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Água
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A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que o abastecimento de água pelo sistema Cantareira não está garantido até março, como prevê a Sabesp. Izabella participou de reunião sobre o tema convocada pela ANA (Agência Nacional das Águas) com especialistas de instituições como USP e Unicamp. Segundo ela, estudos do Ministério da Ciência apontam que "não é possível fazer a afirmação de que vai chover no Cantareira". "É muito prematuro falar isso", disse. A Sabesp conta com chuvas a partir de outubro e com o "volume morto", reserva de água que fica abaixo do ponto de captação das represas, para alcançar essa meta, mas o governo federal avalia que a previsão é arriscada. A Sabesp afirmou que, graças a medidas adotadas, "garante o abastecimento até março de 2015" - FSP, 23/7, Cotidiano, p.C7; OESP, 23/7, Metrópole, p.A16. |
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Cinco meses após ter iniciado o "bombardeio" de nuvens para tentar fazer chover no Sistema Cantareira, a Sabesp vai repetir a estratégia no Alto Tietê, que também passa por grave crise de estiagem. A concessionária assinou um novo contrato com a empresa Modclima, no valor de R$ 3,68 milhões, para induzir chuvas artificiais sobre as represas do segundo maior manancial da Grande São Paulo, que estava ontem com apenas 22,2% da capacidade - OESP, 23/7, Metrópole, p.A16. |
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"Por mais rico que o país seja em hidrologia, a distribuição geográfica não é homogênea e o recurso é cada vez mais pressionado pelas atividades humanas. A segurança hídrica passa, neste momento, a ocupar um lugar de destaque nas discussões econômicas e de sustentabilidade, ensejando uma mudança de paradigma de toda a sociedade, no sentido de adequar suas ligações aos sistemas de água e esgoto e exigir dos poderes públicos cooperação e articulação permanentes na gestão das políticas públicas e nas ações de saneamento básico, com o efetivo tratamento dos esgotos urbanos. Conflitos de competências e atribuições entre a União, Estados e municípios não têm mais lugar no atual cenário e devem ser solucionadas pelos entes responsáveis, artigo de Maria Luiza Machado Granziera - Valor Econômico, 23/7, Opinião, p.A10. |
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Povos Indígenas
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Um confronto com um grupo não identificado fez mal à saúde de uma etnia do Acre. Sete integrantes da Aldeia Simpatia contraíram gripe, doença contra a qual não têm defesas naturais, e tiveram de ficar numa espécie de quarentena por seis dias, sob forte tratamento, para evitar a disseminação de uma epidemia. Foram os próprios indígenas que telefonaram e pediram ajuda para uma base da Funai. A operação, encerrada no dia 11, foi divulgada apenas na semana passada. Não foi fácil aproximar-se dos índios, que são do povo Ashaninka. Equipes da Funai e do ministério Saúde vão procurar a aldeia no próximo mês, quando tentarão vacinar o maior número possível de índios - O Globo, 23/7, Sociedade, p.25. |
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Preocupados com a crescente influência da bancada ruralista e a pressão para aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215, que revisa a demarcação de terras indígenas, os líderes das dez tribos de Roraima decidiram pela primeira vez indicar um candidato a deputado federal e outro a estadual para chamar atenção para as causas indígenas e combater a cobiça do agronegócio e mineradoras sobre as riquezas das terras demarcadas. Os tuxauas (como são chamados os caciques no Estado) bateram o martelo neste fim de semana para focar os votos na candidatura de dois índios: o coordenador-geral do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Mário Nicácio (PCdoB) a deputado estadual e o ex-assessor do Instituto Socioambiental (ISA) Aldenir Wapichana (PT) para federal - Valor Econômico, 23/7, Política, p.A7. |
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Enquanto os índios de Roraima tentam eleger seu próprio deputado federal, indígenas de outros Estados onde a população aborígene não é tão expressiva eleitoralmente aguardam a aprovação de uma proposta de emenda constitucional (PEC) pelo Congresso Nacional para terem voz própria no Legislativo. A PEC 320/13, de autoria dos deputados Nilmário Miranda (PT-MG) e Padre Ton (PT-RO), prevê a criação de quatro cadeiras na Câmara dos Deputados exclusivamente para candidatos que moram em comunidades indígenas. Eles se somariam aos 513 deputados já existentes e não haveria mudança nas câmaras municipais, assembleias legislativas ou Senado Federal - Valor Econômico, 23/7, Política, p.A7. |
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Geral
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A carne bovina é a que representa o maior custo ao planeta, quando levados em consideração os danos ambientais causados pela alimentação e a criação do gado. O dado foi revelado em estudo publicado nesta segunda-feira, no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), nos Estados Unidos. Entre os apontamentos da pesquisa está o fato de a produção desta fonte de proteína animal exigir uma superfície 28 vezes maior do que a necessária para produzir carne de ave ou de porco, laticínios e ovos. A criação de gado também exige 11 vezes mais água para irrigação de campos do que as outras fontes de proteína animal. Os bois também emitem cinco vezes mais metano, gás causador de efeito estufa mais nocivo que o CO2, do que os outros animais que são fonte de proteína - O Globo, 23/7, Sociedade, p.26. |
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O BNDES destinará R$ 2 milhões para o "fortalecimento da cadeia produtiva" do mel nos Estados do Pará e Amapá. Não reembolsáveis, os recursos serão liberados por meio do Fundo Amazônia, gerido pelo banco. Em comunicado divulgado hoje, o BNDES informou que o projeto foi desenvolvido pela ONG Instituto Peabiru e beneficiará 310 produtores de 30 comunidades rurais, entre quilombolas, indígenas, ribeirinhas e extrativistas. Com o intuito de complementar a renda, os produtores receberão capacitação técnica em meliponicultura - criação de espécie de abelha sem ferrão - Valor Econômico, 23/7, Agronegócios, p.B11. |
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O acionamento das termelétricas será mais acentuado no futuro, mesmo em anos em que o regime de chuvas seja próximo à média histórica. De acordo com o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, as térmicas só deverão ser desativadas nos anos em que a hidrologia for superior à média. "O despacho térmico mais acentuado, mesmo para anos hidrológicos próximos à média, deverá constituir o novo paradigma da operação futura" afirmou ontem Chipp, em seminário, no Rio. "Eu chamava [o sistema elétrico brasileiro] de hidrotérmico. Agora é termo-hídrico. Com a matriz que temos hoje não tem jeito", completou. Para este ano, a expectativa do operador é manter todas as térmicas disponíveis acionadas continuamente - Valor Economico, 23/7, Brasil, p.A6. |
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