da ANDA)
Uma gravação com câmera escondida em uma investigação secreta realizada pela ONG PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) revelou os maus-tratos disseminados aos animais, incluindo chutes, pisoteadas e feridas abertas na pele, orelhas e pênis de carneiros e ovelhas em indústrias de extração de lã na Austrália e nos Estados Unidos. As informações são da NBC News.
“A investigação profunda da PETA mostra que – não importa o quanto alguém queira que seja assim – não há tal coisa como lã utilizada de forma humanizada”, disse Nachminovitvh, uma alta dirigente da PETA que também afirmou que seu grupo está pedindo aos consumidores para não usarem roupas feitas de lã. “A indústria está infestada de violência e a crueldade documentada pela PETA está em todos os galpões de tosquia que nós entramos”.
A PETA também disse acreditar que empresas americanas específicas provavelmente compraram lã produzida pelos ranchos visitados pelos investigadores na Austrália e nos Estados Unidos, mas a NBC News não conseguiu comprovar que as empresas mencionadas tivessem comprado o produto diretamente destes ranchos.
Na Austrália, a PETA enviou investigadores disfarçados para 19 diferentes galpões de tosquia, gerenciados por nove contratantes diferentes em três estados, entre o final de 2012 e março de 2014. O país é a fonte de cerca de 20% da lã mundial, incluindo 80% da lã merino. A ONG estima que empresas que ela investigou podem ser responsáveis por mais de 5% da produção anual da Austrália.
A PETA declara que na Austrália trabalhadores de diversos estabelecimentos chutaram, pisotearam ou ficaram sobre as cabeças dos animais e de seus membros traseiros, perfuraram ou bateram nas ovelhas com as tesouras. Um trabalhador presumivelmente bateu na cabeça de uma ovelha com um martelo. Os trabalhadores de cinco empresas, conforme se alega, jogavam as ovelhas ou batiam com suas cabeças e corpos contra o chão.
Quando a tosquia cortava a carne das ovelhas, a PETA diz que os trabalhadores não deram analgésicos antes de dar pontos nos ferimentos. Um vídeo de cinco minutos fornecido para a NBC News pela PETA mostra os alegados incidentes de maus-tratos em seis dos ranchos australianos.
Um representante de um grupo sem fins lucrativos, composto de mais de 27 mil criadores de ovelhas, defendeu o padrão de cuidado nos ranchos australianos. “Os criadores de ovelha australianos cuidam genuinamente da saúde e bem-estar dos seus animais, então o comportamento alegado é muito preocupante,” disse Michelle Lee, da Inovação Australiana de Lã.
Nos Estados Unidos, que produzem uma pequena percentagem da lã mundial e é importador do produto, um investigador da PETA trabalhou disfarçado para uma empresa por sete semanas, entre a metade de março e a metade de maio de 2014. O investigador visitou 25 ranchos no Wyoming, Colorado, Utah e Nebrasca durante o tempo em que trabalhou para a empresa de tosquia e alegou ter testemunhado crueldade animal cometida por três tosadores do estabelecimento e por dois rancheiros em 14 dos ranchos com os quais a empresa trabalhava.
A PETA pediu às autoridades locais, em dois condados do Colorado, que registrassem queixa contra um tosador específico por causa dos alegados atos de abuso testemunhados em dois ranchos. O investigador disse que viu o funcionário dobrar e girar os pescoços dos animais, pisar em seus pescoços e membros e enfiar seus dedos em seus olhos no rancho Zahniser, no condado de Montrose e em um rancho no condado de Moffat, ambos no Colorado.
Ele também alegou que no rancho Zahniser o tosador cortou uma tira de pele de cerca de dez centímetros da orelha de uma ovelha sem oferecer nenhum analgésico. No rancho no condado de Moffat, o investigador diz ter testemunhado o mesmo tosador girar o pescoço da ovelha tão severamente que o animal deve ter morrido. No vídeo, pode-se escutar uma voz dizendo, “Eu posso tê-la matado.”
Um vídeo de cinco minutos feito nos Estados Unidos e fornecido a NBC News pela PETA mostra alegados incidentes de abuso em oito ranchos, incluindo o que a PETA diz ser um carneiro reprodutor doente que foi deixado para morrer durante a noite em um trailer e imagens adicionais de ovelhas que tiveram grandes machucados devido à tosquia.
Mensagens deixadas no rancho Zahniser e nos do condado de Moffat não foram respondidas e a empresa de tosquia não respondeu de imediato ao pedido de comentários.
Sem ver o vídeo da PETA feito nos Estados Unidos, um representante do maior grupo comercial da indústria da lã nos Estados Unidos, o Conselho Americano da Lã, disse que o comportamento descrito pela PETA era “inaceitável.”
A organização enviou o vídeo e reclamações escritas para as autoridades dos condados de Montrose e Moffat. O tenente Gary Jackson do Escritório do Xerife do Condado de Montrose disse que preparou um relatório e enviou ao promotor público para revisão. “Eu não vi nada no vídeo que esteja fora da norma para aquela indústria, “ disse o tenente Jackson. O promotor público não respondeu de imediato ao pedido de comentários.
Mas o xerife Tim Jantz do Condado de Moffat disse que o conteúdo do vídeo “é altamente preocupante e nós o estamos levando muito seriamente. Nós imediatamente iniciamos uma investigação e esta investigação está em andamento. Se nossa investigação mostrar que os fatos são justificados, nós faremos a apropriada acusação criminal.”
Uma gravação com câmera escondida em uma investigação secreta realizada pela ONG PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) revelou os maus-tratos disseminados aos animais, incluindo chutes, pisoteadas e feridas abertas na pele, orelhas e pênis de carneiros e ovelhas em indústrias de extração de lã na Austrália e nos Estados Unidos. As informações são da NBC News.
“A investigação profunda da PETA mostra que – não importa o quanto alguém queira que seja assim – não há tal coisa como lã utilizada de forma humanizada”, disse Nachminovitvh, uma alta dirigente da PETA que também afirmou que seu grupo está pedindo aos consumidores para não usarem roupas feitas de lã. “A indústria está infestada de violência e a crueldade documentada pela PETA está em todos os galpões de tosquia que nós entramos”.
A PETA também disse acreditar que empresas americanas específicas provavelmente compraram lã produzida pelos ranchos visitados pelos investigadores na Austrália e nos Estados Unidos, mas a NBC News não conseguiu comprovar que as empresas mencionadas tivessem comprado o produto diretamente destes ranchos.
Na Austrália, a PETA enviou investigadores disfarçados para 19 diferentes galpões de tosquia, gerenciados por nove contratantes diferentes em três estados, entre o final de 2012 e março de 2014. O país é a fonte de cerca de 20% da lã mundial, incluindo 80% da lã merino. A ONG estima que empresas que ela investigou podem ser responsáveis por mais de 5% da produção anual da Austrália.
A PETA declara que na Austrália trabalhadores de diversos estabelecimentos chutaram, pisotearam ou ficaram sobre as cabeças dos animais e de seus membros traseiros, perfuraram ou bateram nas ovelhas com as tesouras. Um trabalhador presumivelmente bateu na cabeça de uma ovelha com um martelo. Os trabalhadores de cinco empresas, conforme se alega, jogavam as ovelhas ou batiam com suas cabeças e corpos contra o chão.
Quando a tosquia cortava a carne das ovelhas, a PETA diz que os trabalhadores não deram analgésicos antes de dar pontos nos ferimentos. Um vídeo de cinco minutos fornecido para a NBC News pela PETA mostra os alegados incidentes de maus-tratos em seis dos ranchos australianos.
Um representante de um grupo sem fins lucrativos, composto de mais de 27 mil criadores de ovelhas, defendeu o padrão de cuidado nos ranchos australianos. “Os criadores de ovelha australianos cuidam genuinamente da saúde e bem-estar dos seus animais, então o comportamento alegado é muito preocupante,” disse Michelle Lee, da Inovação Australiana de Lã.
Nos Estados Unidos, que produzem uma pequena percentagem da lã mundial e é importador do produto, um investigador da PETA trabalhou disfarçado para uma empresa por sete semanas, entre a metade de março e a metade de maio de 2014. O investigador visitou 25 ranchos no Wyoming, Colorado, Utah e Nebrasca durante o tempo em que trabalhou para a empresa de tosquia e alegou ter testemunhado crueldade animal cometida por três tosadores do estabelecimento e por dois rancheiros em 14 dos ranchos com os quais a empresa trabalhava.
A PETA pediu às autoridades locais, em dois condados do Colorado, que registrassem queixa contra um tosador específico por causa dos alegados atos de abuso testemunhados em dois ranchos. O investigador disse que viu o funcionário dobrar e girar os pescoços dos animais, pisar em seus pescoços e membros e enfiar seus dedos em seus olhos no rancho Zahniser, no condado de Montrose e em um rancho no condado de Moffat, ambos no Colorado.
Ele também alegou que no rancho Zahniser o tosador cortou uma tira de pele de cerca de dez centímetros da orelha de uma ovelha sem oferecer nenhum analgésico. No rancho no condado de Moffat, o investigador diz ter testemunhado o mesmo tosador girar o pescoço da ovelha tão severamente que o animal deve ter morrido. No vídeo, pode-se escutar uma voz dizendo, “Eu posso tê-la matado.”
Um vídeo de cinco minutos feito nos Estados Unidos e fornecido a NBC News pela PETA mostra alegados incidentes de abuso em oito ranchos, incluindo o que a PETA diz ser um carneiro reprodutor doente que foi deixado para morrer durante a noite em um trailer e imagens adicionais de ovelhas que tiveram grandes machucados devido à tosquia.
Mensagens deixadas no rancho Zahniser e nos do condado de Moffat não foram respondidas e a empresa de tosquia não respondeu de imediato ao pedido de comentários.
Sem ver o vídeo da PETA feito nos Estados Unidos, um representante do maior grupo comercial da indústria da lã nos Estados Unidos, o Conselho Americano da Lã, disse que o comportamento descrito pela PETA era “inaceitável.”
A organização enviou o vídeo e reclamações escritas para as autoridades dos condados de Montrose e Moffat. O tenente Gary Jackson do Escritório do Xerife do Condado de Montrose disse que preparou um relatório e enviou ao promotor público para revisão. “Eu não vi nada no vídeo que esteja fora da norma para aquela indústria, “ disse o tenente Jackson. O promotor público não respondeu de imediato ao pedido de comentários.
Mas o xerife Tim Jantz do Condado de Moffat disse que o conteúdo do vídeo “é altamente preocupante e nós o estamos levando muito seriamente. Nós imediatamente iniciamos uma investigação e esta investigação está em andamento. Se nossa investigação mostrar que os fatos são justificados, nós faremos a apropriada acusação criminal.”
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