Em seu mais recente boletim, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) destacou que há sinais de que teremos a formação do fenômeno conhecido como El Niño em 2014, e que isso poderá resultar em altas temperaturas em todo o planeta, agravando os efeitos do aquecimento global.
“O El Niño possui um importante efeito de aquecimento nas temperaturas globais, como vimos durante o forte El Niño de 1998. Porém, somente dois dos últimos 15 anos apresentaram o fenômeno, e mesmo assim foram mais quentes do que a média. Assim, a combinação entre o aquecimento natural do El Niño com o aquecimento provocado pelos gases do efeito estufa resultantes das atividades humanas podem causar uma alta dramática nas temperaturas globais”, explicou Michel Jarraud, secretário-geral da OMM.
Segundo a entidade, a maioria dos modelos indica o desenvolvimento de um El Niño em meados de 2014, apesar de ainda ser muito cedo para confirmar a força do evento.
“Para junho e agosto, cerca de dois terços dos modelos predizem que as condições para o El Niño serão atingidas. Uma quantidade menor de modelos indica que isso pode acontecer ainda antes, em maio. Nenhum modelo prevê a ocorrência da La Niña em 2014”, afirma o boletim.
O El Niño é o aquecimento acima da média da temperatura da superfície do Oceano Pacífico na região equatorial, enquanto o La Niña é o resfriamento. Os dois fenômenos formam o chamado ciclo ENSO.
Para o Brasil, além da elevação das temperaturas, as consequências comuns do El Niño costumam ser a seca no Norte e o excesso de umidade no Sul.
A expressão El Niño é derivada do espanhol, e refere-se à presença de águas quentes na costa norte do Peru que costuma ocorrer na época de Natal. Os pescadores da região chamaram esse fenômeno de ‘Corriente de El Niño’ em referência ao Niño Jesus ou Menino Jesus.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
(CarbonoBrasil)
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